O milagre da multiplicação de transferências


Foi no Verão de 2010 que o clube da Luz protagonizou a contratação de um dos mais caros Guarda Redes da história. Por 8,5 M de euros, conforme o comunicado à CMVM abaixo citado as esperanças eram muitas sobre aquele que muitos apelidavam do sucessor de Iker Casilhas.
"A Sport Lisboa e Benfica - Futebol, SAD vem informar que chegou a acordo com o Atlético de Madrid para a transferência, a título definitivo, da totalidade dos direitos desportivos e económicos do atleta Roberto Jimenez Gago por um valor de 8,5 milhões de euros»
No comunicado, o Benfica fala ainda de uma cláusula de rescisão no valor de 20 milhões de euros: «Mais se informa que foi celebrado com o referido atleta um contrato válido por cinco épocas desportivas, o qual inclui uma cláusula de rescisão no valor de 20.000.000 de euros"
Um ano depois, Roberto "Franguito" Jimenez é vendido ao Real Zaragoza por qualquer coisa como 8,6 M de euros após uma época desastrosa do Espanhol e do clube da Luz.
"A Sport Lisboa e Benfica - Futebol, SAD, em cumprimento do disposto no artigo 248º do Código dos Valores Mobiliários, vem confirmar que chegou a acordo com o Real Zaragoza SAD para a transferência, a título definitivo, do atleta Roberto Jimenez Gago. A transferência do referido atleta, bem como da totalidade dos direitos económicos, foi concluída pelo valor de 8.600.000 (oito milhões e seiscentos mil) euros."
O comunicado levantou várias suspeitas e como tal foi pedido pela CMVM um esclarecimento relativo a este negócio, o que originou a seguinte resposta.
"A Sport Lisboa e Benfica - Futebol, SAD, em cumprimento do disposto no artigo 248.º do Código dos Valores Mobiliários, e em conformidade com o pedido efectuado pela CMVM relativamente à transferência do atleta Roberto Jimenez Gago, vem prestar a seguinte informação complementar: A transferência dos direitos desportivos do aludido atleta, bem como a totalidade dos direitos económicos àqueles inerentes, foi concluída pelo valor total de € 8.600.000 (oito milhões e seiscentos mil euros), por via de dois contratos celebrados em cartório notarial, um com a Real Zaragoza SAD e outro com uma sociedade de direito espanhol situada a um nível mais elevado da cadeia de domínio da Real Zaragoza SAD. Em consequência, a Real Zaragoza SAD adquiriu de forma definitiva os direitos desportivos do referido jogador mediante o pagamento de € 86.000 (oitenta e seis mil euros) e a outra sociedade, anteriormente identificada, passou a titular os direitos económicos mediante o pagamento de € 8.514.000 (oito milhões quinhentos e catorze mil euros). Este pagamento será efectuado de forma fraccionada e encontra-se garantido, nomeadamente por títulos de crédito. Mais se informa que os referidos contratos foram ratificados no momento da sua celebração pelos Administradores Concursales da Real Zaragoza SAD."
Aparentemente esclarecido, este negócio apesar de estranho parecia arquivado e condenado a ser esquecido pelas autoridades competentes. O que leva, afinal de contas, um clube que luta para fugir da lanterna vermelha na Primeira Liga Espanhola, a gastar 8,6 M por um Guarda Redes que faz uma época miserável em Portugal?

Passados dois anos, eis que El Franguito volta a dar que falar... em Portugal. Como pode ser lido no comunicado abaixo, directamente retirado do site do Atlético de Madrid, o Atlético de Madrid volta a comprar Roberto, não ao Real Zaragoza SAD nem a outra sociedade de direito espanhol situada a um nível mais elevado da cadeia de domínio da Real Zaragoza SAD, mas sim... ao Benfica. Convêm referir que este comunicado não refere em momento algum o valor desta transferência nem quais contrapartidas o Benfica recebe pelos direitos do Guarda Redes... que supostamente já não lhe pertencia.
"Acuerdo con el Benfica para el traspaso de Roberto
El Benfica y el Atlético de Madrid han llegado a un acuerdo para el traspaso del guardameta, que firma por las próximas cuatro temporadas con nuestro club. La primera de ellas la jugará cedido en el Olympiacos griego.
El Benfica y el Atlético de Madrid han llegado a un acuerdo para el traspaso de Roberto Jiménez. El guardameta firma por cuatro temporadas, la primera de las cuales la jugará como cedido en el Olympiacos griego.
El portero fuenlabreño de 27 años ha jugado las dos últimas temporadas en el Real Zaragoza tras proclamarse campeón de la Copa de la Liga en 2011 con el Benfica."
Curiosamente no mesmo dia o clube Madrileno informa ainda a cedência a título definitivo do transmontano Pizzi, ex-jogador do SC Braga, também sem qualquer referência aos valores envolvidos em mais uma negociata entre os compadrios de Madrid e Lisboa.
"ACUERDO CON EL CLUB LUSO POR EL CENTROCAMPISTA
Pizzi jugará en el Benfica
El futbolista, que la temporada pasada jugó como cedido en el Deportivo, pasa a la liga portuguesa.
Luis Miguel Afonso Fernandes, Pizzi, es nuevo jugador del Benfica después del acuerdo de traspaso alcanzado entre el Atlético y el club luso. El centrocampista portugués, que llegó a Madrid en el verano de 2011, jugó la pasada temporada cedido en el Deportivo de la Coruña.
Desde el club le deseamos lo mejor en esta nueva experiencia profesional"
 Limpinho mais limpinho impossível. Ainda restam dúvidas da transparência e da verdade desportiva praticada nos lados da 2ª Circular? Aguardo ansiosamente por um pedido de esclarecimento por parte da CMVM, porém, tranquilizo o leitor. Estou devidamente munido de bens alimentícios para resistir à longa e dura espera que tenho pela frente.

Para terminar e porque rir é o melhor remédio:
"Pizzi foi contratado pelo Benfica ao Atlético de Madrid mas o internacional português não vai fazer parte do próximo plantel dos encarnados e vai continuar a carreira em Espanha por empréstimo das águias.
O Espanyol é o clube que vai acolher Pizzi por uma época e na próxima semana o jogador que na temporada passada representou o Deportivo da Corunha irá chegar à Catalunha.
Desta forma, o Benfica pretende que Pizzi jogue com regularidade ao longo desta época, algo que também agrada ao jogador porque é ano de Campeonato do Mundo e ele pretende fazer parte das opções de Paulo Bento se Portugal se qualificar para a prova que se irá disputar no Brasil.
Recorde-se que o contrato que liga Pizzi ao Benfica é válido para as próximas cinco épocas, pelo que no próximo ano é provável que o futebolista formado no SC Braga possa lutar por um lugar na equipa encarnada."

