[Liga Zon Sagres] 2ª Jornada: FC Porto 3 - 0 CS Marítimo

Um jogo a duas partes, uma boa exibição e uma sólida vitória. Um FC Porto a duas velocidades distintas mas sempre por cima sem dar espaço a um Marítimo que surpreendeu, ou não, aqueles que acompanharam o último jogo desta equipa para a Liga ZON Sagres, que culminou numa vitória frente ao slbenfica.









  • O ataque é a melhor defesa: Durante a primeira parte do encontro o Marítimo conseguiu apenas realizar um remate frente a um Porto de tracção à frente que concedeu pouquíssimo espaço e que começava a defender e a pressionar a equipa adversária no primeiro terço do meio campo adversário. Uma equipa que jogou em posse mas, pelo menos durante a primeira parte do encontro, sempre a ritmo alto.
  • Os alas: Danilo e Alex Sandro protagonizaram uma grande exibição. Muito envolvidos nos processo ofensivo de duas formas distintas às quais estamos habituados. Alex Sandro muitas vezes a partir no um para um contra o adversário a por várias vezes conseguir passar por dois e três adversários junto à linha, e um Danilo que alternou entre procurar combinar com Josué junto à lateral e as suas típicas investidas pelo centro do terreno, invulgares na maior parte dos laterais.
  • A defesa: Se já havia falado dos alas no anterior ponto vejo-me obrigado agora a fazer a devida referência aos defesas centrais. Desde os titulares Mangala e Otamendi, a Maicon que entrou na segunda parte para o lugar do Francês e que esteve muito forte e exuberante fiel ao seu estilo. Muito atentos e raramente apanhados em contrapé foram fundamentais ao jogar subidos e mais próximos do meio campo do que se viu em Setúbal.
  • Josué (MVP): Foi um autêntico maestro mesmo olhando que partia sempre a jogar vindo da ala, à imagem do tal falso extremo que Paulo Fonseca parece gostar. Muito forte, com uma grande visão de jogo e a tabelar e combinar com excelência com Danilo e Lucho. Um jogador com tudo para ser titular nesta equipa, fica a curiosidade se é capaz de manter o rendimento ao meio, e a sensação que está encontrado o nosso próximo batedor de penaltys (uma nota para a grande penalidade que surge na sequência de um lance de difícil análise que no entanto deu-me a sensação de não ter sido grande penalidade já que a falta pareceu terminar no limite da grande área Madeirense.
  • Licá: Depois de um fim de semana em que ficou aquém das exigências, esta semana voltamos a ter um Licá à imagem do que se viu na Supertaça. Solidário, disponível e eficaz. Uma assistência, um golo e muita luta. Resta saber se com o retorno do Varela aos seleccionáveis Licá perderá o lugar para Josué, se será Josué a perder o lugar para o Licá, ou ainda se Josué voltará às origens fixando-se no centro do terreno no lugar de Defour, Fernando ou até... Lucho, abrindo espaço para Licá.







  • Jackson Martinez: Sinto que posso estar a ser injusto com o nosso goleador colômbiano. Se por um lado sinto que agora este perde destaque por participar menos no processo de construção de jogo, visto ter nas costas um jogador muito próximo a desempenhar o papel de 10, parece-me que Jackson está menos assertivo na forma como aborda a bola. Uma mão cheia de grandes oportunidades de golo que mereciam, pelo menos, uma maior simplicidade na abordagem. Fica aqui o puxão de orelhas sem deixar de dizer que acredito continuar a ser um "indispensável" no ataque ao tetracampeonato.
  • Iturbe: Calma! Não vou desatar a malhar no minino, ou como lhe costuma chamar, Twitty. A verdade é que em 15 minutos hoje o argentino nada conseguiu demonstrar. Algumas boas combinações, mas não conseguiu pelo menos dar sinais que pode ser um titular nesta equipa. Não demonstra nem a solidariedade nos processos ofensivo e defensivo que Varela e Licá transpiram, nem a irreverência com que Quintero (esse mesmo, que hoje jogou na ala), ou até Josué, pautam o futebol da equipa. Reconheço no entanto que 15 minutos é um período escasso para demonstrar o que quer que seja.
  • O Dragão: A TV engana, e a moral é pouca para quem viu o jogo sentado em casa agarrado ao Live Stream que apesar de tremer não falhou. Porém o Dragão pareceu-me um estádio apesar de composto com um ambiente aquém daquilo que se vê em muitos outros jogos. É uma pena que o público em geral não responda mais regularmente às provocações das claques organizadas. 






