Pipoqueiros 2 - O Regresso



Em Dezembro de 2013, foi publicado, aqui, no Mística, um post sobre uma sub-espécie de portistas que nasceu com a mudança das Antas para o Dragão, os pipoqueiros, adeptos comodistas, que julgam que um jogo de futebol é semelhantes a um filme ou a uma peça de teatro e que, como tal, se sentem no direito de exigir, constantemente, grandes exibições. Esta sub-espécie de "portistas", que pensa que o hino do Futebol Clube do Porto é "Os Filhos do Dragão", arroga-se ao direito de, constantemente, assobiar, insultar e vaiar os jogadores do clube que, supostamente, apoiam, quando as coisas correm mal. De há muitos anos para cá que isto é assim e é muito, muito triste.

Sucede que, para esta temporada, os pipoqueiros fizeram como o clube e trataram de reforçar as suas fileiras. Os "reforços" caracterizam-se por também assobiarem quando as coisas correm bem, mas o futebol praticado não é bonito. Estes pipoqueiros devem ser tratados como "catedráticos do assobio", uma vez que exigem "nota artística" em todos os jogos. No jogo de apresentação, um amigável, contra uma equipa muito mais rotinada e avançada na preparação, assobiaram. Contra o Marítimo, mesmo estando a ganhar, assobiaram a equipa após uma sucessão de maus passes. E contra o Lille, repetiram a gracinha e ainda se deram ao luxo de assobiar o treinador Lopetegui por preferir substituir Casemiro por Ricardo, ficando Quaresma sem jogar um minuto, sequer.

Estes pipoqueiros são, também, indivíduos cheios de qualidade e de uma infinita fiabilidade. São perfeitos, nunca erraram. Na escola tiraram sempre 20 a todas as disciplinas, até mesmo quando as notas eram de 1 a 5. Nunca cometeram um lapso em toda a sua vida. Nunca cometeram um lapso, nunca de distraíram, nada. São brilhantes. Só assim têm legitimidade para assobiar mal se comete um pequeno erro, que é o que tem sucedido. Ou então são estúpidos, o que é bem mais provável.

Meus caros pipqueiros, façam um favor ao Futebol Clube do Porto: fiquem em casa, com o traseiro bem alapado no sofá. Não vão ao estádio. Poupam no bilhete do metro ou na gasolina, não prejudicam a equipa e não incomodam os demais adeptos. Ou então, sei lá, assim na loucura, comecem a frequentar os jogos dos nossos rivais. E aí, pá, assobiem à vontade. A sério.


Hora de definir o plantel

Antes do primeiro treino no Olival
Ontem, entrou mais um jogador para o plantel de Lopetegui. Trata-se do camaronês Aboubakar que assinou até 2018 e ficou com cláusula de 50M/€. O nosso clube ficou com 30% do passe do jogador e com os respectivos direitos desportivos.



Em sentido inverso está Varela que foi cedido por uma temporada ao West Bromwich Albion. Segundo a imprensa havia propostas das Arábias para o jogador, mas ele e bem pensou no retorno desportivo e não tanto no financeiro e decidiu-se pelo melhor campeonato do mundo. Da nossa parte resta desejar ao jogador que sempre deu tudo por nós, a melhor das sortes nesta nova fase.
Seria também agradável ver uma palavra por parte do clube nos seus canais oficiais, mas sobre saídas só sabemos aquilo que vem na imprensa, como de costume.

Mas ainda há certamente mais jogadores para acompanhar o Drogba da Caparica nesta saída do clube.
Jogadores como o Carlos Eduardo, o guarda-redes Ricardo, Kelvin, Sami e Ghilas são certamente jogadores que também sairão por empréstimo, visto que não têm sido opção do treinador desde começaram os jogos oficiais.

Sobre o jogo contra o Paços de Ferreira, uma boa primeira parte, uma segunda parte mais fraquinha, situação normal devido ao jogo da Champions de amanhã, que já se sabe que vai contar com uma boa casa, visto que já tem três bancadas lotadas.
Ainda sobre o jogo de sábado, os nossos leitores deixaram a opinião no nosso facebook e decidiram que o Casemiro foi o nosso melhor jogador em campo.

Ruben Neves


Pela primeira vez em muito, muito tempo, o Futebol Clube do Porto lançou um jovem formado na equipa principal do clube, como titular. Com apenas 17 anos, Ruben Neves passou directamente dos juvenis para a equipa principal e, na sua estreia comandou com muita classe e maturidade o nosso meio-campo, até ser substituído, completamente esgotado e receber a ovação da noite.

Independentemente daquilo que o futuro lhe reserva, Ruben Neves representa uma monumental bofetada de luva branca nas políticas de contratações e de aposta na formação da SAD. Obviamente que, no Porto, a prioridade é que a equipa principal seja o mais forte possível e, aqui, no reino do dragão, não queremos que o maior feito do nosso clube nos últimos dez anos seja ter um jogador formado cá ser considerado o melhor do Mundo. O que nós queremos é ganhar títulos.

Isto não implica que apostar na formação e ter uma grande equipa sejam conceitos mutuamente exclusivos. Antes pelo contrário, um bom aproveitamento dos nossos miúdos, permite ao clube poupar valiosos recursos financeiros que podem garantir uma menor necessidade de alienar dois ou três craques todos os anos.

Mas a aposta na formação traz ainda mais vantagens. Aproxima o clube dos adeptos, que se identificam com atletas como Ruben Neves, que representam o sonho que todos nós tivemos de jogar pelo nosso clube do coração e acabam por ser uma extensão dos adeptos em campo. Os "Ruben Neves" são miúdos que sentem o clube, que são portistas e que podem ajudar a devolver a mística do clube. E a aposta no Ruben Neves é um bálsamo para todos os outros miúdos das nossas camadas jovens, que podem continuar a acreditar no seu sonho.

Por tudo isto, obrigado, Ruben.