Modalidades e possível 3º equipamento

Andebol

Equipa FC Porto Vitalis 13/14

 

Na passada terça-feira apresentou-se a equipa pentacampeã de Andebol do NGC. Na apresentação já foram vistos os reforços Miguel Sarmento (ex-ABC, ponta direita), Vasco Santos (ex-ISMAI, 1ª linha), João Moniz (ex-Beleneses, guarda-redes), Álvaro Ferrer (ex-Atlético de Madrid, 1ª linha) e David Davis (ex-Atlético de Madrid, ponta esquerda). De saída do Dragão estão Sérgio Rola, Filipe Mota e Elias Nogueira. Olhando para os reforços podemos perceber que este ano estamos empenhados em conquistar algo mais do que a nível nacional., visto que trouxemos um tricampeão europeu do Atlético de Madrid, que apesar de ter 36 anos promete ser um belo reforço, de Madrid veio também Álvaro Ferrer, que vem trazer experiência defensiva à equipa, e trouxemos ainda outros três jovens de grande qualidade e com ainda grande margem de progressão, para ajudar a equipa que conseguiu manter os seus principais trunfos dos últimos anos.

A nossa equipa de Andebol arranca dia 24 de Agosto em Viseu, em jogo para a Supertaça frente ao Sporting.
O jogo seguinte já é o apuramento para a Liga dos Campeões de Andebol e disputa-se no dia 31 de Agosto, frente aos noruegueses do Elverum no Dragão Caixa. Espera-se que no dia 1 de Setembro tenhamos outro jogo, também no Dragão Caixa, frente ou ao Constanta da Roménia, ou frente ao Volendam da Holanda e se conseguirmos vencer esses dois jogos, entramos na fase de grupos da Liga dos Campeões algo que nenhuma equipa de Portugal faz desde 2001.

O campeonato em Portugal começa dia 7 de Setembro ao recebermos o Avanca no Dragão Caixa. A segunda jornada é também em casa, dia 14, e recebemos o Sporting. Na terceira jornada vamos jogar à Luz (vulgo galinheiro, ou salão de festas).

Calendário completo do Campeonato Nacional Seniores Masculino 13/14

Hóquei em Patins


No Hóquei, o treinador Tó Neves voltará a contar com os mesmos jogadores, que constituem um grande plantel e o sorteio do campeonato é dia 31 de Julho.
A 19 de Outubro, o NGC joga o seu 1º jogo oficial, a Supertaça, frente à Oliveirense. Uma semana depois dia 26 começa o campeonato.

Basquetebol

 No basquetebol o NGC vai disputar a proliga depois de aceite a inscrição, e já se sabe que irá ter como base da equipa os campeões de sub-20 do último ano, mas com alguns reforços. Dois já confirmados são André Bessa e Miguel Queiroz, sendo que o Bessa é um regresso muito esperado ao Dragão. O treinador será o grande professor Moncho López e portanto podemos estar esperançados para uma grande época no basquetebol, e contar com um grande plantel, cheio de jovens com enorme potencial.
O sorteio da Proliga é dia 1 de Agosto e a prova começa a 12 de Outubro. Antes, no dia 27 de Setembro, já haverá competição com o início do troféu A.Pratas referente à Proliga.

Possível 3º equipamento

Imagem que circula na "net" como possível 3º equipamento
 Quanto ao 3º equipamento, se for este, só tenho a dizer que é bonito e simples, mas talvez simples de mais o que me leva a achar que o do ano passado era bem mais bonito.
Neste vêem-se os pormenores a dourado que este ano distinguem os nossos equipamentos pela comemoração dos 120 anos de existência e têm ali aquele pormenor bonito da imagem dos 120 anos. Uma coisa que não gosto é a imagem do patrocínio, mas se tiver que ser aquela, será e sempre é mais bonito que aquele caixão preto da MEO.

[Pré-Época] Millonários 0 x FC Porto 4


Durante a primeira parte, a máxima de que o ataque é a melhor defesa foi comprovada sempre com um grande ritmo, com uma troca de bola rápida, curta a maior parte das vezes, e ao primeiro toque sempre que possível. O FC Porto instaurou-se nos últimos dois terços do terreno não deixando espaço aos Colombianos para demonstrarem o seu futebol. No entanto é importante realçar as dificuldades da equipa em furar as barreiras defensivas do adversário, sendo que o golo de Danilo não foi mais do que um rasgo de génio do Brasileiro. Um golo em que Danilo vestiu a pele de um extremo por momentos, diagonalizou, fintou e rematou em jeito com aquele que é o seu pior pé.

Licá e Kelvin apareceram de diferente forma no jogo. Licá foi muito interventivo e com uma capacidade de recuperação e de colaborar no processo defensivo muito grande, o que poderá ser uma mais valia numa futuro próximo em que sejam necessários jogadores obrigatoriamente mais solidários e tacticamente disciplinados. Kelvin por outro lado pareceu parte do jogo, aliado a este mesmo, mas sempre que interveio efectuou-o com um critério que não foi visível na temporada passada, a jogar com inteligência, contido no um para um e a procurar preferencialmente diagonalizar o seu futebol seja na procura do remate ou de linhas de passe.

Jackson demonstrou o porquê de ser fundamental num  futebol personalizado de toque e foge como aquele que se vem vendo o Porto a ensaiar. Apareceu muitas vezes a procurar bola bem atrás e a criar espaços onde eles não os existem, reflexo disso foi um remate conseguido nos últimos dez minutos da primeira parte, em que após uma recepção apertada, inventou espaço para um bom remate à baliza adversária.

Na defesa, Helton actuou muitas vezes como um autêntico libero em constantes trocas de bola com os dois centrais e também com os laterais. Otamendi muito esclarecido, muito interveniente na construção de jogo e Abdoulaye a não conceder espaços na frente da área azul e branca. Fica o registo de uma equipa a realizar uma pressão ao adversário um pouco mais perto da grande área mas não deixa de ser curiosa a forma como os centrais rapidamente recuam no início do processo defensivo para fechar as linhas para a baliza naquilo que parecem ser duas linhas distintas de 4 jogadores atrás da linha da bola.

