O Mistério Adrián Lopez

Passando à frente do valor absurdo pago por um atleta para um clube como o Porto, é um negócio normal. Adrian era um jogador com cartel em Espanha, tinha feito, com Falcao, uns anos antes, uma dupla mortífera no ataque colchonero e, mesmo não sendo titular, vinha de uma época com bastante utilização no Atletico, que se sagrou campeão espanhol e chegou à final da Champions.
Adrian, chegou assim rotulado de craque, e com o peso de ter sido um pedido expresso de Lopetegui, que tem as costas largas. As expectativas eram imensas para ver um jogador de tal gabarito jogar em Portugal, mas a verdade é que Adrián nunca rendeu nem um décimo do que se esperava. Nunca encaixou no modelo de Lopetegui, os índices de confiança bateram rapidamente no fundo e ficou marcado por ter sido lançado em alguns maus resultados do clube, como a eliminação da Taça de Portugal frente ao Sporting e o empate no Estoril e, numa época com a camisola mais bonita do mundo vestida, marcou apenas um mísero golo, na goleada ao BATE Borisov.
Sempre me questionei sobre o porquê de Lopetegui ter solicitado um atleta que, de todo, não encaixava no seu modelo táctico. Mas azares acontecem e toda a gente se engana. Adrián não rendeu o que se esperava e o Porto ficou com um belo problema para resolver, tendo cedido o jogador ao Villarreal de Espanha, esta temporada.
O que levou o Porto a fazer este negócio, não sei. O que levou a que se demorasse um ano a comunicar à CMVM, também não sei, mas não gostei nada, uma vez que parece algo à Roberto. O porquê do atleta não ter vindo de imediato, também não faço ideia. Mas sei que seriam excelentes questões a colocar a Pinto da Costa na entrevista desta noite.
E assim tudo fica na mesma
Óbvio que de início a culpa foi toda dele, mas agora a principal responsabilidade recai sobre a SAD e o seu presidente.
Uma estrutura administrativa que gosta do que está a ver, dos resultados que se está a obter e de todos os recordes que estão a ser batidos, têm de ser responsabilizados por este desastre e por não lhe porem um termo.
Por mais que já nos tenham dado, é inegável que já nos deram mais do que provavelmente outros nos darão, acho que não estão no direito de não ouvirem os adeptos no que toca a este assunto, está a ser um ano mau demais para todos nós.
Não sei quantos recordes negativos ainda vai ser preciso bater para que se perceba que esta equipa técnica, que nem cá queria estar, já não funciona. Ainda temo com os resultados negativos que ainda poderão vir daqui para a frente, importa não esquecer que ainda vamos jogar a alvalade, pelo menos uma vez à luz, receber o benfica 2 ou 3 vezes, há a Liga Europa onde se podia ganhar alguma coisa, mas não, vamos continuar com o que temos e assim não vamos a lado nenhum, a meu ver.
Vamos andar a sofrer pelo 3º lugar até ao fim da época e ainda podemos vir a ser humilhados pelos adversários directos, vamos sair da Liga Europa pela porta pequena e com uma quantidade de recordes negativos batidos, o nosso estádio está a cada jogo que passa mais vazio.
E a partir daqui o calendário não vai dar mais espaço para mudanças, seja para o bem ou para o mal e certamente que o Presidente não quererá tomar a 32ª decisão importante.
Um treinador novo poderia trazer outra ambição à equipa, outra atitude e outra garra. Ninguém lhe pediria que ganhasse o campeonato, mas gostaríamos que tivessem uma palavra a dizer nas taças que estamos a disputar e garantissem o 2º lugar do campeonato, talvez fossem ambições a mais e como tal, a SAD não queira elevar expectativas e portanto não muda.
E agora resta-nos esperar e ver como é que isto acaba, esperemos que não acabe com uma ou mais humilhações tremendas.
E era preciso mais disto e de jogadores de outros tempos:
Assim não vamos ao Tetra
O Porto perdeu, na Madeira, frente ao Marítimo por 1-0. Derrota justa, direi, de uma equipa sem ideias, desgarrada e inofensiva.