  • O jogo da duas velocidades: O que o adepto quer é uma equipa capaz de realizar 90 minutos de futebol rápido, combativo e positivo. Hoje fomos presentados com 45 minutos de grande futebol, na segunda parte o Marítimo foi capaz de pausar o ritmo do FC Porto e ter o jogo "controlado" durante cerca de 35 minutos antes de uma investida final pelo quarto golo sob a batuta de Quintero.
  • O meio campo: Será durante esta fase inicial recorrente questionar ou pelo menos tirar alguns apontamentos sobre o desempenho do triângulo do meio campo. Foi hoje acima de tudo concentrado. Manteve, como se espera de um meio campo, os sectores ligados e participou activamente na construção e destruição de jogo. Porém continua a sensação que as costas do meio campo parecem sempre demasiado vazias fazendo-se notar a falta do trinco puro ao qual fomos habituados. Contra a maior parte das equipas do campeonato português essa não é uma preocupação pois ter um jogador tão posicional no meio campo acabava por ser um desperdício, porém guardo alguma apreensão sobre a forma como nos desafios contra equipas de maior qualidade o meio campo será capaz de gerir o momento defensivo.

É bom sinal quando chega ao fim de um jogo e o desejo aperta por mais. Significa que a exibição foi positiva e que o resultado foi de encontro ao futebol praticado, no entanto apenas torna mais difícil a espera. Para a semana há mais e as expectativas estão em alta, a possibilidade de uma vitória poder deixar o tricampeão nacional a 6 pontos do trivicecampeão catalisa ainda mais os ânimos, resta esperar e aguardar por uma semana calma no que diz respeito às movimentações do mercado de transferências para os lados do Dragão.

SOMOS PORTO!

Os delírios dos "jornalistas" do Correio da Manhã

Para os mais atentos, hoje, na ressaca de mais uma entrada a vencer do FC Porto no campeonato do principal escalão do Futebol Português, em antítese aos "bons" hábitos perpetuados para os lados da segunda circular, a "vara" jornalística, passo a expressão, que se intitula de Correio da Manhã premiou os seus leitores com o habitual discurso de fomento o ódio e que tende a desvalorizar o valor da(s) vitória(s) de uma equipa que é "apenas" tricampeã Nacional, e a mais titulada em Portugal.


Sem querer entrar em análises técnicas sobre o trabalho e a qualidade (ou falta dela) do árbitro João Capela, o qual até é ,como todos sabemos, conhecido por beneficiar o FC Porto, procuro aqui centrar-me na expressão escolhida pelos redactores do "jornal" em questão: "Penálti da tradição"


Significado de Tradição
subst. f.
1. costumes que vêm do passado: uma tradição familiar
2. facto de transmitir e conservar os costumes: respeitar a tradição
Portanto, devo aceitar com esta expressão, a ideia de que o FC Porto é um clube frequentemente beneficiado pela marcação de grandes penalidades. É portanto, segundo o dicionário de língua portuguesa, um habito que vem sendo perpetuado e com origem no passado. Pergunto-me se estes mesmos "jornalistas", durante a temporada passada escreveram que o penálti da tradição, salvou o SL Benfica na Luz frente à Académica (este é apenas uma exemplo ilustrativo). 
Certo, é que os jornalistas do CM "sabem que" uma mentira muitas vezes repetida tende a tornar-se verdade pelo menos aos olhos dos menos atilados, e é isso mesmo que estes procuram fazer. Durante os últimos cinco anos o FC Porto beneficiou de 42 grandes penalidades enquanto que o clube da Luz beneficiou de 39 (Fonte: Influência Arbitral). Estou em crer que os anais da estatística considerariam esta uma diferença estatisticamente não relevante já que falamos de uma diferença de 3 grandes penalidades num total 5 anos.

Ao contrário daquilo que se possa querer fazer pensar ou perpetuar, o FC Porto não é um clube particularmente beneficiado pela marcação de grandes penalidades, porém ao contrário daquilo que o leitor estará provavelmente a pensar, estou aqui para agradecer e não para criticar. Agradecer aos jornalistas do Correio da Manhã, por desde bem cedo nos começar a dar ainda mais motivos para querer continuar a vencer.

Somos Porto!

[Liga Zon Sagres] 1ª Jornada: Vitória FC 1 - 3 FC Porto












Um resultado enganador e um jogo muito aquém das expectativas são um bom resumo do jogo entre Vitória e FC Porto, porém é preciso dizer que os três pontos conquistados foram de grande importância principalmente após a derrota do maior rival na Madeira, e não deixaram de ser justos.