Na segunda parte a equipa pareceu surgir mais esclarecida, com maior definição no seu futebol ofensivo, criando diversas oportunidades em bola corrida junto da área adversária. Foi porém o melhor jogador em campo que voltou a marcar, e de bola parada, por duas vezes. Danilo que esteve a nível defensivo em bom plano, apesar da fraca oposição que encontrou, após um primeiro golo na primeira parte conseguiu aumentar a contagem para três com dois livres directos, junto da esquina do lado esquerdo da grande área adversária.

Durante a restante segunda parte de realçar a continuação de uma boa exibição de parte do triângulo de meio campo, principalmente do incansável Lucho Gonzalez que construiu e foi ainda o primeiro a destruir muitas vezes. 

Josué soube pausar o jogo quando as linhas de passe escassearam e foi um jogador esclarecido no que diz respeito ao papel do pivot neste triângulo invertido que Paulo Fonseca tem vindo a ensaiar para o FC Porto 2013-14. Castro também em bom plano, muito combativo, a construir mas também muito forte como último jogador do meio campo na maior parte do tempo.

Jackson fechou o resultado, perto do final do encontro, com dois pormenores técnicos soberbos:  primeiro, a arrumar o adversário da frente e segundo a fazer o dito chapéu ao Guarda Redes adversário que possivelmente nem terá percebido o que lhe aconteceu.

As substituições permitiram ver um pouco de Herrera, um jogador muito diferente de João Moutinho, apesar de espalhar promessas de qualidade pelo relvado. É preciso ver o Mexicano somar minutos e só aí poderão ser tiradas algumas ilações. Parece no entanto um jogador que gosta de ter a bola no pé e não se esconde da responsabilidade de ser o primeiro construtor de jogo. Ricardo entrou com grande confiança, brilhando no apoio à defesa mas somando dois ou três apontamentos junto à grande área adversária. Reyes, à semelhança de Abdoulaye e Otamendi, não teve trabalho até porque quando entrou encontrou um Millonarios reduzido a 10 unidades. Mangala permitiu somar minutos de descanso ao incansável Alex Sandro. Izmaylov surgiu em bom plano, rápido, a partir para cima dos adversários com aquela capacidade de tratar a bola com um carinho muito especial.

Um bom ensaio. Nota positiva para um relvado que apesar de escorregadio era de facto um relvado em condições, para a equipa Portista, pela frescura física que manteve em clima e altitude adversa, e para a equipa de arbitragem que soube controlar o excesso de impetuosidade dos jogadores Colombianos. Nota negativa para mais um ensaio em que grande parte do jogo enfrentamos uma equipa reduzida a dez, infelizmente uma variante que não podemos controlar.

O conflito de interesses da Benfica TV



"Acho interessante que um clube esteja a fazer negócios com outros clubes para transmitir jogos desses clubes. Será interessante ver o relacionamento e o conflito de interesses que daí advém. Mas, se a Liga e os intelectuais analistas dos jornais ainda não levantaram qualquer problema é porque, se calhar, está correto que amanhã o canal de um clube transmita até os jogos todos do campeonato. Se calhar está mesmo bem", insistiu Pinto da Costa em jeito de crítica e numa entrevista hoje ao jornal O Jogo.

De facto é curioso que, com tantos comentadores desportivos e com tantos jornalistas com artigos de opinião em jornais da área, ainda ninguém tenha sequer posto em causa o conflito de interesses que existe na compra de jogos da primeira liga pela Benfica TV. Mais: durante as transmissões dos jogos do benfica efectuadas no passado era notório (e normal?) a parcialidade e inclinação dos comentadores. Isso irá continuar? E será que existirá acesso àqueles lances polémicos em que não convêm absolutamente nada mostrar vários ângulos de visão? E com isto não me refiro apenas a foras de jogo ou penalties - refiro-me a agressões, situações de tensão e sobretudo entradas para os túneis! Nesses casos a comissão disciplinar da liga decidirá com base em imagens fornecidas pela televisão afeta a um dos clubes... mas será que ninguém vê todos os problemas que isso acarreta?

Fica posta em causa a distância, a equanimidade e a imparcialidade da análise e provavelmente o recurso a imagens televisivas para julgar casos disciplinares ficará também suspenso.

PS - Nos jogos da Taça de Honra foram visíveis banners de publicidade ao canal em causa - vamos ter isto ao longo do campeonato, taça de portugal e taça da liga? Sem qualquer restrição?

PS 2 - Graças a um comentário a este post fiquei a saber de um artigo de opinião no site maisfutebol (pode ser encontrado aqui). O Luís Sobral levanta questões bastante pertinentes e comuns a este post pelo que recomendo a sua leitura.

[Pré-Época] Deportivo Anzoátegui 2 x FC Porto 4

Uma defesa desconcentrada e descordenada e um ataque criativo, rápido e eficaz resumem os 90 minutos de futebol que ontem pudemos assistir no Estádio José Antonio Anzoátegui.



Numa primeira parte atípica em que ambas as equipas revelaram várias debilidades defensivas sendo concedidos vários espaços entre as duplas de centrais e os meios campos, o Anzoátegui levou a melhor, fruto de uma desconcentração da defensiva azul e branca em que o Mangala concedeu demasiado espaço e não conseguiu levar a melhor perante o avançado da formação Venezuelana. A falta de um trinco mais posicional permitiu que durante toda a primeira parte a equipa adversária encontrasse espaço para o remate de meia distância, sendo que esta foi conseguindo ao longo da primeira parte algumas boas oportunidades de golo sem no entanto ter conseguido faturar. Para além das desconcentrações da dupla de centrais também Fucile apareceu apagado não tendo capacidade de apoiar Varela nas movimentações ofensivas e perdendo ainda alguns duelos no um para um. No capítulo defensivo, Alex Sandro foi a excepção à regra, um jogador que nesta altura da pré temporada dá a sensação de não ter feito qualquer interrupção para descansar desde o jogo com o Paços de Ferreira que selou o Tri Campenaonato.

No ataque foi à esquerda, e com um Iturbe surpreendentemente esclarecido, que o FC Porto demonstrou uma vivacidade muito acima da média da temporada passada. Apesar de se apresentar como uma equipa que gosta de ter a bola, este Porto parece agora uma equipa com maior capacidade de explosão e com mais recursos para chegar à área adversária. Ao contrário dos primeiros jogos em que o afunilamento dos extremos era notório, sendo a procura do espaço interior uma constante, frente à formação Venezuelana estes movimentos (apesar de continuarem presentes) foram acompanhados de uma maior largura de jogo. 