O campeão nacional entrou em campo de forma absolutamente desinspirada, sem sequer conseguir passar do meio-campo. O golo do Marítimo, de penalty, surgiu, pois, naturalmente e, até ao intervalo o Porto não foi capaz de incomodar a baliza defendida por Salin.
Na segunda parte, mesmo criando mais algum perigo e, tendo tido a possibilidade de marcar, a exibição foi muito fraca na mesma. De facto, a equipa portista nunca conseguiu libertar-se das amarras que impõe a si própria, consequência do já tristemente célebre duplo-pivot.
Paulo Fonseca continua a ser fiel aos seus princípios. Mantém a sua aposta nos dois médios defensivos, a actuar lado a lado, um esquema que qualquer treinador de bancada já percebeu que não funciona numa equipa que luta por títulos e que precisa de carregar sobre os adversários. O duplo pivot torna a equipa incapaz de penetrar nas defesas fechadas que 95% das equipas que jogam contra o Porto apresentam. Mas Paulo Fonseca continua a teimar neste esquema. Não muda, não admite que erra e continua a arrastar o Porto para um buraco de onde parece, cada vez mais, não haver saída. A culpa não será só dele, e ele pouca responsabilidade terá por ter um plantel desequilibrado e com poucas soluções, mas Paulo Fonseca insiste num sistema que está mais que provado que não funciona e nunca funcionará.
- Danilo a atacar. Danilo é o único atleta do Porto que ainda consegue mostrar alguma coisa. É o nosso atleta mais perigoso e joga a lateral. Sintomático.
- Helton: Fez uma grande defesa hoje e impediu que viéssemos da Madeira com um resultado ainda mais humilhante.
- A ilha Jackson: Sozinho, completamente sozinho. Vem buscar a bola, passa ou cruza e depois ainda tenta ir às segundas bolas. Tenta agarrar o jogo quando lhe bombeiam bolas, espera por passes que nunca chegam e por cruzamentos que passam muito ao lado. Não fosse ele um extraordinário avançado e estávamos neste momento muito mais perdidos do que o que estamos.
- Danilo a defender. Um penalty escusado e uma distração que ia custando o segundo golo perto do fim. Cada vez mais prova que não é lateral, mas sim médio.
- Maicon. Desconcentrado, nervoso. Tem de aproveitar melhor a oportunidade que as péssimas exibições de Otamendi lhe deram, ou corre o risco de, rapidamente perder o lugar para Reyes ou para o regressado Abdoulaye.
- Quaresma. Desinspirado, voltou a cair nos mesmos erros que o impediram de ser um dos melhores jogadores do Mundo, a vontade de fazer tudo sozinho e uma capacidade de tomar as melhores decisões sofrível. Parece ter medo de abordar os lances, ter medo de "meter o pé" e parece fugir do confronto físico... resquícios da lesão ou sinal de algo pior?
António Tavares Teles citava há momentos Paulo de Carvalho na RTP Informação para dizer o que achava do Porto de Paulo Fonseca: "A equipa é metade à balda e o resto à sorte". Parece que todos vemos isto excepto a nossa direção. Até quando?
[Liga dos Campeões] 4ª Jornada: Zenit 1 - 1 FC Porto
É um claro sinal de que algo está mal quando uma equipa da dimensão do Futebol Clube do Porto é (praticamente) eliminada da UEFA Champions League por uma equipa claramente inferior e do nível do Zenit S. Petersbourg. Uma equipa que no Dragão foi dominado até ao cair do pano por uma equipa com menos um jogador, e que em sua casa entregou o jogo ao visitante na esperança de colocar um travão às suas tentativas de conseguir os três pontos. Uma equipa menor, com mentalidade de equipa pequena que mesmo assim vai conseguir terminar a fase de grupos da Champions League sem ter cedido uma derrota sequer contra o primeiro cabeça de série do grupo.
