[Liga Zon Sagres] 2ª Jornada: FC Porto 3 - 0 CS Marítimo

Um jogo a duas partes, uma boa exibição e uma sólida vitória. Um FC Porto a duas velocidades distintas mas sempre por cima sem dar espaço a um Marítimo que surpreendeu, ou não, aqueles que acompanharam o último jogo desta equipa para a Liga ZON Sagres, que culminou numa vitória frente ao slbenfica.









  • O ataque é a melhor defesa: Durante a primeira parte do encontro o Marítimo conseguiu apenas realizar um remate frente a um Porto de tracção à frente que concedeu pouquíssimo espaço e que começava a defender e a pressionar a equipa adversária no primeiro terço do meio campo adversário. Uma equipa que jogou em posse mas, pelo menos durante a primeira parte do encontro, sempre a ritmo alto.
  • Os alas: Danilo e Alex Sandro protagonizaram uma grande exibição. Muito envolvidos nos processo ofensivo de duas formas distintas às quais estamos habituados. Alex Sandro muitas vezes a partir no um para um contra o adversário a por várias vezes conseguir passar por dois e três adversários junto à linha, e um Danilo que alternou entre procurar combinar com Josué junto à lateral e as suas típicas investidas pelo centro do terreno, invulgares na maior parte dos laterais.
  • A defesa: Se já havia falado dos alas no anterior ponto vejo-me obrigado agora a fazer a devida referência aos defesas centrais. Desde os titulares Mangala e Otamendi, a Maicon que entrou na segunda parte para o lugar do Francês e que esteve muito forte e exuberante fiel ao seu estilo. Muito atentos e raramente apanhados em contrapé foram fundamentais ao jogar subidos e mais próximos do meio campo do que se viu em Setúbal.
  • Josué (MVP): Foi um autêntico maestro mesmo olhando que partia sempre a jogar vindo da ala, à imagem do tal falso extremo que Paulo Fonseca parece gostar. Muito forte, com uma grande visão de jogo e a tabelar e combinar com excelência com Danilo e Lucho. Um jogador com tudo para ser titular nesta equipa, fica a curiosidade se é capaz de manter o rendimento ao meio, e a sensação que está encontrado o nosso próximo batedor de penaltys (uma nota para a grande penalidade que surge na sequência de um lance de difícil análise que no entanto deu-me a sensação de não ter sido grande penalidade já que a falta pareceu terminar no limite da grande área Madeirense.
  • Licá: Depois de um fim de semana em que ficou aquém das exigências, esta semana voltamos a ter um Licá à imagem do que se viu na Supertaça. Solidário, disponível e eficaz. Uma assistência, um golo e muita luta. Resta saber se com o retorno do Varela aos seleccionáveis Licá perderá o lugar para Josué, se será Josué a perder o lugar para o Licá, ou ainda se Josué voltará às origens fixando-se no centro do terreno no lugar de Defour, Fernando ou até... Lucho, abrindo espaço para Licá.







  • Jackson Martinez: Sinto que posso estar a ser injusto com o nosso goleador colômbiano. Se por um lado sinto que agora este perde destaque por participar menos no processo de construção de jogo, visto ter nas costas um jogador muito próximo a desempenhar o papel de 10, parece-me que Jackson está menos assertivo na forma como aborda a bola. Uma mão cheia de grandes oportunidades de golo que mereciam, pelo menos, uma maior simplicidade na abordagem. Fica aqui o puxão de orelhas sem deixar de dizer que acredito continuar a ser um "indispensável" no ataque ao tetracampeonato.
  • Iturbe: Calma! Não vou desatar a malhar no minino, ou como lhe costuma chamar, Twitty. A verdade é que em 15 minutos hoje o argentino nada conseguiu demonstrar. Algumas boas combinações, mas não conseguiu pelo menos dar sinais que pode ser um titular nesta equipa. Não demonstra nem a solidariedade nos processos ofensivo e defensivo que Varela e Licá transpiram, nem a irreverência com que Quintero (esse mesmo, que hoje jogou na ala), ou até Josué, pautam o futebol da equipa. Reconheço no entanto que 15 minutos é um período escasso para demonstrar o que quer que seja.
  • O Dragão: A TV engana, e a moral é pouca para quem viu o jogo sentado em casa agarrado ao Live Stream que apesar de tremer não falhou. Porém o Dragão pareceu-me um estádio apesar de composto com um ambiente aquém daquilo que se vê em muitos outros jogos. É uma pena que o público em geral não responda mais regularmente às provocações das claques organizadas. 