Carlos Eduardo, o "10" de serviço durante a primeira parte do encontro, apareceu demasiado distanciado dos restantes jogadores do trio do meio-campo, o que possivelmente esteve na origem na dificuldade da formação portista em manter a posse de bola no último terço do terreno. Foi na mexida desta pedra basilar que na segunda parte o futebol apresentado se transfigurou com a entrada de Lucho. Com um futebol mais esclarecido e com um elemento mais próximo dos restantes membros do meio-campo aumentou a facilidade na troca de bola e o meio-campo passou a ter capacidade de se aproximar ora da defesa ora do ataque graças a uma maior mobilidade e solidariedade de Lucho. A juntar à festa, Defour fez uma segunda parte em grande nível, presente em todo o lado e com uma entrega surpreendente se tivermos em conta as condicionantes fisiológicas do jogador que é asmático e enfrenta, por estes dias, condições climáticas adversas.

Juntamente com Lucho, entraram Danilo e Jackson, um trio que revolucionou o futebol da equipa que ganhou uma maior estabilidade e equilíbrio, excepção feita a um passe de Fernando que entregou a bola a um jogador adversário mesmo em frente à grande área e ao segundo golo dos Venezuelanos na sequência de uma bola parada e que apesar de tudo surgiu de um remate em que o jogador adversário provavelmente nem viu para onde estava a rematar.

O resto da história do jogo conta-se à imagem de uma equipa muito esclarecida no processo ofensivo, que marcou quatro golos e poderia ter marcado mais uns dois ou três, um Iturbe explosivo que realizou uma mão cheia de cruzamentos que levavam selo de golo, um Danilo a fazer um dos seus melhores jogos em muito tempo e um Herrera com lampejos de classe e que aparenta ser um jogador mais físico e combativo que João Moutinho. A equipa manteve este registo durante sensivelmente os primeiros trinta minutos da segunda parte sendo que o último quarto de hora se jogou a um ritmo mais lento, fruto do cansaço acumulado do muito trabalho realizado nas últimas semanas, de um relvado com claras semelhanças àquela carpete ratada que ficou guardada no sotão durante as últimas décadas, e do efeito inevitável do Jet Lag sofrido aquando destas viagens intercontinentais.

Saudações desPortistas.

Sobre a Taça da Anti-hegemonia



Realiza-se neste fim de semana a Taça de Honra da Associação de Futebol de Lisboa (AFL), uma competição entre clubes da região da capital e que, nas palavras do presidente da AFL Nuno Lobo, promete ser "a verdadeira festa da família, dos clubes e do futebol”.

Nuno Lobo, o grande impulsionador da reedição desta competição é alíás um fervoroso adepto do centralismo e quer aplicá-lo ao futebol português. Para os mais distraídos, Nuno Lobo foi o senhor que há uns tempos teve as declarações infelizes e triunfalistas relativamente à subida de divisão do Belenenses. Disse na altura: "Estou convicto que é a rutura do futebol português, que vai impor um fim no apogeu das equipas do norte e centro do país que aconteceu nos últimos 30 anos" e ainda "Com a subida do Belenenses, Lisboa assume maior preponderância e poder, não só a nível desportivo e competitivo, mas também a nível dos fóruns e palcos principais de discussão do futebol português"

Não só não faz qualquer sentido usar uma vitória na segunda divisão como bandeira de propaganda como chega a ser desconcertante que o actual Presidente de uma Associação de Futebol tenha tamanho desdém pelos clubes que não fazem parte do seu círculo de poder e que têm elevado a reputação do futebol português internacionalmente. Para além disso as declarações acabaram por se tornar ridículas tendo em conta que o Futebol Clube do Porto se sagrou tricampeão e o Arouca subiu também de divisão. Mas se calhar Nuno Lobo não estaria à espera que isso acontecesse...

Estamos perante alguém que não só se coloca numa posição de confronto relativamente às "equipas do norte e centro do país" como também demonstra grande respeito pelos clubes que representa:


É de facto estranho que Bruno de Carvalho, tão ansioso e esfomeado por polémicas, não tenha ainda tomado qualquer posição relativamente a este aspecto, que aliás é público e está à distância de uma pesquisa no Google. Como é também estranho que não se tenha pronunciado sobre os jogadores desviados pelo benfica (Pizzi é a última novidade) mas seja tão lesto a comentar Ghilas e Josué... mas isso é assunto para outro artigo.

Note-se que não quero pôr em causa a imparcialidade clubística do presidente da Associação de Futebol de Lisboa mas apenas perceber o que o move. E o que o move parece-me bastante claro e deixo a interpretação ao critério de quem nos lê:



Voltando agora à competição em si. Quer-me parecer que os grandes objetivos que ela encerrava já ficaram pelo caminho. A "festa da família" foi ontem manchada por adeptos do benfica e do sporting que, alheios ao facto de estarem inseridos numa sociedade, se comportaram como ser irracionais e quais hooligans desataram a lançar tochas e pedras acertando em tudo o que estava no seu raio de acção: desde carros a pessoas, nada escapou à sua fúria. Percebe-se o entusiasmo levado ao extremo.. era um jogo amigável em que absolutamente nada estava em disputa:


Por outro lado, o Sporting alinhou com a equipa B visto que está em estágio no Canadá. No adversário, o destaque era para a estreia de Silvio, o qual fez questão de "entrar a pés juntos" no jogo. No meio disto tudo muitas segundas opções e pouca espectacularidade o que acaba por desprestigiar a competição.

Por último, um comentário à RTP: é de interesse público transmitir a taça de honra da af lisboa? Mas a liga dos campeões já não é? Critérios...

[Pré-Época] Marselha 0 x FC Porto 3













Foi em ambiente de festa, estando a equipa do Porto a jogar "em casa" fora de casa, que o Porto versão 2013/14 despachou com alguma facilidade o vice campeão francês, o Marselha. 
Num jogo a ritmo de pré-temporada, foram visíveis alguns lampejos daquilo que Paulo Fonseca tem insistido junto dos jogadores durante as várias sessões de treino realizadas durante o estágio. O triângulo invertido no meio campo veio para ficar, e ficou a sensação que com isso a necessidade de vender Fernando também. O meio campo parece para já ainda a assimilar rotinas a processos muito diferentes do que aquilo que estava habituado mas até aí nada de anormal. 
Foi durante a primeira parte que pareceu existir um espaço anormalmente grande entre o sector defensivo e o meio campo que, aliado a um jogo particularmente desconcentrado de Mangala, terá estado na origem das diversas ocasiões de golo de que os franceses dispuseram durante a primeira parte. Depois, Morel decidiu borrar a pintura e foi expulso depois de pontapear uma bola contra Fucile em protesto por uma decisão do árbitro, dessa forma o Porto esteve em vantagem numérica durante 50 minutos, e se durante o resto da primeira parte ainda deram luta, a equipa de Marselha parece ter deixado o sector ofensivo no balneário depois do intervalo.

