Vítor Pereira, o agente desportivo ao serviço do disparate

O nome dele é Pereira, Vítor Pereira e é o presidente do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol. Ele é o senhor todo-poderoso da arbitragem em Portugal. (Mal) coadjuvado por mais alguns membros do referido Conselho, Vítor Pereira, nos intervalos das visitas ao centro de estágios do Benfica, tem tempo para gerir mal e porcamente a arbitragem.

A época transacta foi o que foi. O colinho foi por demais falado. Árbitros como Cosme Machado, Manuel Mota, João Capela ou Bruno Paixão exibiram alegremente a sua falta de talento para a arbitragem e
a enorme força de que dispõem na modalidade de inclinação de campos. E o árbitro despromovido, logo após ser nomeado por Vítor Pereira para a final da Taça da Liga, foi o desgraçado a quem coube em sorte arbitrar duas das três derrotas do Benfica no campeonato.

Evidentemente, os clubes profissionais mostraram um cartão bem vermelho a Vítor Pereira, aprovando o sorteio dos homens do apito, posteriormente rejeitado pela FPF. O presidente do Conselho de arbitragem, se fosse um homem íntegro, teria enfiado a carapuça e posto o lugar à disposição. No entanto, dada a cor do cartão, deve ter considerado que seria um elogio que lhe estavam a fazer. E, assim, recusado o sorteio, Vítor Pereira continuou a mandar na arbitragem.

Não foi, portanto, de estranhar que, as competições profissionais tivessem começado tortas. Depois da péssima arbitragem da Supertaça, os campeonatos começaram cheios de casos e confusões. Na sexta, todos vimos o golo duplamente ilegal do Tondela, em fora-de-jogo e após toque na bola com a mão. Também todos, menos Carlos Xistra e o seu auxiliar, vimos João Pereira fazer um lançamento descaradamente dentro do campo, do qual surgiu o golo da vitória sportinguista.

No sábado, mais confusão. Na Liga de Honra. Na Feira, Cosme Machado, quem mais, marcou três grandes penalidades que o Jornal de Notícias apelida de inexistentes. Em Freamunde também houve confusão. Na primeira Liga, o Belenenses, clube que mantém relações de enorme promiscuidade com o Benfica, safou-se de perder um jogo que esteve a vencer por dois golos, à custa de um golo erradamente não validado por pretenso fora-de-jogo em tempo de descontos. O árbitro? Manuel Mota, pois claro.

Continuando no sábado, o Porto recebeu o Vitória de Guimarães. O árbitro, Fábio Veríssimo, um dos dois árbitros promovidos do nada a internacionais, por Vítor Pereira, feito alcançado sem sequer terem apitado jogo de um grande, fartou-se de fazer disparates. Sem influência no resultado, é certo, mas os erros foram demasiados. Fábio Veríssimo, que há pouco mais de um ano apitava nos distritais conseguiu inclusivamente um feito que se não for inédito, é, pelo menos raríssimo, ao ter conseguido ser assobiado por cometer erros que beneficiaram a equipa de quem assobiou. É verdade, o público do Dragão assobiou Fábio Veríssimo por este ter interrompido o jogo para marcar um falta, sem dar a lei da vantagem ao Vitória de Guimarães. E fê-lo por duas vezes. Vítor Pereira conseguiu, portanto, promover a internacional um árbitro que, claramente, desconhece a regra da lei da vantagem. Notável.

Por fim, o fim-de-semana terminou com a recepção do Benfica ao Estoril. O árbitro, Tiago Martins, o segundo dos internacionais à pressão de Vítor Pereira, cujo maior feito na curta carreira foi expulsar três atletas do Porto B num jogo na casa do Oriental. Logo aos 10 minutos, Luisão, com o à-vontade próprio de quem sabe que goza de total impunidade, desinteressa-se da disputa da bola e prefere meter o braço nas costas do avançado estorilista Leo Bonatini. Penalty claro, óbvio, evidente, descarado. Tiago Martins estava convenientemente distraído e não viu, mas já viu um pretenso penalty por mão na bola de um atleta estorilista. Um olho de lince, tem Tiago Martins, que conseguiu ver o que as dezenas de câmaras do canal do Benfica não foram capazes de nos mostrar...