O Porto até entrou bem no jogo, com grande rotação, boas trocas de bolas, os sectores pareciam relativamente em sintonia e nem se notou (tanto) a grande indefinição de que vive o futebol do FC Porto actualmente. Com alguma naturalidade consegui-se o 1-0 e mesmo após se apanhar à frente do marcador a equipa conseguiu manter o controlo do jogo até que pela "enésima" vez na presente temporada a defesa e Helton meteram água concedendo do 1-1. Daí para a frente há pouca história para contar. Um FC Porto sem soluções, que na segunda parte foi completamente manietado pelas alterações efectuadas por Luciano Spaletti durante o intervalo e seguiram-se 45 minutos de agonia a ver uma equipa incapaz de construir uma jogada, segurar a posse de bola, criar oportunidades... Pelo meio Otamendi jogou a bola dentro da área ao que Helton respondeu com uma defesa a um penalty muito mal marcado por Hulk e Helton ainda foi chamado a intervir mais duas vezes para evitar o pior (se é que tal era possível...). Paulo Fonseca voltou a ser incapaz de mexer na equipa, quando o fez, fez tarde a más horas, e o treinador principal do FC Porto continua a transparecer a ideia que não percebe muito bem o que está a fazer, facto que se tem espelhado na falta de orientação dos jogadores dentro das quatro linhas.
Posto isto resta esperar que um milagre aconteça, ou seja, que o Zenit perca pontos com o Áustria de Viena e que esta equipa seja capaz de vencer em Madrid o Atlético e no Dragão o Áustria de Viena. Caso contrário exige-se que esta equipa encare a Liga Europa como um troféu a ganhar.
Seguem os (-) e (+) deste encontro:

- Otamendi: A pior exibição de Otamendi de azul e branco pelo menos que me lembre. Tem vindo a ser hábitos os maus passes e más decisões, mas nunca de forma tão concentrada como no jogo de hoje. Facilitou, ofereceu e fez sofrer, talvez seja hora de de uma vez por todas passear um pouco pelo banco, não se percebe tamanha insistência.
- Varela: Como é que um jogador de futebol profissional escorrega, falha recepções ou se esquece literalmente da bola, vezes sem conta em duas semanas consecutivas no momento da verdade? Como é que Varela continua a passar ao lado do jogo continua no 11? Como é que um jogador que faz consecutivamente exibições pobres continua a ser titular? Pois, talvez a falta de opções.
- O golo: Uma semana, dois jogos e 4 pontos cedidos (em competições diferentes). 4 pontos perdidos em resultado de grande displicência no processo defensivo. Um dos grandes pilares da equipa durante as duas temporadas passadas que hoje está irreconhecível. O que é feito do Alex Sandro que todos conhecíamos?
- Paulo Fonseca: Aguardar pelos 75 minutos de jogo para realizar uma alteração na equipa quando o único resultado que interessava era a vitória? Ghilas a entrar numa altura do jogo em que a única coisa que consegue fazer é perder tempo de jogo. O meio campo deste Porto não existe e já toda a gente o percebeu menos Paulo Fonseca?? Mudar, inverter, reaproveitar, a verdade é que é preciso explorar alternativas e adaptar um pouco os jogadores ao modelo adaptado e não o contrário.
- Danilo: Contrasta com a actual equipa e contrasta com a forma dos restantes companheiros de equipa. Rápido a recuperar, forte a atacar, vai mostrando o leque de ferramentas de que dispões e cada mais convence quem o tanto criticou de que se calhar não é tão mau quanto o pinta, Dos mais incoformados, foi dos que mais tentou a procurar o rumo de jogo. Sozinho.... foi ineficaz.
- Fernando: Na Europa tem tido mais liberdade e joga sempre mais sozinho atrás dos restantes médios do que normalmente. A diferença é logo notada e voltou a fazer uma grande exibição. Se o restante meio campo responde-se da mesma forma, muito possivelmente hoje o resultado teria sido outro.