Ficou ainda a ideia que com médios com rotinas a jogar um futebol mais ofensivo e mais de construção do que de destruição o triângulo de meio campo é mais fluído e funciona muito melhor, porém como referido atrás, esta análise carece de substância por o adversário estar a jogar com menos um. 
Apesar de tudo um bom teste, Paulo Fonseca só pode estar satisfeito e parece que este se prepara para somar dores de cabeça quando chegar a hora de definir um onze base para a temporada.

Os jogadores um a um

Helton::. O nosso "capitão" não vê os anos passar por ele. Numa primeira parte em que a defesa apareceu mais desconcentrada do que deveria ser permitido esteve sempre atento resolvendo quando necessário quando tudo o resto falhava. Como tudo não são rosas ainda somou uma má saída da baliza que teria dado golo não fosse a intervenção de Otamendi.

Alex Sandro::. Enquanto alguns ganham ritmo para a nova temporada este Brasileiro parece que não foi de férias e como bónus ainda recarregou as baterias. Enérgico, incisivo no ataque e dos mais atentos na defesa.

Mangala::. Um monstruoso central que no entanto ontem apareceu pouco concentrado e um pouco displicente, foi na primeira parte o elo mais fraco da defesa. Nada de alarmante, estamos na pré temporada.

Otamendi::. O verdadeiro patrão da defesa. Este muito bem a maior parte do tempo, evitou males maiores quando Helton calculou mal uma saída da baliza, foi o melhor no sector recuado durante a primeira parte.

Fucile::. Eis uma alternativa mais do que viável a Danilo. Bem, ora na direita e na esquerda, sempre naquele seu registo muito próprio raçudo e combativo. O temperamento às vezes atinge níveis irascíveis o que não se compreende sobretudo num jogo amigável, e que nos trás memórias de São Petersburg. 

Fernando::. Tal como haveria comentado numa publicação anterior, torna-se num jogador banal jogando num sistema de duplo pivot  Não esteve mal mas longe do brilhantismo que normalmente lhe podemos atribuir. 

Josué::. Um jogo muito interessante do "Pequeno Rebelde". Muito participativo sem se esconder do jogo em momento algum. Falhou na minha opinião demasiado passes sobretudo de média e longa distância o que se compreende facilmente numa fase em que jogador se está a entrosar com os seus companheiros e as próprias movimentações da equipa ainda estão a ser assimiladas.

Lucho::. Não é um organizador de jogo pelo menos na medida de um 10 convencional, porém tem sido uma agradável surpresa, impondo um bom ritmo e apresentando uma frescura e disponibilidade tremendos, ainda para mais para a sua idade. Fica a dúvida se durante a temporada recuará no triângulo.

Izmaylov::. Apesar de guardar nos pés uma capacidade técnica e uma visão acima da média, joga a um ritmo mais lento e fica a sensação que muitas vezes para o jogo num momento em que se pedia uma explosão. Dada as alternativas está longe de ser um dos meus favoritos na luta pela titularidade acredito por isso que a saída fosse a alternativa mais razoável para o futuro do jogador.

Kelvin::. O MVP. Um jogador muito mais esclarecido que aquele que durante um ano navegou entre a Equipa A e B. A soltar a bola com grande facilidade, com uma capacidade de decisão infinitas vezes superior, partindo menos vezes para o 1 para 1 mas com grande eficácia. Foi ainda capaz de aparecer na cara do golo com duas grandes oportunidades, uma que acabou por originar o primeiro golo da equipa em recarga de Izmaylov, e o segundo depois de uma enorme investida individual. Merecia o golo.

Jackson::. Igual a ele próprio. É dos avançados com um melhor rácio tentativas de remate/golo. Não é um jogador capaz de criar muitas oportunidades, preferindo tabelar sempre que possível para alguém melhor posicionado, mas quando tem uma oportunidade raramente falha. Assim foi frente ao Marselha.

Fabiano::. Pouco foi possível observar do Guarda Redes da segunda parte já que na segunda metade do encontro parece que os avançados do Marselha decidiram ficar no balneário.

Iturbe::. Protagonizou o momento da noite. Um enorme golo na sequência de uma boa jogada colectiva. Deu a sensação que por momentos, vindo directamente da cidade de São Peterburg, o espírito de Hulk encarnou no argentino.

Defour::. Ao contrário do que havia acontecido frente aos Holandeses, entrou muito bem em jogo estando na origem do golo de Jackson Martinez com um passe fabuloso a rasgar toda a defesa dos franceses  De entre todos os jogadores que actuaram na segunda parte foi daqueles que apresentou uma maior ritmo de jogo.

Danilo::. Jogou na direita, jogou na esquerda. Sem dar muitas nas vistas fica a curiosidade de ter parecido estar em melhor plano durante o período de tempo que jogou à esquerda. Resta saber que efeito terá a concorrência de Fucile pela titularidade.

Herrera::. Entrou e jogou na posição 6 para surpresa geral. Interventivo, a recuperar algumas bolas e a distribuir rapidamente chegou para deixar os adeptos com vontade de ver mais.

Ghilas::. Muito diferente de Jackson, não precisa de muito para tentar o golo. Mesmo quando não marca, não sabe passar ao lado do jogo. Seja com algumas combinações vistosas ou com um ou dois tentos de deixar os cabelos dos adeptos adversários em pé.

Varela::. Podendo ainda ser demasiado cedo para lançar foguetes ou qualquer outro objecto pirotécnico, os indícios indicam que o Varela preparar-se para arrancar para uma temporada ao seu melhor nível. Algumas boas arrancadas a torcer os rins aos adversários, criou algum perigo e introduziu velocidade ao futebol da equipa.

Carlos Eduardo::. Passou ao lado do jogo, a bola pouco passou pelos pés dele e quando o fez não conseguiu espalhar magia.

Castro::. A lembrar o Defour da época passada, jogou onde foi preciso seja a médio seja a lateral. Por isso não terá brilhado substancialmente mas a jogar sempre bem, sem errar e sempre com a raça que lhe é reconhecida.

Maicon & Abdoulaye::. À semelhança de Fabiano, fruto da desinspiração, e talvez falta de pernas, dos jogadores do Marselha em resultado da expulsão de Morel, tiveram uma segunda parte muito tranquila em que secaram qualquer chance da equipa Marselhista de reduzir a desvantagem

Reyes::. Poucos minutos e um ataque inexistente fez com que passa-se ao lado do jogo, fica para a próxima a oportunidade de se mostrar.

