Mais a frio..



Após o rescaldo do jogo de ontem em Barcelos, é hora de avaliarmos a prestação de cada atleta. No cômputo geral, podemos dizer com certeza e alguma indignação à mistura que o desempenho foi mau.
Mau demais para ser verdade. Mau demais para o que estávamos habituados. Mau demais para o nível e a grandeza do FC Porto.

Hélton - adiantado no primeiro golo, quase defendeu o segundo (de pénalti), nem se mexeu no terceiro. Não é nada normal sofrer tantos golos num único jogo. Excesso de confiança, talvez.

A. Pereira - estranhamente apático durante os 90min. Não é este lateral (ou será extremo?) que estamos habituados. Raramente passou do meio campo no segundo tempo.

Otamendi - cada vez se nota mais a sua falta de rapidez. Foi incrivelmente fácil ultrapassá-lo em velocidade. Deve treinar com mais afinco esse seu ponto fraco. Por outro lado, forte e com muita garra na abordagem aos lances.

Rolando - erro grave no terceiro golo da equipa da casa. Deixou o avançado receber a bola, correr, fintar duas vezes e rematar, sem nunca ter feito verdadeira oposição. Para um jogador internacional, isso é inadmissível.

Maicon - é tão defesa direito como o Hélton é ponta de lança! O único ponto a seu favor é a sua composição física. Por outro lado, é lento, não sobe no terreno, não faz cruzamentos... É, sem dúvida nenhuma, um central.

Souza - mais uma vez ficou provado que não é uma alternativa viável e consistente ao Fernando. Lento a decidir e nem sempre com a maior clarividência. É um suplente para "tapar buracos". [saiu ao intervalo]

J. Moutinho - quando ele não está bem, a equipa ressente-se. Foi o caso de ontem. Não mostrou aquela garra que o caracteriza. Errou alguns passes e remates.

Defour - pequenos pormenores dignos de registo mas, tirando isso, mal se deu por ele em campo. Foi vítima de uma agressão dentro da área gilista que o árbitro não marcou (não deve ter visto o nariz a sangrar). [saiu ao intervalo]

Varela - o menos mau da nossa equipa. Sempre com olhos na baliza adversária. transportou o jogo para o ataque e a sua insistência deu frutos no golo que marcou. Infelizmente, já era tarde demais...

Kléber - lá voltamos nós à velha questão do ponta de lança. Jogo simplesmente para esquecer. Não fez uma única jogada/remate digno de registo e, para o "homem golo" do FCP, é muito muito mau. Há um lance com o guarda redes adversário que suscita algumas dúvidas se houve falta ou não. Dou o benefício da dúvida ao árbitro.

James - outro jogo para esquecer. A irregularidade exibicional é fruto da sua tenra idade. Ora faz jogos muito bons, ora passa despercebido. Ontem jogou muito colado à linha e não teve espaço para mostrar de que é capaz.

Danilo - ainda não se sabe em que posição vai jogar. Para já, joga onde é preciso sem comprometer mas, ao mesmo tempo, sem fazer nada de extraordinário. Tem que fazer muito mais para dar rendimento aos milhões investidos nele.

Belluschi - uma equipa de topo precisa de um médio tecnicamente evoluído. Se Belluschi sair, o FCP vai ficar mais fraco. Ontem, teve dois remates perigosos e assistiu Varela para o golo.

C. Rodriguez - teve apenas uma arrancada pela direita em que fintou alguns adversários mas, quando podia ter passado a bola, preferiu seguir com ela e falhar o golo.


O mercado de Inverno está prestes a encerrar e já não há muito tempo para grandes negociações. Boatos há muitos mas certezas há poucas. Muito poucas.
Hoje fala-se insistentemente (em vários jornais) que o Marc Janko está assegurado. Caso se confirme, será uma boa solução para o ataque?

Rescaldo do Gil Vicente vs FC Porto

- Falta que origina o 1º golo não existe

- Penalti e vermelho por mostrar ao jogador que agride Defour

- Fora-de-jogo origina 2º golo do Gil Vicente

- Penalti por assinalar por falta do guarda-redes adversário sobre Kléber

- 3º golo do Gil Vicente parece... parece... ser legal

- Penalti por assinalar por empurrão do guarda-redes adversário sobre Varela


O Vítor Pereira é fraco? Pode ser (e nós não temos tido problemas em criticá-lo). Mas sem roubos, e mesmo com uma exibição menos forte, o Porto sairía de Barcelos com vitória e igualava o recorde de nº de jogos sem perder.

Isto em "condições normais" seria muito renhido. Em "condições anormais" não vamos conseguir.