- Helton: Além do penalty defendido, ainda teve outra grande defesa durante o jogo que podia ter dado o segundo golo aos russos. Apesar de ter algumas culpas no golo também, a exibição dele foi positiva.
Antevisão Zenit vs FC Porto
Pessoal hoje já sabemos que não vai ser nada fácil. É um jogo na Rússia, sempre com um frio estranho a dar nas bentas do pessoal e que até vos vai arrefecer as entranhas, mas isto só acontece se vocês deixarem. E vocês não podem deixar, vocês têm de entrar em jogo, com o corpo a "arder", têm de entrar com a chama do Dragão pronta a ser usada.
Meus caros, não vale a pena andar com muito mais contas, ou o que quer que seja, hoje tem de ser para ganhar, aliás, faltam 3 jogos na Champions e são 3 jogos para ganhar.
Certamente alguns de vocês (jogadores) não se lembram da nossa Champions da época 08/09, mas foi algo parecida a este ano e acabamos a fase de grupos com 12 pontos, à frente do Arsenal.
É a esta época onde têm de ir buscar a motivação, até porque ainda há jogadores desse tempo no plantel actual e eles lembram-se certamente.
Agora só vos digo, joguem, joguem bem, esmaguem, mas sobretudo ganhem, porque senão ganham isto vai correr mal, a sério que vai.
"A equipa vai estar à altura do desafio", espero que sim Paulo. Espero que metas os teus pupilos a jogar como ainda não jogaram esta época, a jogar como não jogam há uns tempos, mas lembra-te que no fim é para ganhar.
"A exigência é sempre vencer" , Danilo se vocês sabem isso, espero mesmo que o apliquem mais logo no campo. Porque nós (adeptos) feliz ou infelizmente não exigimos só a vitória, nós exigimos que também joguem bem.
A UEFA fez algo que eu me lembro de ter acontecido pouco ou nunca, pelo menos a nós nunca o fizeram, que foi reduzir o castigo ao Witsel , não sei se terá alguma coisa a ver com patrocinios, ou não, mas que é um caso pouco usual, é.
Hulk, sempre tu Hulk tens alguma coisa a dizer, já sabemos que é um jogo especial, já sabemos que queres marcar, já sabemos que vais ser o nosso terror, mas só te quero dizer, volta...estás perdoado.
Tendo tudo dito, espero ganhar logo, porque senão lá se vai a nossa Champions e nós sabemos que este ano queremos chegar longe na Champions.
E já agora fica aqui a motivação de um portista muito especial, https://www.facebook.com/photo.php?v=174096682791201&set=vb.562412523799481&type=2&theater
Balneário blindado? e as palestras de hora.
Já foi o tempo em que o que se passava dentro do balneário da nossa equipa principal de futebol não saía cá para fora, digo já foi tempo, porque agora parece que se sabe tudo o que se passa lá dentro. Ora é o jogador que discute com o treinador por ter pouco tempo de jogo e é afastado do grupo, ver aqui. Ora é outro jogador que certamente não está a render o que devia nem dentro, nem fora do campo, mas que faz a capa de um dos jornais desportivos a dizer que quer jogar mais, ou vai ter de pensar nas suas opções em Janeiro.
Há coisas que notóriamente estão a mudar no clube e não sei se será para melhor. Se havia coisa de qualquer portista se orgulhava era de que no clube dele as coisas de dentro, resolviam-se dentro e sem ninguém de fora saber, mas parece que isso está a começar a ficar diferente. Não sei se será por estarmos numa época em que as coisas não estão a correr assim tão bem, mas acho que é nestes momentos em que se tem de ver a coesão da equipa e da estrutura para que a coisa possa continuar a funcionar.
As palestras
O mister Paulo Fonseca desde que chegou, habitou o grupo a palestras. Aparentemente elas trariam coesão, união e serviriam para que os jogadores percebessem o que o treinador quer.
Ontem, e depois do empate no Restelo houve outra. Não sei se as palestras estão a ter o efeito pretendido, ou se o mister não está a conseguir fazer passar a mensagem, mas que as coisas não estão a correr como era de esperar não estão.