  • Josué: Apesar de não ter realizado um jogo excepcional, em parte por ter que jogar encostado à linha por culpa da ausência de Varela, fez uma boa segunda parte e foi decisivo ao marcar a grande penalidade que iniciou a reviravolta no marcador. Ficou na retina a forma como assumiu a responsabilidade enquanto Lucho e Jackson discutiam quem não iria marcar a mesma. Foi bonito ver o "pequeno rebelde" ir buscar a bola dentro da baliza num claro sinal de que "É p'ra ganhar!". Como bónus, com este gesto ainda conseguiu a expulsão de Pawel que estava já preparado para jogar ao empata..
  • Quintero: Entrou, tocou na bola e marcou um golaço! Dá gosto ver a forma como o miúdo trata a bola. Um verdadeiro 10, criativo e rápido. A este ritmo conquistará rapidamente a titularidade. Esteve bem não só no golo como durante o resto do jogo, sempre bem no passe, a imprimir velocidade e a encontrar espaços nas costas dos adversários.
  • Jackson: É difícil dizer se esteve bem ou se esteve mal. Durante todo o jogo procurou o golo, lutou e não foi pouco, oportunidades até nem lhe faltaram, foi é menos eficaz que o habitual. Talvez se aquele primeiro chapéu tivesse resultado como parecia destinado, toda a história fosse outra, porém dou-lhe nota positiva por nunca ter deixado de tentar e pelo terceiro tento.








  • A primeira parte e as debilidades do costume: Nesta altura da época, existem duas claras debilidades que o FC Porto precisa de trabalhar e melhorar caso pretenda efectivar a habitual candidatura a campeão nacional. Uma defesa com enormes desconcentrações: um problema identificado durante a primeira fase da pré-temporada mas que entretanto parecia ter sido resolvido. No entanto hoje a defesa voltou a surgir desconcentrada. Um meio campo sem identidade, em que os jogadores parecem ora longe da defesa ora longe do ataque. Dificuldade em ocupar os espaços e em trocar a bola com efectividade. Se as transições rápidas são importantes para decidir jogos, o domínio e controlo da bola são igualmente importantes para controlar jogos. Dois pontos muito importantes a rever durante as próximas semanas.
  • Lucho: Coisa rara mas o Capitão, El Comandante, pareceu hoje não ter entrado em campo. Jogo extremamente apagado, a demonstrar que apesar de ainda ter pernas para jogar a posição de 10 exige outro tipo de atributos. Com o avançar da época penso que será recuado para poder continuar a contribuir da melhor forma para o futebol da equipa. Deveria ter sido substituído por Quintero no lugar de Defour. 
  • Adeptos Vitorianos: O ataque constante aos jogadores do FC Porto, o racismo demonstrado para jogadores como Helton, as tentativas de agressão ao Presidente do FC Porto. Não tenho memória de tal recepção em Setúbal. Lamentável.







  • João Capela: Por incrível que pareça, Capela pareceu deixar as Capelices em casa. Por ainda mais incrível que pareça, os adeptos do Vitória parece que ainda arranjaram razões de queixa para com o árbitro lisboeta mas mais incrível ainda é que me surpreendeu com uma boa exibição. Um critério muito largo na hora de apitar mas, pelo menos, um critério uniforme. Perdoa-se. Esteve bem no penalty, na expulsão e tanto quanto consegui perceber na não marcação de golos nos dois lances sobre a linha.
  • Defour: Pareceu bem e até pareceu ter sido dos mais inconformados com o mau resultado e a má exibição da primeira parte. Porém quando a máquina afinou tinha ele saído para dar entrada a Quintero. Neste modelo continua a parecer-me o médio melhor formatado porém o treinador parece não abdicar da presença de Fernando. De futuro fica a esperança de ver Fernando com outro companheiro ao lado no meio campo.
  • Alex Sandro: Não fez um mau jogo, não comprometeu, simplesmente não foi brilhante como nos habituou. Espero que rapidamente esteja de volta à sua melhor forma.
  • A falta de opções nas alas: Não se compreende como é que após a baixa de última hora, Varela, não foi chamado aos 18 eleitos Iturbe ou até mesmo Kelvin, em detrimento a Carlos Eduardo que realizou 95 minutos na véspera. Faltou, de facto, largura e profundidade à equipa com um Licá desinspirado e um Josué a fazer de James.
Os três pontos foram conquistados, esses três separam-nos neste momento do nosso principal rival e sabendo que o primeiro jogo da época é tradicionalmente difícil independentemente do adversário, apesar de tudo não consigo estar insatisfeito. Há muito trabalho pela frente, mantenho a minha fé nesta equipa e aguardo ansiosamente por voltar a ver a bola rolar.

Somos Porto!