E, assim, ambas as provas profissionais começaram tortas. E, diz a sabedoria popular, que o que nasce torto, tarde ou nunca se endireita. Com Vítor Pereira, podemos ter a certeza que nada se irá endireitar. Aliás, o mais provável, é que fique cada vez mais torto. O que não há dúvidas é que ficará sempre inclinado para o mesmo lado.

Deixem Jorge Coroado falar

Nos últimos dias, o ex-árbitro Jorge Coroado, tem brindado os leitores de OJogo, com um conjunto frases que se revestem de enorme gravidade e que merecem ser explicadas.

Tudo começou após a patética arbitragem de Cosme Machado em Braga, num jogo a contar para a Taça da Liga. Na habitual rubrica "Tribunal d'OJogo" da pretérita quinta-feira, espaço onde três ex-árbitros analisam a arbitragem dos jogos de Porto, Benfica e Sporting, Jorge Coroado aprecia o trabalho de Cosme Machado como tendo sido "coerente consigo próprio, com a nomeação e com a razão desta". Ou seja, Jorge Coroado, anuncia que houve um propósito ao nomear o árbitro da Associação de Futebol de Braga. Ora, dado que a arbitragem foi pouco feliz, prejudicou gravemente o Futebol Clube do Porto - e quanto a esta parte, é só ler a opinião de Coroado sobre os vários lances polémicos do jogo, para se perceber que ele concorda que o Porto foi, em bom português, vergonhosamente roubado e que Coroado afirma que a arbitragem foi coerente com esse propósito, é possível inferir que, de acordo com Coroado, esse propósito não era que o jogo fosse correta e justamente arbitrado.

A trama adensa-se no dia seguinte, sexta-feira, dia 23, numa coluna de opinião em que, referindo-se à palhaçada de Braga, Jorge Coroado escreve que "O arbítrio daquela designação [de Cosme Machado], conjugadas com as previstas para encontros do próximo fim-de-semana [João Capela no Marítimo-Porto e Bruno Paixão no Paços de Ferreira-Benfica], só veio ajudar e dar azo a especulações com fundamento". Ou seja, Jorge Coroado liga a nomeação da Taça da Liga às do Campeonato, insinuando que as especulações que têm sido feitas sobre as ajudas ao Benfica têm razão de ser. Note-se que quer Capela, no Benfica-Gil Vicente, quer Paixão, no Nacional-Benfica ofereceram de mão beijada dois pontos cada ao actual líder do campeonato.

Por fim, na edição de hoje, outra vez no tribunal, Coroado escreve sobre os segundos de hesitação de Bruno Paixão antes de assinalar o penalty que deu a vitória ao Paços, período durante o qual deve ter engolido em seco três vezes: "Compreende-se quando a decisão puniu quem puniu, daí a hesitação no assinalar da falta". Ou seja, Coroado insinua que Bruno Paixão não queria marcar um penalty contra o Benfica, o que a juntar ao que escreveu anteriormente dá que pensar, e leva quem o lê a acreditar que há manobras de bastidores a justificar algumas arbitragens habilidosas que têm surgido nesta temporada.

Das duas, uma, ou Jorge Coroado sabe alguma coisa sobre o que se passa nos meandros do futebol poruguês, ou está a por em causa, descaradamente, a honra de Cosme Machado, João Capela, Bruno Paixão e de todo o Conselho de Arbitragem da FPF. Seja um ou outro motivo, era importante que Jorge Coroado se explicasse.




Isto é o Porto, carago!

Oi? Achavam que estava morto para o futebol?
Hoje, dia 21 de Janeiro de 2015, escreveu-se mais uma triste história na anedota que tem sido esta temporada. Uma, (mais uma), arbitragem vergonhosa, uma dualidade de critérios gritante e um campo mais inclinado do que a Torre de Pisa deixou o Porto em clara inferioridade. Foi um Campo Maior 2.0.