Acho que está na altura de começar a voltar a hábitos antigos, além da blindagem do balneário necesária, é necessário que se mude a forma de chegar aos jogadores.
Mais haveria a dizer sobre a forma táctica em que se tem jogado, quem tem jogado, mas essa análise fica para outro post.
[Liga dos Campeões] 2ª Jornada: FC Porto 1 - 2 Atlético de Madrid
Quero acreditar que nem tudo foi mau e até conseguir concordar que o resultado não é assim tão justo mas mais uma vez a falta de atitude e garra da segunda parte fazem-me recuar e achar que o Paulo Fonseca não vê os mesmos jogos que eu. Vamos por partes:
- Intensidade dos primeiros 45 minutos: a forma como entramos em campo, com pressão alta sobre o portador da bola, linhas subidas, sectores bem coordenados, espaços reduzidos e sobretudo eficácia de passe fez-me pensar que as últimas más exibições eram para esquecer. A equipa finalmente dava sinais de querer inverter a imagem que tem deixado nos últimos tempos e acabamos mesmo por chegar ao golo num livre sublimemente marcado pelo Josué ao qual o Jackson correspondeu com a classe a que já nos habituou. Podíamos ter alargado a vantagem mas não fomos eficazes na finalização.
- O talento de Josué: calou muita gente ontem. O Paulo Fonseca assumiu o risco de retirar Licá do onze inicial (já aqui volto) e acertou. O nosso 8 portista esteve bastante activo no jogo, assistiu para o golo de Jackson e teve dois ou três excelentes pormenores que ficaram na retina. Combinou bem com o meio campo, ajudou a pressionar alto e foi extremamente importante nas jogadas de ataque sempre que a bola passava por ele.
- Fernando: pareceu jogar como gosta, sozinho. Intencionalmente ou não, Defour aparecia muitas vezes adiantado e o nosso meio campo assemelhava-se ao que tivemos durante os últimos três anos, com o Polvo a ocupar todos os espaços à frente da defesa. E é assim que ele brilha.
- Onze inicial: bem pensado, bem montado e que permitiu dominar a primeira parte.
- Displicência da segunda parte, especialmente da defesa: entramos desconcentrados, lentos, sem imaginação. Sofremos dois golos de bola parada quando à priori sabíamos que essa era uma das armas dos espanhóis. Fizemos faltas desnecessárias e perdemos por causa dos erros infantis da defesa nos lances que daí advieram.
- Palavras de Paulo Fonseca: "Mesmo depois de sofrermos o golo, encostámos o Atlético lá atrás. A nossa equipa
não quebrou na segunda parte". Não quebramos na segunda parte? A sério? Foi por isso que recuamos as linhas, que os jogadores ficaram exaustos e tiveram que recorrer a inúmeras faltas, algumas disparatadas e que
só por acasoderam dois golos ao Atlético de Madrid. Não percebo qual foi o objectivo destas declarações e espero que o nosso treinador não seja ingénuo ao ponto de pensar que nós comemos o que nos dizem sem espírito crítico para perceber que na segunda parte o Atlético jogou porque nós simplesmente não nos impusemos. - Substituições: mesmo que o Lucho estivesse em dificuldades, numa altura em que não conseguíamos controlar o jogo a meio-campo e consequentemente dávamos a bola ao adversário, o treinador decide perder ainda mais meio-campo e meter o Quintero. Não fez qualquer sentido e só levou a que nunca mais conseguíssemos recuperar. Para além disso, Quintero nada fez em campo. Ainda neste aspecto, deixar o Varela acabar os 90 minutos e voltar a recorrer ao Ghilas como se de um D. Sebastião se tratasse é de bradar aos céus.
- Agressividade/ingenuidade do Josué: se por um lado se deve elogiar a capacidade de entrega que teve ontem, por outro devemos criticar o excesso de agressividade que forçou o treinador a substituí-lo antes que visse o segundo amarelo. Acho que isto se deve sobretudo à sua inexperiência internacional e com o tempo irá aprender a não cometer estes erros que podem custar pontos.