Liga Zon Sagres 2013/2014: Pronúncio de Tetra?


É já hoje que arranca mais uma Liga Zon Sagres. Após a vitória frente ao Vitória de Guimarães para a Supertaça de Portugal começa hoje o caminho rumo ao assalto aquele que pode ser o terceiro Tetra Campeonato da história do Futebol Clube do Porto E... do futebol Português.

As expectativas são mais que muitas após uma pré temporada positiva e uma início prometedor no Estádio de Aveiro que premiou o Futebol Clube do Porto com a 20 Supertaça Cândido de Oliveira, porem face a um Campeonato que augura trazer um Sporting e um Sporting de Braga mais competitivos do que aqueles que marcaram presença na última temporada, os desafios parecem ser maiores. Nesta altura, e após duas temporadas em que sob a alçada de Vítor Pereira o FC Porto apenas perdeu um jogo, torna-se difícil exigir mais à presente equipa técnica, mas talvez se existe algo que se possa exigir é um futebol que no fundo encha estádios e apaixone o coração dos adeptos que durante os últimos anos tanto se queixaram das equipas formatadas à imagem do ex-treinador azul e branco. Uma maior verticalidade e maior capacidade de desequilibrio, "mais Bayern menos Barcelona", é aquilo que pessoalmente peço para esta nova temporada. Um futebol alegre, que me faça saltar da cadeira, do sofá, da bancada e delirar com o génio dos artistas dentro de campo.

Exige-se ainda durante esta temporada, que o novo comandante da armada azul e branca, seja capaz de potencializar e dar oportunidades aos muitos jogadores de grande qualidade que lhe foram confiados. Na defesa a pergunta é se será desta que alguém consegue fazer de Danilo algo mais que um lateral banal. Existe ainda um Mangala que tem tudo para se tornar um dos melhores defesas centrais do mundo e que para isso precisa de ser devidamente acompanhado. Com o fim do mercado ainda se levanta a dúvida se será necessário encontrar um par para Mangala caso Otamendi rume a outras paragens.
No meio campo a adaptação de Herrera continuará por mais algumas semanas, mas as expectativas são altas para aquele que se apresenta como o maior candidato a fazer esquecer João Moutinho, apenas e só um dos melhores médios centro que já passaram pelo Porto, Lucho é um dez adaptado, mas fica a dúvida se Paulo Fonseca conseguirá aproveitar todo o potencial de Quintero, esse sim, um 10 da ponta dos cabelos à sola do pé. Tal como havia dissertado no início da pré-temporada, existe ainda um dossier Fernando que para mim continua a constituir um grande dilema. Fernando não se tem adaptado ao sistema táctico que o treinador idealiza e por outro lado parece longe da porta de saída neste momento. 

No ataque e acreditando na manutenção do melhor avançado a actuar no futebol português, resta saber se o treinador será capaz de evitar que Ghilas estagne na sua evolução. Porém é também na frente de ataque que emergem as maiores dúvidas sobre o que se pode esperar para mais uma temporada. Com o falhanço da contratação de Bernard, as alas do FC Porto estão entregues a Varela e Licá (que até fez uma excelente exibição no sábado passado) sendo que a cobertura para estes está entregue a Kelvin, Iturbe e... talvez Ricardo. Muita juventude e muita incerteza, resta saber quem de entre estes jogadores, quando atirados aos lobos serão capazes de sair por cima e largar o estatuto de promessa para abraçar a certeza.

É com ansiedade que aguardo pelo rolar da bola, mas é com confiança que vejo o início de mais uma, espero, bela caminhada.

"Somos Porto, e vamos continuar a ganhar!"

Vozes de burro não chegam ao céu - Artigos de opinião do jornal A Bola


Dei por mim a olhar para as capas do jornais nestes últimos dias e apanhei duas frases interessantes nas capas do jornal A Bola. Uma frase do Miguel de Sousa Tavares, e outra de Leonor Pinhão.


Para ele, o meio campo do Porto devia de ser Quintero-Josué-Lucho. Ora bem, são os 3 jogadores de grande qualidade, mas há um problema. São os 3 médios ofensivos. MST quer que o meio campo do Porto seja a Avenida dos Aliados, sem qualquer cariz defensivo. Se jogarmos com um médio mais recuado, esse terá de ser obrigatoriamente um médio mais defensivo que os outros. Se por outro lado, jogarmos com duplo pivot, esses dois médios atrás do nº 10 terão de se apoiar e complementar. Gostava de saber como é que íamos fazer isso com Quintero-Josué-Lucho.
Agora deixo uma pergunta ao senhor Miguel Sousa Tavares: Não está na cara que o senhor não percebe nada de futebol ?