Parabéns para o mérito obscuro dos futuros novos campeões nacionais e a quem os carregou e vai continuar a carregar ao colo.

Por incrível que pareça, teremos mais hipóteses na Liga Europa do que no campeonato...

Em Barcelos sem Hulk



A dois dias da deslocação a Barcelos para defrontar o Gil Vicente, Hulk continua a ser a grande preocupação pois ontem, quinta-feira, voltou a estar ausente do relvado do Olival.

Assim sendo, Hulk, quase de certeza, não jogará pela terceira vez consecutiva. Por isso, será mais uma oportunidade para o Kléber mostrar o que vale. O rapaz tem de ganhar confiança e descarregar a pressão que tem carregado ao longo da época. Marcar um ou dois golos seria ótimo, não só para ele mas também para o clube.

Uma coisa é certa: com ou sem Hulk, o jogo de Domingo contra o Gil Vicente é para ganhar. A esta altura do campeonato nem se pode pensar noutra coisa.

Aliás, como ficou demonstrado na semana passada, a Hulk-o-dependência não existe nem pode existir. Quem não tem cão caça com gato...

Deste modo, surge a questão de quem serão os titulares. Fernando terá de cumprir castigo, por isso, abre-se, sarcasticamente, um grande buraco no meio-campo. Quem o deverá ocupar? Souza? Ou jogar com um duplo-pivot? Danilo, acabado de chegar, deverá substituir Maicon no lado direito? Ou será ele o substituto do polvo? A ver vamos...

Também, só para recordar, faz no Domingo precisamente um ano que o Emídio Rafael se lesionou gravemente naquele mesmo estádio. Seria bonito uma pequena homenagem, mais que não seja pegarem na camisola dele para festejar um golo.
O mais importante é regressar ao Dragão com mais 3 pontos e com uma boa exibição. 


Enquanto não estivermos em 1º lugar não podemos descansar.

P.S. - Os rumores continuam. Desta feita, notícias que dão conta da hipótese de Belluschi rumar ao Génova...








O regresso de El Comandante

O bom filho a casa torna ou o regresso do filho pródigo são apenas duas metáforas que caracterizam o que vai na cabeça de muitos adeptos portistas por estes dias.

Para alguns, voltar a ver Lucho González de azul e branco seria algo tão poderoso, ao ponto de poder ser uma injeção de moral para os objectivos que faltam conquistar. Certo é que essa hipótese tem vindo a ser falada já há bastante tempo, fruto da relação conflituosa que o jogador atravessa no clube que representa. O próprio Marselha tem tido uma época com altos e baixos, pautando as suas exibições pela irregularidade.

A falta de títulos é outro fator diretamente relacionado com a vontade de abandonar o clube. Portanto, creio que de facto 'El Comandante' não tem condições psicológicas para continuar por muito mais tempo a jogar em França.

Sendo Lucho um jogador reconhecido além fronteiras, com um curriculum recheado de títulos (alguns deles internacionais), presença habitual nas seleções do seu país, não deverá ser difícil arranjar colocação o mais breve possível. Tendo vários pretendentes espalhados por todo o mundo, o nosso clube foi, naturalmente, associado ao interesse em resgatar o jogador e voltar a tê-lo nas suas fileiras.

Agora vem a parte menos boa. Não se pode colocar em causa o profissionalismo do jogador, mas será mesmo necessário voltar a contratá-lo? Precisará o FCP de mais médios? 

O meio campo é, a meu ver, o setor mais bem servido do nosso plantel, com várias opções viáveis não só no 11 habitualmente titular como no banco. Caso um jogador saia, não contando com a mais que provável saída do Guarin, aí já será um caso a ter em conta. Até lá, estamos muito bem servidos de jogadores com características semelhantes, como são o caso do Moutinho, Defour, Belluschi, Danilo ou mesmo Souza.

Outro fator a ter em conta será o ordenado que o jogador quererá auferir. Amigos amigos, negócios à parte. Por mais bonito que tenha sido o passado no nosso clube, o jogador não quererá abdicar de grande parte do salário que aufere em França, salário esse que, sem prémios de jogo, ronda os 350.000€ mensais.

Em suma, a vontade em voltar a ter um jogador (em final de carreira, convém referir) que teve uma passagem muito feliz pelo clube e que continua a ser bastante acarinhado pelos adeptos, não pode nem deve ser mais importante do que a rigidez financeira a que o Porto, tal como outros clubes, está sujeito.

Muito menos quando não há real necessidade.


Hulk-o-dependência? Pois..