  • O jogo da duas velocidades: O que o adepto quer é uma equipa capaz de realizar 90 minutos de futebol rápido, combativo e positivo. Hoje fomos presentados com 45 minutos de grande futebol, na segunda parte o Marítimo foi capaz de pausar o ritmo do FC Porto e ter o jogo "controlado" durante cerca de 35 minutos antes de uma investida final pelo quarto golo sob a batuta de Quintero.
  • O meio campo: Será durante esta fase inicial recorrente questionar ou pelo menos tirar alguns apontamentos sobre o desempenho do triângulo do meio campo. Foi hoje acima de tudo concentrado. Manteve, como se espera de um meio campo, os sectores ligados e participou activamente na construção e destruição de jogo. Porém continua a sensação que as costas do meio campo parecem sempre demasiado vazias fazendo-se notar a falta do trinco puro ao qual fomos habituados. Contra a maior parte das equipas do campeonato português essa não é uma preocupação pois ter um jogador tão posicional no meio campo acabava por ser um desperdício, porém guardo alguma apreensão sobre a forma como nos desafios contra equipas de maior qualidade o meio campo será capaz de gerir o momento defensivo.

É bom sinal quando chega ao fim de um jogo e o desejo aperta por mais. Significa que a exibição foi positiva e que o resultado foi de encontro ao futebol praticado, no entanto apenas torna mais difícil a espera. Para a semana há mais e as expectativas estão em alta, a possibilidade de uma vitória poder deixar o tricampeão nacional a 6 pontos do trivicecampeão catalisa ainda mais os ânimos, resta esperar e aguardar por uma semana calma no que diz respeito às movimentações do mercado de transferências para os lados do Dragão.

SOMOS PORTO!

O estranho caso da formação no FC Porto e Jackson Martínez



 Esta semana começou com mais um caso no nosso clube, Castro um jogador da nossa formação, portista como se calhar mais nenhum dentro do plantel ia ser emprestado. Até podia ser tudo normal, se o rapaz não estivesse a entrar no último ano de contracto, não tivesse 25 anos, não fosse ser emprestado para esse grande colosso que é o Kasimpasa da grande liga Turca .
Pelo amor ao clube o jovem Castro acedeu a renovar com o nosso clube, mas mesmo assim só renovou por mais um ano.
Mas as questões a por são, porque é que ele renovou? Porque é que não deixam o rapaz sair em definitivo visto que ele não conta para o clube? E porque é que o Fernando merece fica no plantel, sem renovar e sempre a dizer que não quer ficar? E se o Fernando sair a alternativa não podia passar pelo Castro?
Este é mais um caso em que não se aposta em gente da nossa formação para o plantel principal, e porque? Porque não há dinheiro em comissões? Não sentem o clube como as camionetas de sul-americanos de qualidade dúvidosa? Não se entregam em campo como eles?
Pelo menos no caso do Castro isso não pode ser dito, sempre que lhe foram dadas oportunidades o rapaz entregou-se ao jogo como poucos e tinha mais do que condições para se manter no plantel e talvez ser titular.

E o caso do Castro não é único no nosso clube, jogadores como Bruno Gama, Vieirinha, Paulo Machado não teriam condições para ter jogado no nosso clube?

O Josué, por exemplo, é um jogador da nossa formação, mas que só está agora no nosso plantel porque é nitidamente um jogador de aposta do mister Paulo Fonseca. Óbvio que qualidade não lhe falta, mas é assim tão superior ao Castro, para merecer ficar no plantel e o outro não?

É claro que nem todos os jogadores da nossa formação tinham qualidade para integrar o nosso plantel, mas há alguns casos que nitidamente eram superiores a gajos que vieram da América do Sul, mas continuo a achar que há outros interesses que infelizmente se sobrepõem ao portisto, à raça, à mística e até à qualidade e enquanto assim for, por muitos jogadores que o clube venda, por muitos milhões que entrem, enquanto não houver aposta no formação, em vez da comissão parece-me que o nosso clube vai ver o passivo aumentar a cada dia que passa.

Já agora aproveito para deixar um abraço ao Castro e desejar-lhe a melhor das sortes lá na Turquia e em toda a carreira.
Jackson Martínez

Quanto ao caso do Jackson, ainda bem que não sou dirigente do nosso clube, a sério, ia ser mau, não ia aguentar com estes vedetismos, estas birras, estes empresários e os outros clubes que prometem mundos e fundos aos nossos jogadores. 
Mas parece-me que o Jackson não esteve nada bem nas declarações que proferiu ao dizer que ou renova ou sai. Para mim este era mais um caso em que já nem renovava, e a sair tinham de lhe bater a cláusula a pronto, isto porque aquando da assinatura do contracto com o nosso clube ninguém tinha uma arma apontada à cabeça para assinar e como tal, ele tem de respeitar o contracto ou então se tiver quem o venha buscar tem de lhe dizer que por agora são 40M/€ a pronto. 
Agora diz que quer renovar, a mim parece-me mais do que óbvio que queira renovar, com jeito vai dobrar o salário, por isso, é mais do que justo que ele queira renovar.