De facto, o Luisão tem mais Taças Coca-Cola ... perdão, Taças da Liga que o Helton, visto que o Porto. até à data ainda não ganhou nenhuma Taça da Liga. Esta frase está relacionada com o que veio escrito na Bola «Aqui fica um exemplo com um gostinho especial para os adeptos do FC Porto: olhando para os vencedores da prova, vemos que o Benfica tem 4 vitórias. Helton tem... 6! Mais, o Sporting ganhou apenas sete vezes. Será que o número um azul e branco lá chega?» 

A senhora ficou tão ofendia que teve que dizer aquilo. Mas se quiser comparar o que Luisão ganhou e o que Helton ganhou, também se pode fazer isso. Em 8 anos de azul e branco, Helton ganhou: 7 campeonatos, 6 Supertaças, 4 Taças de Portugal, 1 Liga Europa. isto dá 18 títulos no total. Já Luisão ganhou: 2 campeonatos, 1 Supertaça, 1 Taça de Portugal, 4 Taças da Liga. 8 troféus desde que está no Benfica.

É inequivocável que o palmares do Helton, é muito mais recheado comparando com Luisão. Evidentemente que o complexo de inferioridade está sempre bem presente, tentando sempre engrandecer-se com coisas mesquinhas, e mesmo assim não conseguem sair por cima. Mas, já que a senhora Leonor Pinhão ainda está aziada, aconselho  que tome Rennie... Mas atenção, não misture isso com agua, misture antes com sumo de melão.

O estranho caso da formação no FC Porto e Jackson Martínez



 Esta semana começou com mais um caso no nosso clube, Castro um jogador da nossa formação, portista como se calhar mais nenhum dentro do plantel ia ser emprestado. Até podia ser tudo normal, se o rapaz não estivesse a entrar no último ano de contracto, não tivesse 25 anos, não fosse ser emprestado para esse grande colosso que é o Kasimpasa da grande liga Turca .
Pelo amor ao clube o jovem Castro acedeu a renovar com o nosso clube, mas mesmo assim só renovou por mais um ano.
Mas as questões a por são, porque é que ele renovou? Porque é que não deixam o rapaz sair em definitivo visto que ele não conta para o clube? E porque é que o Fernando merece fica no plantel, sem renovar e sempre a dizer que não quer ficar? E se o Fernando sair a alternativa não podia passar pelo Castro?
Este é mais um caso em que não se aposta em gente da nossa formação para o plantel principal, e porque? Porque não há dinheiro em comissões? Não sentem o clube como as camionetas de sul-americanos de qualidade dúvidosa? Não se entregam em campo como eles?
Pelo menos no caso do Castro isso não pode ser dito, sempre que lhe foram dadas oportunidades o rapaz entregou-se ao jogo como poucos e tinha mais do que condições para se manter no plantel e talvez ser titular.

E o caso do Castro não é único no nosso clube, jogadores como Bruno Gama, Vieirinha, Paulo Machado não teriam condições para ter jogado no nosso clube?

O Josué, por exemplo, é um jogador da nossa formação, mas que só está agora no nosso plantel porque é nitidamente um jogador de aposta do mister Paulo Fonseca. Óbvio que qualidade não lhe falta, mas é assim tão superior ao Castro, para merecer ficar no plantel e o outro não?

É claro que nem todos os jogadores da nossa formação tinham qualidade para integrar o nosso plantel, mas há alguns casos que nitidamente eram superiores a gajos que vieram da América do Sul, mas continuo a achar que há outros interesses que infelizmente se sobrepõem ao portisto, à raça, à mística e até à qualidade e enquanto assim for, por muitos jogadores que o clube venda, por muitos milhões que entrem, enquanto não houver aposta no formação, em vez da comissão parece-me que o nosso clube vai ver o passivo aumentar a cada dia que passa.

Já agora aproveito para deixar um abraço ao Castro e desejar-lhe a melhor das sortes lá na Turquia e em toda a carreira.
Jackson Martínez

Quanto ao caso do Jackson, ainda bem que não sou dirigente do nosso clube, a sério, ia ser mau, não ia aguentar com estes vedetismos, estas birras, estes empresários e os outros clubes que prometem mundos e fundos aos nossos jogadores. 
Mas parece-me que o Jackson não esteve nada bem nas declarações que proferiu ao dizer que ou renova ou sai. Para mim este era mais um caso em que já nem renovava, e a sair tinham de lhe bater a cláusula a pronto, isto porque aquando da assinatura do contracto com o nosso clube ninguém tinha uma arma apontada à cabeça para assinar e como tal, ele tem de respeitar o contracto ou então se tiver quem o venha buscar tem de lhe dizer que por agora são 40M/€ a pronto. 
Agora diz que quer renovar, a mim parece-me mais do que óbvio que queira renovar, com jeito vai dobrar o salário, por isso, é mais do que justo que ele queira renovar.