- Sistema táctico: é neste momento o hot topic das conversas entre portistas. Não estamos habituados ao duplo pivot e os resultados e exibições alcançadas até agora não nos levam a suspirar pelos próximos jogos. Neste modelo a defesa fica sem dúvida alguma mais exposta e a falta de largura e explosão no ataque faz com que não consigamos tirar pleno partido das vantagens do mesmo. Paulo Fonseca já disse que tinha as suas ideias mas eu pergunto, até quando?
Dois jogos, 3 pontos, segundo lugar no grupo. Ainda vamos à Rússia e a Madrid, ainda vamos receber o Zenit do Hulk e Witsel. Eu acredito que passamos a fase de grupos mas se continuarmos a achar que depois de marcar podemos dormir à sobra do resultado, como se fôssemos uma equipa pequena, podemos (e vamos) dar-nos mal. Pede-se garra e ambição e mais actos do que palavras.
O que esperar de Paulo Fonseca: Nivel Táctico.
De acordo com a capa do Jornal “O Jogo” do dia 5 de
Julho de 2013, podemos ver quais são os pontos essenciais de Paulo Fonseca.
- Sempre 4x3x3
- Equipa de ataque
- Domínio constante
- Recuperar a bola próximo da área adversária
- Posse de bola
- Jogo interior e não largura
- Insistência nas bolas paradas
- Sempre 4x3x3
- Equipa de ataque
- Domínio constante
- Recuperar a bola próximo da área adversária
- Posse de bola
- Jogo interior e não largura
- Insistência nas bolas paradas
Paulo Fonseca está determinado em seguir o legado que lhe foi deixado e continuar a usar o 4x3x3, com uma equipa ofensiva. Algo que foi sempre característico no FC Porto. Pressing alto, e recuperar a bola o mais perto possível da área adversaria. A aposta num jogo mais interior e não de largura. É aqui que entram jogadores como Josué (que jogava a falso extremo no Paços de Ferreira) ou o reforço que tem sido muito falado, Quintero. Depois das contratações feitas até agora, podemos reparar que temos alguns especialistas em bolas paradas (Carlos Eduardo, Josué, Quintero (?)), e devemos tirar proveito disso, porque uma das coisas que faltou na época passada foi o aproveitamento das bolas paradas.
"Ele vai ao pormenor em todos os aspectos Centra tudo na nossa equipa, mantém-se sempre fiel aos nossos princípios de jogo, mas também sabe tudo sobre o adversário e prepara-nos para o que vamos encontrar no jogo" – Tony, jogador do Paços de Ferreira.
De acordo com as palavras de Tony, podemos contar com um treinador empenhado e que sabe preparar bem as equipas, procurando conhecer bem os pontos fortes e fracos dos adversários.
"Tinha sempre o plano A e o B. Parte sempre do 4x3x3, com variação para o 4x4x2 losango no meio, mas depois, se alguma coisa estivesse a correr mal, apostava em dois pontas-de-lança e por vezes até abdicava de um central para passar a jogar com três defesas. No entanto, isto era tudo trabalhado durante a semana. Nós sabíamos o que tínhamos de mudar se estivéssemos a ganhar ou a perder" – Tony, jogador do Paços de Ferreira.
O que todos os portistas puderam reparar nestas duas ultimas épocas, era a falta dum plano B, estávamos sempre muito presos ao 4x3x3 quando por vezes podíamos e devíamos de ter jogado com 2 Pontas de Lança.
Com a possível chegada de Ghilas e a quantidade de médios que temos de qualidade, podemos ter em conta a possibilidade de por vezes jogar em 4x4x2 losango.
Processo defensivo
No Paços de Ferreira, Paulo Fonseca privilegiava
blocos compactos e baixos onde os jogadores do meio campo desciam para ajudar a
defesa formando duas linhas de 4 homens. No Porto, podemos esperar algo
parecido com um defesa solida, deixando poucos espaços entre os sectores, com
apoio do meio campo a fazer pressão sobre o adversário para recuperar a bola e
o acompanhamento dos extremos na subida dos laterais
adversários. Após a perda de bola no ataque, o avançado é o primeiro
a defender e a pressionar.