Meus amigos! Acabou por ser uma bela exibição. Não entramos bem no jogo, o Vitória esteve melhor nos primeiros 15 minutos, mas o golo mudou tudo. Rolando, muitíssimo bem assistido por James, acabou por fazer um golo de belo efeito..à ponta de lança. Os minutos imediatamente a seguir foram um sufoco total, mas com o intervalo a aproximar-se fomos tirando o pé do acelarador. Varela ia subindo de produção, bem como João Moutinho...

Acabamos por não aumentar a vantagem na primeira parte, e pelo meio tivemos algumas desatenções defensivas que devem ser urgentemente corrigidas. A oportunidade mais flagrante foi provavelmente a perdida de Paulo Sérgio só com Helton pela frente. Não pode acontecer. Um jogador de outro nível não perdoaria naquela ocasião...

A segunda-parte foi diferente. Fomos mais acutilantes, mais pressionantes, mais Porto. Nem tínhamos chegado aos 46 e já Moutinho tinha feito o 2-0, bem assistido por Kleber. Não tiramos o pé do acelerador e por pouco não chegamos logo aos 3-0, num excelente remate do Álvaro.

Depois...depois, apareceu Hugo Miguel. Num corte limpíssimo de Fernando, inventou uma falta e um cartão amarelo. Disto, resultou a exclusão do 'Polvo' do jogo de Barcelos na próxima jornada, e..golo dos visitantes. Helton defendeu para a frente e Fauzi foi mais perspicaz que os nossos defesas. Só não percebi porque é que festejou tanto..ainda estava a perder. Adiante...

O golo da tranquilidade acabou por aparecer numa grande penalidade convertida por James, num penalty que quanto a mim não merece discussão.

Uma vez mais, voltei a ficar com a sensação que o jogo estava partido. Não sei, sinceramente, até que ponto isto será bom ou mau. Para o espectáculo é bom, sem dúvida, mas para ganhar os jogos. Não sei não..









NOTAS


- Maicon: pode parecer estranho, mas para mim é dificil escolher o melhor em campo. Entre Maicon, Rolando, Varela, Fernando ou Álvaro Pereira..fico indeciso. Assim sendo, prefiro eleger o nosso novo defesa-direito como o homem do jogo. Maicon tem sido muito criticado injustamente. Há já vários jogos que tem vindo a jogar muitíssimo bem, com exibições muito consistentes e seguras. Hoje, dou-lhe este destaque porque acho que fez por merecer. Não vai ser fácil, oh Danilo... :)

- Rolando: muito bem na defesa, óptimo no ataque! Belo golo...

- Álvaro Pereira: incansável. Fiquei cansado só de o ver correr! Foi praticamente extremo esquerdo durante toda a partida, nem sempre decidindo bem, é certo, acabou por fazer um bom jogo.

- Varela: será desta que o 'Drogba da Caparica' está de volta? Começou o jogo mal..trapalhão, desatento, ansioso..mas foi subindo de produção à medida que os minutos passavam, e no final de contas também ele fez um belo jogo. Força, Varela! Bem precisamos de ti..

- Fernando: pá, faltam-me as palavras. O que é que se pode dizer mais deste senhor? Já há algum tempo que digo que é o melhor jogador do Porto, meio a sério meio a brincar. Mas..quando ele faz este tipo de exibições, fico a pensar se não será mesmo. Um monstro!!!!!

- Espaço na defesa: tal como referi acima, é algo que me preocupa. Jogamos constantemente no fora de jogo, com uma defesa muito subida..quando somos apanhados em contra-pé, é muito complicado. Hoje isso aconteceu algumas vezes, e, quanto a mim, é algo onde devemos melhorar.

O importante foi conseguido. Mais 3 pontos..sem Hulk!




Pouco FC Porto para pouco Estoril



Sendo prático, foram mais três pontos na fase de grupos da Taça da Liga e ficamos a um ponto do apuramento, sendo que no próximo jogo recebemos o Vitória de Setúbal.

Mas numa noite fria, em que assistiram quinze mil adeptos, exigia-se mais ao FC Porto, num jogo que não deixa saudades tal a qualidade do futebol praticado. Aliás, haver no mesmo dia e à mesma hora um FC Porto - Estoril e um Real Madrid - Barça, torna ainda mais notória as diferenças de intensidade (a qualidade é por demais evidente) entre os jogadores das quatro equipas.

O FC Porto começou o jogo sem grandes alterações (ao contrário do que seria de esperar), Bracalli foi titular, trocou Rolando (castigado) por Mangala, deixou Fernando no banco e colocou Souza e no ataque colocou Varela, em virtude das exigências regulamentares da Taça da Liga que obriga a que joguem, no mínimo, dois jogadores formados localmente.