Licá::. Não teve tempo para mostrar muito, dez minutos em campo chegaram no entanto para um par de investidas sem grande sucesso.

Tiago Rodrigues::. Um jogador que por menos tempo transpira muita qualidade. Trata a bola com grande qualidade, ontem não pode fazer muito mas ainda sacou um bom remate que só foi segurado à segunda.

Quintero, o colombiano que se segue

Juan Quintero no Dragão

Já foi apresentado no nosso clube mais uma promessa do futebol colombiano, Juan Quintero. Com apenas 20 anos, o médio custou 5M/€ e o NGC fica com 50% do passe do jogador, e o jogador fica com cláusula de 40M/€ e contrato até 2017
Umas das estrelas do Mundial de Sub-20 onde marcou 3 golos em 4 jogos e na priemeira fase da competiçã foi considerado um dos melhores do torneio pela FIFA.
O médio que jogava no Pescara de Itália diz que se aconselhou com James e Jackson sobre o nosso clube e “sempre quis vir para este clube. Venho com uma grande esperança em ganhar títulos. Estou muito contente porque este é um passo importante na minha carreira, agora o principal é trabalhar muito no dia-a-dia”.
Sem muito mais a acrescentar para já, resta-me dar as boas vindas ao Juan e desejar-lhe os maiores sucessos no NGC e que nos dê muitas alegrias.




O estranho caso de Bruma … e o FC Porto



Armindo Tué Na Bangna, mais conhecido por Bruma, é um jogador contratualmente ligado (por pouco tempo parece) ao Comédia de Portugal. De acordo com o que tem vindo na comunicação social, Bruma está em rota de colisão com o Comédia e tudo indica que irá sair do clube. Dito por muitos como a próxima pérola a sair da formação leonina, Bruma é um alvo apetecível no panorama europeu do futebol e esta situação não deixa ninguém indiferente.

«O Bruma não tem vínculo com o Sporting a partir de 30 de junho de 2013. O contrato para 2013/14 é anulável, sofre de um vício que o Sporting não revelou ainda, tendo em conta a violação das normas da FIFA, que proíbem a celebração de contrato com menores com duração superior a três anos. Aquilo que o Sporting fez em 2010, quando o Bruma tinha 16 anos, foi celebrar um contrato de três épocas desportivas, na mesma data um contrato promessa de trabalho desportivo anexado a um contrato de trabalho para 2013/14-2014/15 e uma opção para 2015/16. Este instrumento é nulo à partida e ai afetar o contrato prometido. Aquilo que o Sporting tem estado a ver é o contrato de forma isolada» Bebiano Gomes, advogado do Bruma

As palavras do advogado do Bruma indicam que o contrato é anulável e ao que parece Bruma vai rescindir com o Sporting e irá jogar noutro clube qualquer. E é aqui que entra o FC Porto. Tem saído na comunicação social, notícias do interesse do FC Porto em Bruma, e porque não? É um óptimo extremo, com grande margem de progressão e que tem tudo para explodir no futebol, para isso basta que esteja no clube certo. E que clube valoriza melhor os seus jogadores que o FC Porto? Pini Zahavi bem sabe disso, o seu ex-jogador João Moutinho brilhou com a nossa camisola e valorizou muito mais do que aquilo que tinha valorizado no Sporting, e o mesmo pode acontecer com Bruma. Apesar de Bruma já não ser agenciado (aparentemente) por Zahavi, aposto que ele teria todo o gosto em ver o Bruma de azul e branco. E já que Bruno de Carvalho "cortou" qualquer tipo de relações com o FC Porto e ultimamente diz mais vezes o nome do nosso clube do que diz "Cuidado Jardim, essa aí é a minha mulher", esta era uma boa maneira de calar o menino que ainda não tem voz de homem.

«Por uma questão de respeito, até esta data não fizeram qualquer proposta. A partir deste momento, tratando-se de um jogador com a competência do Bruma, vão aparecer muito mais clubes, sabendo que ele é um jogador livre. FC Porto? Tudo é possível a partir deste momento. Bruma pode ser contratado por qualquer clube de nível mundial». Bebiano Gomes, advogado do Bruma




Vá lá Senhor Presidente, faça o mesmo que fez com o Futre e traga o Bruma para o Porto. Penso que a maioria dos portistas gostava de o ver por cá. Mas cuidado com os raptos, tenham atenção eles andem

[Pré-Época] MVV Maastricht 0 x FC Porto 6














Varela, 21m, Ghilas, 23m, Castro, 31m, 
Jackson, 53m, Iturbe, 65m, pen., e Izmaylov, 88m

O primeiro particular da era Paulo Fonseca não podia ter corrido melhor. 
Na primeira parte o treinador optou por jogamos com duplo pivot e não podia ter corrido melhor. Vimos um Lucho sempre muito ofensivo e muito perigoso e a criar muitas oportunidades. Ainda no meio campo apareceu um Josué muito criativo e querer mostrar serviço e o Castro com a mesma raça de sempre marcou o terceiro golo depois de um passe atrasado do reforço Ghilas. Nas alas esteviram Varela e Licá e estiveram ambos em bom plano. O reforço Licá mostrou bom trabalho e bons pormenores ao ir para cima da defesa e nas tabelinhas com os colegas. Já o Varela foi um jogador prático e rápido e conseguiu um golo de belo efeito. Para concluir a frente de ataque esteve Ghilas na sua estreia e não podia ter sido melhor, um golo e uma assistência, vou focar-me mais na assistência porque foi um claro caso de grande visão de jogo e de grande oportunismo.
Na defesa não há muito a dizer, porque praticamente não houve trabalho, de realçar o vom entrosamento dos laterais nas subidas (Danilo mais pelo meios, Alex Sandro mais pela ala) conseguiram levar algum dinamismo ao ataque.

Na segunda parte Paulo Fonseca mexeu o 11 quase por completo, só deixando o Alex Sandro em campo nos primeiros minutos e acabou por substituí-lo pelo Iturbe, que acabou por fazer uma exibição bem conseguida e onde marcou um golo de penalti.
Num jogo de sentido único o treinador do NGC optou por deixar a defesa apenas com três elementos e com Fernado a ajudar no ataque e na defesa tudo fica mais simples.
Com o meio-campo consistente e bem organizado pelo Defour e pelo Carlos Eduardo (que foi substiuido pelo Tiago após um toque que lhe provocou uma lesão muscular) os homens da frente tiveram bastante bola, mas não muito espaço, visto que a defesa dos holandeses se fechou muito.  
Na frente de ataque este o Iturbe (que já falei em cima), o Kelvin que esteve rápido e imprevisivel e fez bem de segundo avançado, e quando foi preciso ainda veio atrás buscar a bola, no lado esquerdo jogou o russo Izmaylov que marcou um golo e partiu bem para cima da defesa, falhou alguns passes e remates, mas fez um bom jogo. Do Jackson não há muito a dizer além de que foi o Jackson a que já nos habituou. Marcou um golaço, distribuiu jogo na frente e causou problemas à defesa adversária.