Mas, e há sempre um mas, hoje houve Porto. Aquela segunda parte foi à Porto. Foi com esta garra, com esta vontade, com esta dedicação que o Porto se tornou o Porto. E foi isto que eu me habituei a ver no Porto, no Porto do Jorge Costa, do Baía, do Paulinho Santos, do Rui Barros. Foi esta atitude, esta chama, este crer que fez do Porto o melhor clube português.

E hoje tivemos o Helton, que provou estar bem vivo depois de todos os funerais que lhe fizeram. Tivemos o Herrera, que em 30 minutos fez mais que a equipa do Braga toda junta. Tivemos o Ruben Neves que mais coxo que o Paulo Gonzo deu o que tinha e o que não tinha, com 17 anos.

Que isto seja colado no balneário. Que isto sirva para motivar a equipa. No meu Porto, depois disto, isto só pode dar em muitos títulos. Com esta atitude seremos imbatíveis. E no domingo há mais. Haverá mais um careca para lutar contra, mais três pontos para conquistar.
 
Viva o Futebol Clube do Porto! Viva o maior clube do Mundo!

Vermelhos a menos, dão vermelho a mais


Apesar do Benfica ir destacado em primeiro lugar, o campeonato nacional tem falta de vermelhos. E não, não falo da ausência do Salgueiros e do Santa Clara, mas sim da ausência de cartões vermelhos aos jogadores do Benfica.
Sem perder muito tempo, todos nos recordámos de como Enzo Perez enfiou os pitons da chuteira no pescoço de um jogador do Moreirense, com o jogo em 1-0 a favor dos Minhotos. Também todos nos recordámos do mesmo Enzo Perez, já amarelado, fazer uma entrada duríssima sobre um atleta do Estoril, que nem falta foi. Samaris derrubou por trás, de carrinho, um jogador do Arouca, sem qualquer intenção de jogar a bola, travando um contra-ataque. Levou um amarelo e um sorriso do árbitro Hugo Miguel. Talisca, num sururu perto do final do jogo em Braga, deu uma bofetada num adversário. Se se compreende que o árbitro, no meio da confusão, nada tenha visto, as imagens eram mais que suficientes para punir o atleta. Curiosamente, Talisca marcou o golo da vitória na jornada seguinte. No Dragão, aos cinco minutos de jogo e já amarelado, André Almeida pisou ostensivamente Danilo. Em Penafiel, com o Benfica a jogar mal e a vencer apenas por 1-0, Maxi Pereira é, pela enésima vez desde que joga em Portugal, poupado à expulsão. E ontem, na Madeira, com o jogo em apenas 1-0 para o Benfica, Talisca, é poupado ao segundo amarelo após pisar deliberadamente um adversário.

Analisando todos estes lances, verifica-se que:
  1. Contra o Arouca, o jogo estava empatado. O Benfica ganhou;
  2. Contra o Moreirense, o Benfica perdia. Empatou;
  3. Contra o Estoril, o Benfica vencia e, venceu. Pelo meio, o Estoril empatou e um atleta do Estoril foi bem expulso por falta sobre... Enzo Perez;
  4. Contra o Braga, o Benfica perdia, e perdeu;
  5. Contra o Porto, o jogo estava empatado. O Benfica venceu por 2-0;
  6. Em Penafiel, o Benfica vencia por 1-0 e venceu a partida por 3-0;
  7. Na Madeira, o Benfica vencia por 1-0. Venceu 4-0;
Sete jogos. Sete vermelhos perdoados ao Benfica, em sete jogos que não estavam, de todo resolvidos, no momento da benesse arbitral. Dos sete, quatro foram na primeira parte.

É por demais evidente que os vermelhos a menos estão a por vermelho a mais na frente do campeonato. O andor, este ano, é descarado. Infelizmente, a procissão já saiu do adro há algum tempo.

Para que o Futebol Clube do Porto seja campeão, terá de ser perfeito. E esperar que, a determinado momento, comece a chover e a procissão seja interrompida. O problema está na possibilidade do andor ser guardado dentro da Capela.