[Pré-Época] Nápoles 1 x 3 FC Porto












Após um jogo pouco conseguido contra os Turcos do Galatasaray e frente a uma equipa teoricamente superior do Nápoles o FC Porto impôs-se e demonstrou que nem tudo está perdido nem tudo está atingido. Ilações para mim óbvias nesta altura da temporada, mas já se sabe que há sempre quem consiga prever a desgraça pré-apocalíptica num resultado menos conseguido durante um qualquer torneio de Verão. Felizmente continuamos sem ser Campeões da Pré Época, o que para os nossos lados costuma ser um bom presságio. 







  • Quintero: O toque de bola deste rapaz não deixa espaço para grandes dúvidas. Rápido, trata a bola com muito carinho distribuindo ou temporizando a bom ritmo. Não tem para já a visão e a rapidez de execução do Professor Lucho, mas é sem dúvida um 10 com enorme talento em potência, poderá sem dúvida conquistar espaço e quem sabe até roubar o lugar que para já parece pertencer ao Capitão.
  • Herrera: Mais na segunda parte que na primeira, mas finalmente a demonstrar o seu estilo e a explicar o que motivou tanto interesse que levou à sua contratação. Muito longe de ser um Moutinho, é no entanto um jogar físico e muito mais vertical que o Português. Sem complicações a despachar a bola sem fugir ao contacto físico. 
  • Otamendi: Serve esta nota apenas para referir que Otamendi é um defesa central soberbo. Está em todo lado e faz esquecer os seus centímetros a menos numa capacidade de antecipação e uma determinação acima da média. Neste momento é o patrão e ao lado de Mangala perfazem uma das melhores e mais completas duplas de centrais que vi actuar de azul e branco.
  • A defesa: De uma forma geral, e no seguimento das críticas que realizei durante a pré-época em relação à defesa e à falta de concentração dos seus jogadores, tenho que agora parabernizar a mesma defesa pela enorme evolução verificada durante esta Emirates Cup. Desde o "monstro" Otamendi até um surpreendente Abdoulaye, todo os elementos da defesa foram competentes. Não perfeitos, mas a demonstrarem que com uma maior rotina poderão voltar aos níveis que nos habituaram nos últimos dois anos.
  • Ghilas e a segurança de ter uma alternativa: Queria a comunicação social fazer acreditar, por uma maior sucessão de minutos sem golos marcados, que Ghilas já não era uma alternativa válida ao nosso Colômbiano favorito. Havia quem na Sport TV já disse-se até que o FC Porto deveria ir ao mercado procurar outra alternativa caso Ghilas continua-se a não mostrar serviço. Uma resposta à altura, um jogo em que soube aproveitar o que lhe chegou aos pés e a colocar em sentido a defesa adversária durante a maior parte do encontro. Como é bom ter uma alternativa...
  • A dinâmica do meio campo: Ainda longe da perfeição, o que é natural após tantos anos a afinar um 4-3-3 que fora alguns princípios básicos era sempre semelhante, pareceu contra o Nápoles que os jogadores aos poucos começam a compreender melhor o que o Paulo Fonseca idealizou para o meio campo do FC Porto 2013-14. Também o treinador pareceu também evoluir na sua leitura isolando mais Fernando do seu companheiro do lado. Sem deixar de existir um 10 puro, típico deste triângulo invertido, Fernando foi muito mais Fernando principalmente durante a segunda parte, quando Herrera pareceu libertar-se mais.






  • A dificuldade em desmontar o autocarro: O Nápoles foi um adversário fechado principalmente durante uma primeira parte em que praticamente se limitou a bloquear todas as portas de entrada à carreira de tiro que os jogadores Portistas tanto procuraram. Uma equipa à imagem de muitas que iremos encontrar no nosso Campeonato durante a próxima temporada, com a diferença que os intervenientes da equipa Italiana destilam muito mais qualidade individual. A verdade é que durante uma primeira parte em que a disciplina táctica dos Italianos foi muito rigorosa, o Porto pouco ou nada conseguiu fazer para contraria as muralhas Napolitanas. Digo e repito, é preciso uma maior capacidade de explosão seja sobre a forma de um génio criativo na ala capaz de superar o adversário no um para um 90% das vezes, seja nos pés de um 10 capaz de rasgar defesas de uma ponta à outra ou de um jogador capaz de trocar as voltas ao Guarda Redes adversário nas bolas paradas.