Acabando o jogo, resta dizer que foi um bom treino e venha o próximo que é o Marselha no dia 13.

Segunda parte
Primeira parte







O mega-centro de Treinos em Pará de Minas

Ponto prévio: Durante os meados de 2011 circularam por terras de Veras Cruz, diversos rumores apresentavam um projecto quase megalítico que remetia para um centro de estágios/academia de futebol, para jovens brasileiros, numa área de 980 mil metros, área doada pela prefeitura de Pará de Minas com a promessa da construção de um centro que iria criar cerca de 800 postos emprego para além da dinamização que esta construção traria para a região.



Este projecto segundo a empresa local que apresentava mais detalhes que aqueles seriam de esperar numa história fruto da imaginação de um qualquer lunático, apontava para a possibilidade deste centro acolher a selecção nacional no Mundial de 2014 no Brasil, assim como um investimento de 44 Milhões de Euros realizado pela empresa Dragon Force. Este investimento contemplaria a construção de diversos campos de treino para além de reabilitação de um estádio com lotação para 15 mil espectadores, um hotel de luxo, e uma escola para garantir  a educação dos alunos da academia de futebol, e a transformação do estádio local numa arena multiusos.

Seria este um projecto de proporções sem par para com qualquer outra infraestrutura desportiva de um clube Europeu na América do Sul. Permitiria ao FC Porto não só obter preferência sobre os mais jovens talentos brasileiros, como de outros países vizinhos da ex-colónia portuguesa.
Este projecto seria conseguido e construído sob a alçada da Dragon Force em representação do Futebol Clube do Porto, com o apoio financeiro do parceiro económico BMG, o mesmo que pagou a construção do futuro Museu do Futebol Clube do Porto, que se espera ser inaugurado em Setembro deste ano.

Do céu até ao inferno, após um vazio de informações que durou quase dois anos, sabe-se agora que no passado mês de Setembro de 2012 a licença para o início da construção do Centro de Treinos esgotou-se, alegadamente, segundo o actualmente ex-prefeito da Pará de Minas, Zezé Porfirio,  os representantes do nosso clube alteraram à última da hora o projecto para os quase 1000 hectares cedidos pela prefeitura  de forma a que foi impossibilitado o avanço na construção desta infraestrutura.

Terminado o momento informativo, resta agora espaço para levantar uma série de questões, que pessoalmente me atormentam bastante já que desde os primeiros rumores sempre senti um grande entusiasmo pelo projecto.

Como é possível que um projecto de toda este envergadura, mesmo que financiado por terceiros, total ou parcialmente, nunca tenha sido discutido com os adeptos por exemplo em Assembleia Geral da SAD? Como é que o clube nunca veio a pública esclarecer todas estas informações, quando a imprensa brasileira apresentou sempre nomes e os responsáveis por este empreendimento, ligando o mesmo directamente ao Clube?

Como se explica que um clube profissional de futebol com a dimensão do Futebol Clube do Porto, deixe um projecto desta envergadura cair por terra, depois da prefeitura de Pará de Minas ter comprado os 980 hectares de terreno com o propósito de os doar ao clube?

E se por um lado numa primeira instância senti a necessidade de elogiar a visão empreendedora e excepcional dos nossos dirigentes em estudarem e avançarem com este projecto, sinto-me agora obrigado a criticar veemente a forma como este caso encontra um beco sem saída e cai por terra passando ao lado da esmagadora maioria dos adeptos do clube, que se encontram mais uma vez às escuras no que diz respeito aos desígnios do clube.

A construção de um Centro de Treinos e Academia de Futebol, delegação da Dragon Force desta envergadura na América do Sul não só seria benéfico desportivamente assegurando-se assim a preferência por talentos emergentes de toda a América do Sul como seria uma forma de o clube expandir a marca Porto noutro continente, e assim aumentar as possíveis fontes de receita do clube a médio-longo prazo. Pessoalmente, e apesar de defender a ideia de que um futuro economicamente sustentável do clube deverá obrigatoriamente passar por uma aposta continuada na formação, sou também da opinião que este tipo de opção não se resume à aposta em jogadores portugueses mas sim na minimização do investimento inicial para reduzir a necessidade de retornos records a cada nova contratação. 

De forma a terminar o presente desabafo deixo algumas hiperligações para as notícias nas quais me baseei durante a redacção deste artigo:

Notícia de ano de 2011:
http://inaciofranco.com.br/noticias.php?id=303
Notícias do ano de 2011 que apesar de estarem agora offline podem ser lidas no Fórum Somos Porto:
http://www.somosporto.org/index.php?topic=386.msg14636#msg14636 
Notícia do passado mês de Maio:
http://www.grnews.com.br/noticias/para-de-minas-news/82-parademinas/11765-apos-sonho-para-de-minas-acorda-sem-o-ct-do-porto.html

Por fim deixo ainda uma hiperligação para o Blog Pronúncia do Dragão que escreveu em 2011 um artigo muito completo sobre este assunto:
http://pronunciadodragao.blogspot.pt/2011/08/tudo-sobre-o-centro-de-treinos-no.html
Saudações Portistas.

Ghilas é dragão



Ghilas foi hoje confirmado como o mais recente reforço do Futebol Clube do Porto para a próxima época e já partiu com os colegas para estágio.

Na última época Jackson teve que ser pau para toda a obra e muitas vezes usamos e abusamos da sua capacidade física para que o centro do ataque não se ressentisse - Liedson nunca chegou a ser opção (foi mais um complemento).

Se recuarmos ainda mais recordamo-nos da época que começou com Kléber e Walter como opções para a frente de ataque e que obrigaram o Vítor Pereira a procurar outras soluções, adaptando o Hulk a essa posição.

Esta contratação é por isso uma lufada de ar fresco, não só pelo talento do Ghilas mas porque parece que finalmente poderemos encarar uma época com duas alternativas bastante fortes para a posição de ponta-de-lança.