O Estoril, por sua vez, fez aquilo que lhe competia, tentou ao máximo "tapar" os caminhos para a sua baliza, fechando os flancos (principalmente o esquerdo) e povoando ao máximo a zona central, tentando não oferecer espaços "entre-linhas". O FC Porto, competia-lhe imprimir velocidade ao jogo e desequilíbrios através da maior valia dos seus jogadores, sendo que isso apenas acontecia a espaços e mais na 2ªparte quando o cansaço começou a imperar.

Mesmo assim, nos últimos minutos podíamos ter deitado tudo a perder, através de uma excelente oportunidade criada pelo Estoril, com Vítor Pereira a comentar da seguinte forma: "Se acontecesse, era futebol". Perdão????

Existe uma diferença clara e notória na qualidade de passe, na pressão ao adversário e na capacidade que tínhamos de criar oportunidades de golo entre a equipa dos últimos jogos antes da pausa de Inverno e os primeiros jogos de 2012. Claramente a rever...

NOTAS INDIVIDUAIS

Álvaro Pereira (+): quando pensava que mais uma vez iria ver Alex Sandro jogar, surge Álvaro, em virtude da lesão do seu parceiro, com o mesmo empenho e velocidade de sempre. Não sabe jogar mal nem devagar e, fiquei com aquela imagem na retina da primeira parte em que faz uma diagonal completa e tenta o cruzamento na extrema direita do relvado. Claramente uma mais valia...

Varela (+): Vale pelo golo e pela vontade que demonstrou mesmo quando as coisas não lhe estavam a sair, particularmente, bem. Esforçou-se e mereceu o belo golo que marcou de pé esquerdo, ficando na memória o lance sobre Vitor Moreno (passou a bola por cima do adversário).


Kléber (-): Lembro-me que quando Quaresma chegou ao Inter, vindo do FC Porto e estava a jogar mal, Mourinho numa conferencia de imprensa anunciou que, independentemente, do rendimento dele, iria ser titular nos próximo 3 jogos. Ora, era precisamente isto que, se fosse treinador do nosso clube, faria com o Kléber. Só depois de errar nuns quantos jogos e se libertar da pressão pode voltar a melhorar. Percebo os adeptos que o assobiam, mas relembro que nesta altura não temos mais nenhuma opção e o Kléber precisa de confiança. E só a vai ganhar, depois de mandar uns pontapés para a bancada...

Notas finais: não sei o que Sapunaru fez, mas quando nem para um jogo destes é convocado, algo de muito grave se terá passado. Volto a insistir, é uma pena ver Souza a "6", pois quem o conhecia antes de chegar, percebia claramente que aquela passada larga e cabeça levantada é de número 8 e não 6. Hoje voltou a perceber-se isso. Iturbe deveria e merecia jogar mais, principalmente nestes jogos, em que a pressão é praticamente nula. Merece mais oportunidades.


O Íncrivel..James!



E já lá vão 54.

Sobre o jogo: não foi mau. Fizemos boas jogadas de ataque e houve empenho, vontade de ganhar e solidariedade. Mas..tacticamente não estivemos bem.

Existiu muita ansiedade na procura do golo, cruzamentos mal feitos e muitas oportunidades desperdiçadas.
O Hulk lesionou-se (pelo que parece não foi nada de grave), mas isso levou com que jogássemos com um ponta de lança de raiz.

Mesmo quando falta o Incrível ninguém se pode esquecer do Bandido, que foi o homem do jogo e autor dos dois golos.

22 remates, 7 á baliza, 2 golos.

Notas individuais:

James - Fez um belo jogo, marcou dois bons golos e criou várias jogadas para os outros. Jogou durante algum tempo na ala mas joga muito mais a 10, descaído e a fletir.

Álvaro Pereira - Fez um bom jogo. Ironicamente, fez o trabalho dele e do Cristian durante o jogo quase todo. Os cruzamentos andam a precisar de treino. Na parte final do jogo até criou, algumas vezes,  jogadas muito perto da área adversária (que causaram perdas de bola).

Fernando - Mais uma grande jogo. O polvo do costume. Nem é preciso dizer mais nada.

Defour -  Passou o jogo a correr para fazer pressão, recuperou bolas e foi o construtor do nosso ataque. Esteve bem e muito seguro.

Iturbe - Anda com fome de bola. Falhou passes, fez muitas vezes más opções e esteve nervoso. Mas é craque e tem potencial para se tornar algo de extraordinário e está no clube certo para isso acontecer. O amarelo que levou foi ridículo.