  • As indefinições do triângulo do meio campo: A menos de uma semana do início das competições oficias, que arrancam com a renovada Supertaça Cândido Oliveira, não existe ainda um meio campo rotinado e que pareça realmente compreender todas as aspirações do treinador. Lucho tem cumprido irrepreensivelmente as funções de um 10, mas não será com 31 anos que este passara a ser um jogador de explosão e que evoluirá a sua capacidade técnica para aquilo que é habitual ver num 10 clássico. Fernando num triângulo invertido sofre do mesmo problema que Paulo Assunção encontrou no Atlético de Madrid. Torna-se num jogador banal. Entre as restantes opções, Defour parece estar num excelente momento de forma fica a dúvida se conseguirá ser o médio mais defensivo neste triângulo invertido.

E assim termina a Pré-Temporada 2013/14 também conhecida como FC Porto On Tour. Aproveito para felicitar a gestão inteligente realizada pelo clube que aceitou participar no fundo numa pequena "tour" pela América do sul, um mercado que poderá ser o futuro da marca Porto, e a participação num troféu como o Emirates Cup que não é mais do que um torneio de reputação onde é preciso dizer, a equipa deixou apesar de tudo uma boa imagem. 

[Pré-Época] Galatasaray 1 x 0 FC Porto



E ao sétimo jogo da pré-época lá sofremos a primeira derrota. Frente a uma equipa do Galatasaray recheada de nomes sonantes como Drogba, Sneijder, Altintop e Muslera, o Porto entrou bem em campo e conseguiu produzir o suficiente na primeira parte para sair para o intervalo a vencer. Não fosse... a praga dos penaltis. 

Pois é, parece que voltamos à sequência maldita de grandes penalidades falhadas e continuamos com os mesmos intervenientes: Jackson e Lucho. Iturbe já conseguiu concretizar da marca do castigo máximo frente ao MVV mas a taxa de aproveitamento destas situações contínua a deixar muito a desejar. Na segunda parte o Galatasaray entrou mais decidido em campo, controlou o jogo a espaços e acabou por não facilitar onde nós fomos perdulários e ganhar o jogo num penalti convertido pelo Felipe Melo.

Apesar da derrota foi um bom teste e ficam algumas notas a reter para desafios futuros:







  •  O tipo de jogo: finalmente um jogo de treino contra uma equipa com experiência europeia e em que jogamos os 90 minutos contra 11 jogadores. O adversário não criou muito perigo e quando tentou criar obteve uma excelente resposta da defesa e do Fabiano (já voltamos aqui). Se na primeira parte quase não saiu do meio campo defensivo, na segunda parte o Galatasaray apareceu mais desinibido e deu mais luta. Excelente teste nesta fase da pré-época.
  • Dupla de centrais - Ba:  Certinhos em todos os momentos do jogo, anularam completamente qualquer lance que o Galatasaray poderia criar através da sua referência no ataque - Drogba. O Ba esteve imperial, secando completamente um avançado que ao longo da sua carreira já envergonhou muitos defesas centrais de elevada reputação.
  • Defour em bola corrida: Interventivo, rápido, solidário. Excelente na pressão, no passe e na condução de bola em velocidade foi, com Lucho, o grande responsável pelo domínio que se sentiu na primeira parte do jogo.
  • Fabiano: Mais uma bela exibição do nosso suplente. Seguro entre os postes, fez duas ou três grandes defesas e saiu muito bem aos passes em profundidade que tentavam isolar os jogadores mais avançados do Gala. Deu confiança aos colegas e ele próprio parece mais confortável na baliza.







  • Danilo: Se já esteve em destaque esta pré-época por marcar um hattrick num dos jogos, hoje este irreconhecível. Ao longo de 75 minutos acumulou um conjunto de passes falhados, más entregas ("passes à queima", ao adversário...) e cruzamentos sem nexo que não são dignos de um titular da defesa do Porto. Perdeu constantemente os duelos individuais com quem atacava do lado dele e foi desarmado inúmeras vezes por ser demasiado lento a definir as jogadas. Descompensou a defesa mais do que uma vez e como sempre recuou a passo. Apareceu aos 75 minutos numa jogada em que descaiu para o centro como bem gosta de fazer e na qual conseguiu ganhar o segundo penalti. Um dia não para o nosso número 2.
  • Jackson e os penaltis: Começa a ser crónico e uma coisa que poderia não ter grande valor começa a assumir uma dimensão demasiado grande para não ser desde já atacada pela equipa técnica. Jackson estava a ser uma das melhores figuras do Porto em campo, surge a penalidade e a partir daí desaparece. Este problema tem que ser resolvido da melhor forma, seja evitando que Jackson marque os penaltis, seja treinando-os até à exaustão. A melhor solução tem que ser encontrada porque o nosso craque não pode continuar a "ir abaixo" sempre que estas situações acontecerem ao longo da temporada.
  • Defour nas bolas paradas: Sem Josué em campo, coube a Defour assumir a marcação dos cantos e livres... e diga-se que não resulta.