Já agora deixo-vos com o que para mim foi o melhor golo do Ghilas no Moreirense:


O que esperar de Paulo Fonseca: Nivel Táctico.


De acordo com a capa do Jornal “O Jogo” do dia 5 de Julho de 2013, podemos ver quais são os pontos essenciais de Paulo Fonseca.
- Sempre 4x3x3
- Equipa de ataque
- Domínio constante
- Recuperar a bola próximo da área adversária
- Posse de bola
- Jogo interior e não largura
- Insistência nas bolas paradas

Paulo Fonseca está determinado em seguir o legado que lhe foi deixado e continuar a usar o 4x3x3, com uma equipa ofensiva. Algo que foi sempre característico no FC Porto. Pressing alto, e recuperar a bola o mais perto possível da área adversaria. A aposta num jogo mais interior e não de largura. É aqui que entram jogadores como Josué (que jogava a falso extremo no Paços de Ferreira) ou o reforço que tem sido muito falado, Quintero. Depois das contratações feitas até agora, podemos reparar que temos alguns especialistas em bolas paradas (Carlos Eduardo, Josué, Quintero (?)), e devemos tirar proveito disso, porque uma das coisas que faltou na época passada foi o aproveitamento das bolas paradas.

"Ele vai ao pormenor em todos os aspectos  Centra tudo na nossa equipa, mantém-se sempre fiel aos nossos princípios de jogo, mas também sabe tudo sobre o adversário e prepara-nos para o que vamos encontrar no jogo" –  Tony, jogador do Paços de Ferreira.

De acordo com as palavras de Tony, podemos contar com um treinador empenhado e que sabe preparar bem as equipas, procurando conhecer bem os pontos fortes e fracos dos adversários.

"Tinha sempre o plano A e o B. Parte sempre do 4x3x3, com variação para o 4x4x2 losango no meio, mas depois, se alguma coisa estivesse a correr mal, apostava em dois pontas-de-lança e por vezes até abdicava de um central para passar a jogar com três defesas. No entanto, isto era tudo trabalhado durante a semana. Nós sabíamos o que tínhamos de mudar se estivéssemos a ganhar ou a perder" – Tony, jogador do Paços de Ferreira.

O que todos os portistas puderam reparar nestas duas ultimas épocas, era a falta dum plano B, estávamos sempre muito presos ao 4x3x3 quando por vezes podíamos e devíamos de ter jogado com 2 Pontas de Lança.
Com a possível chegada de Ghilas e a quantidade de médios que temos de qualidade, podemos ter em conta a possibilidade de por vezes jogar em 4x4x2 losango.


Processo defensivo


No Paços de Ferreira, Paulo Fonseca privilegiava blocos compactos e baixos onde os jogadores do meio campo desciam para ajudar a defesa formando duas linhas de 4 homens. No Porto, podemos esperar algo parecido com um defesa solida, deixando poucos espaços entre os sectores, com apoio do meio campo a fazer pressão sobre o adversário para recuperar a bola e o acompanhamento dos extremos na subida dos laterais adversários. Após a perda de bola no ataque, o avançado é o primeiro a defender e a pressionar.

Esquemas tácticos possíveis




O que esperam vocês, enquanto adeptos do FC Porto, de Paulo Fonseca? Qual seria o 11 inicial nestes esquemas tácticos? Quais as expectativas para esta época?

Nuances táticas - 4-3-3 ou 4-3-3

Com início de mais uma época, a especulação é grande em volta do Paulo Fonseca, o novo treinador de uma equipa Tricampeã em título. Hoje discorre-se sobre as capacidades de um treinador com apenas uma época no principal escalão do futebol português, acerca das escolhas e preferências que este poderá nutrir pelos jogadores que terá à disposição, e no modelo táctico que este irá adoptar para a nova temporada.


É precisamente neste último tempo que me pretendo centrar, durante as últimas épocas, principalmente desde 2006/07 ano em que Paulo Assunção assumiu um preponderante papel como trinco numa formação organizada em 4-3-3 sob orientação do Professor Jesualdo Ferreira.
Desde então que o trinco na imagem de Paulo Assunção e posteriormente de Fernando assumiu um papel preponderante na formação do nosso clube, assumindo um papel claramente destruidor no meio campo tendo como principal papel libertar os jogadores do meio campo mais avançados no terreno, desde Raul Meireles e Lucho até, João Moutinho e... Lucho.

Na possibilidade de Fernando rumar a outras paragens perante o assédio da filial Portista, AS Mónaco também conhecido por FC Porto C, coloca-se um ponto de interrogação no que toca à sucessão do brasileiro. Será que a aposta deverá centrar-se na continuidade de um jogador com as características de Fernando e Paulo Assunção? Um jogador à imagem do Fernando Ex-Grêmio? Ou será que é a altura de procurar alternativas?

No quadro das alternativas vejo duas opções que me agradam, o primeiro caso é a utilização de um trinco com maior capacidade de construção e maior acutilância ofensiva, à imagem do que acredito podermos encontrar no futebol de Defour, aliás durante a última época sempre que chamado a desempenhar este papel o Belga respondeu exemplarmente, compensando uma menor acutilância defensiva com uma maior profundidade no futebol ofensivo. Numa equipa com Danilo e Alex Sandro, ambos com capacidade e tendência a jogar subidos, próximos do ataque será necessário encontrar um equilíbrio no sector defensivo quando a equipa atacar para evitar desequilíbrios que incentivem os adversários a explorar um futebol de contra ataque.

Alternativamente, e muito se fala desta alternativa, imagina-se um cenário em que o habitual triângulo de meio campo é invertido, que na minha opinião se adequa mais a uma equipa que ao mesmo tempo que se prepara para dizer adeus a um jogador como Fernando, contratou Carlos Eduardo e Josué, e ainda se prepara para receber um jogador como Quintero. Um triangulo invertido irá conceder mais espaço a um dos jogadores do meio campo para se envolver no processo ofensivo, sendo uma vantagem na maioria dos jogos de uma campeonato em que a maioria das equipas enfrenta as principais favoritas ao título com 10 jogadores atrás da linha da bola. Este sistema obrigará a uma maior solidariedade dos jogadores mais recuados na linha do meio campo porém isso poderá por exemplo representar uma solução face ao défice de acutilância defensiva de um jogador como Defour a jogar a trinco em comparação com Fernando.

Posto isto, passo a bola ao nosso treinador, e deixo no ar algumas questões. Será desejável procurar um novo modelo? Se sim, qual poderá representar uma melhor alternativa? Que outras alternativas poderão ser exequíveis?

Saudações Portistas.