Esquemas tácticos possíveis
O que esperam vocês, enquanto adeptos do FC Porto, de
Paulo Fonseca? Qual seria o 11 inicial nestes esquemas tácticos? Quais as
expectativas para esta época?
FCPorto versão 13/14
O “novo” Mística do Dragão arrancou com a nova época do
Nosso Grande Clube (NGC) e como tal vou começar pela análise do que nos espera para
esta nova temporada.
Convém falar em primeiro de tudo, naquilo que mais mudou no
NGC, a equipa técnica. Sai um treinador bi-campeão nacional, com apenas uma
derrota em dois campeonatos. Mas as exibições menos conseguidas e que nem
sempre convenceram os adeptos trouxeram algum desgaste ao nosso ex-treinador e
como tal, por opção do próprio, decidiu não renovar o contrato e desta feita
sair para o Al-Ahli da Arábia Saudita.
Entra então no NGC um novo “mister”, o treinador sensação da
época 12/13, que conseguiu o feito histórico de meter o Paços de Ferreira na
Champions. Jovem, trabalhador, ambicioso, competente e alguém que parece ter uma capacidade
incrível de motivar e trabalhar os jogadores de forma a tirar o melhor de cada
um deles. É por estas razões que esta foi uma escolha que me agradou
particularmente, visto que a mudança era necessária e inevitável.
Quanto à equipa que Paulo Fonseca vai ter à disposição,
vemos que estamos a tentar equilibrar todos os sectores. Com a saída de João
Moutinho e James Rodriguez, podíamos pensar que íamos ter um plantel mais
fragilizado mas como a nossa estrutura não tem por hábito facilitar nesse
ponto já foi buscar várias alternativas para o treinador e outras virão.
Jogadores como Ghilas, Quintero, Bernard andam na rota portista e perfilam-se
como boas soluções para a nossa equipa. Até agora já temos sete reforços e 3
regressos que poderão muito bem vir a integrar novamente o plantel, desde que o façam com a cabeça no lugar e sem dar azo a birras e amuos.
Reforços: Regressos:
Herrerra Fucile
Reyes Rolando
Licá Iturbe
Ricardo
Josué
Carlos Eduardo
Tiago Rodrigues
A meu ver, nem todos os reforços devem ficar já este ano na
nossa equipa A ou pelo menos conseguir assegurar directamente um lugar no 11 e
como tal vê-se com bons olhos um empréstimo a um clube da primeira liga ou
então uma alternância entre a equipa A e B. Tal se aplica, por exemplo,
a Kelvin e a Iturbe mas acho que todos gostaríamos de ver o Kelvin utilizado
com mais regularidade na nossa equipa A depois de nos ter “dado” o último
campeonato.
Quanto a possíveis saídas espero que, depois do ENORME encaixe financeiro que
conseguimos com 2 jogadores, tentemos segurar os outros que possam
ter interessados até que as cláusulas sejam batidas, podendo optar-se por uma rentabilização
de alguns excendentários que não contam para esta nova época e dessa forma bater o recorde de vendas do NGC.
Quanto aos novos equipamentos, gosto muito, particularmente
do 2º. São um remake dos equipamentos
da época 02/03, onde se bem se lembram fomos bem felizes. Continuo sem gostar
daquele caixão que o primeiro equipamento leva por causa do patrocinador, que
sem se saber o porquê continua a insistir nele. Sem ele as letras
fazem o mesmo efeito.
Falta saber as cores dos números do 1º equipamento, visto
que ao que tudo indica as do 2º serão em tons de dourado, algo que me agrada
bastante e condiz com os bonitos pormenores que as camisolas têm na parte da
frente.
Quanto aos equipamentos resta-me pedir-te a
tua opinião para me dizeres o que achas deles.