  • Inícios de partes: Tanto na primeira parte como na segunda, o Porto demorou a entrar no jogo e a controlá-lo como bem gosta de fazer. Não reparei se isto aconteceu noutros jogos mas espero que seja coisa de pré-época porque a alguns adversários não se podem dar 10 minutos de avanço... e vocês sabem de quem estou a falar.
  • Números de substituições: Já no jogo de apresentação aconteceu o mesmo. Voltamos a não fazer todas as substituições que estavam ao nosso alcance, mesmo quando o jogo não nos corria de feição. A entrada de Ghilas a 3 minutos do fim não fez também muito sentido. Eu sei que nós adeptos queremos sempre ver todos os jogadores a mostrar o que valem mas numa altura em que temos 26 atletas a trabalhar com a equipa técnica parece-me que temos visto muito pouco de alguns deles.


Amanhã defrontamos o Nápoles com um 11 à partida completamente renovado e portanto poderemos ver outras alternativas dentro do mesmo estilo de jogo que o Paulo Fonseca procura implementar. Espero ver Quintero, Herrera e Reyes jogar e espero que o Jackson apareça bem e a fazer o que tão bem sabe: marcar golos com classe.




Peculiaridades do futebol moderno


O modelo de negócio do Porto nos últimos anos esteve assente na potenciação de jovens jogadores (contratados na sua maioria na América do Sul por valores acessíveis à nossa "bolsa") e na sua consequente venda, uma ou duas épocas depois, por valores bastante superiores mas sempre ajustados à qualidade dos atletas que foram saindo da casa.

Nos últimos tempos a tendência tem-se alterado um pouco, fruto também da vontade de afirmação do clube na Europa, e o valor das contratações tem aumentado um pouco. Independentemente disso, o clube continua a formar jogadores, a torná-los vencedores e a vender a clubes de maior capacidade económica que lhes podem oferecer salários que nós não conseguimos alcançar. No meio disto o "jogador Porto" passou a ser conhecido como um jogador de elevada qualidade técnica e capacidade mental, com espírito vencedor e capaz de se adaptar a qualquer campeonato e ao mais alto nível competitivo. Talvez por esse facto, os principais talentos que surgem por esse mundo vêem no Porto uma equipa bastante aliciante para a sua carreira e uma oportunidade para se afirmarem no futebol europeu.

O caso mais recente é o de Bernard, cujos rumores na imprensa apontam como a próxima contratação do Porto... ou do Shakhtar Donetsk.


Pelo que se vai lendo o jogador e a família teriam preferência pela vinda para cá mas a intransigência do presidente do Atlético Mineiro (CAM) no elevado valor fixado para a transferência, 25M, parecem empurrar o jogador para o clube rico da Ucrânia que, pelo que foi confirmado pelo presidente do CAM, apresentou uma proposta formal para adquirir o passe.
Assediado por torcedores, Bernard confirma viagem para conhecer Donetsk 
(...) Para impressionar Bernard, representantes do Shakhtar irão buscá-lo na França em um jatinho do presidente do clube todo banhado a ouro por dentro e, na chegada a Donetsk, o jogador será recebido por uma comitiva em várias Mercedes pretas. (...)

Acredito que o Shakhtar tenha acenado com um contrato milionário e comissões chorudas para todos os intervenientes no negócio para conseguir levar uma das promessas do futebol brasileiro para o competitivo (!!) campeonato da Ucrânia. Como se não bastasse, tratará de dar ao jogador e família tratamento de excepção para o tentar persuadir a assinar contrato. O jogador, esse, parecia mais inclinado a pensar na carreira e na visibilidade europeia que lhe daria o Porto em contraste com o clube ucraniano lhe teria a oferecer - apenas dinheiro - mas agora parece estar na dúvida.

O que pode o Porto fazer quando clubes como este, novos ricos, se intrometem num negócio? É certo que temos títulos europeus e nacionais, somos um clube com história e tradição, temos uma imagem de marca bastante forte no que aos jogadores que saem do Porto diz respeito mas o que pode o Porto fazer quando tudo gira à volta de dinheiro que parece nunca esgotar nestes clubes? Peculiaridades do futebol moderno...