Ficam os 3 pontos e boas exibições do James, Fernando, Alvaro e Defour. Vamos continuar a lutar pela reconquista do 1º lugar.

- por Miguel Soares


Cristián Rodriguez - que futuro?

















O futuro do "Cebola" é uma incógnita...

Diariamente, deparámo-nos com notícias contraditórias. Se por um lado, alguns dão como certa a sua saída do clube, por outro, é inevitável que permaneça até ao final da época. Nesta dança do "sai e não sai", nem todas as notícias vindas a público são credíveis e fiáveis.

Um pouco por todo mundo (sim, não é só no continente europeu) existem clubes dispostos a abrir os cordões à bolsa para garantirem os direitos desportivos deste jogador. Clubes como o Peñarol, West Brom ou Inter de Milão já foram associados a este potencial interesse.

Como o futebol está cada vez mais transformado num negócio, esta situação do "Cebola" tem diversos problemas associados. Aqui fica a minha opinião sobre este assunto.

Prós


  • Está, cada vez mais, a cimentar o estatuto de titular, com exibições convincentes e cheias de energia, jogando por vezes fora da sua posição de origem.

  • Como o Djalma se juntou à sua selecção que vai disputar a CAN, ficamos sem mais um extremo. Logo, a permanência de Rodriguez é, na minha opinião, indispensável e fundamental para as nossas aspirações. 

  • As outras alternativas são a inclusão do James, Varela (estará também de saída?) ou mesmo a chamada de um dos dois jovens emprestados ao Rio Ave: Kelvin ou Atsu. Iturbe, pelos vistos, corre por fora.

Contras


  • O facto de o contrato terminar em Junho próximo não afasta a possibilidade do jogador sair a custo zero. Depois de cerca de 7.5M/€ investidos na sua contratação, essa hipótese seria um rude golpe no que ao equilíbrio financeiro das contas do clube diz respeito.

  • Em suma, pesando ambos os lados da balança, a permanência do jogador é, na minha opinião, um factor muito importante (decisivo até) para que o nosso clube possa ter aspirações sérias e fundadas para a segunda metade do campeonato e na Liga Europa.

Qual será o desfecho final..?

As nossas sugestões

Na sequência do post de ontem, aqui fica um post especial, escrito por Miguel Soares, com as "nossas" sugestões para a posição de ponta-de-lança, que ficou bastante debilitada após a saída de Falcao.

por Miguel Soares




Jelle VOSSEN

Clube:  KRC Genk
Idade: 22 anos
Nacionalidade: Belga

Nesta época já fizemos um excelente negocio com os belgas (Defour + Mangala) porque não fazer outro? É um jogador jovem, goleador, joga na Europa e até já foi apontado ao Dragão. Já marcou 13 golos esta época (9 na Liga, 2 na Champions e 2 pela Selecção). Pelos vistos renovou á pouco mas mesmo assim não será preciso gastar valores muito elevados para o contratar.



Artjoms RUDNEVS

Clube: Lech Poznań
Idade: 23 anos
Nacionalidade:  Letão

Só esta época já marcou 18 golos em 17 jogos. Mesmo sendo a liga polaca uma liga com pouca qualidade, os números dele demostram qualidade. É bom de cabeça e remata com os dois pés. O preço, também, não seria muito elevado.



Matías SUAREZ

Clube:  RSC Anderlecht
Idade: 23
Nacionalidade: Argentino

Sarcasticamente, só o facto de ser argentino torna mais possivel a sua contratação, tendo em conta a paixão continua do clube por jogadores sul-americanos. Já marcou 14 golos esta época, é inclusive o melhor marcador da Liga Europa com 7 golos marcados (mais uma coincidência). O seu preço, esse sim, já não será tão farovável.

Na minha opinião, qualquer destes 3 jogadores seria bem-vindo. Apesar de já estarmos fora de 2 batalhas, ainda temos 2/3 para fazer história. 


Não se costuma ir para a guerra sem armas. Também não se ganham jogos sem golos. Vamos precisar deles já no próximo sábado.

Tempo é dinheiro...


por Miguel Soares

Ponta-de-lança precisa-se



Lanço o desafio ao leitor: analise o plantel dos 20 melhores clubes da Europa (acredito que possa ver alguma variação mas não muito) e veja em quantos clubes existe apenas um ponta-de-lança no plantel da equipa principal.

Avanço com a resposta, existe apenas um clube: o Barcelona.
Convinhámos que comparar-nos ao Barcelona apenas pode ser feito com muito boa vontade da nossa parte, logo, colocarei a questão de outra maneira.

Aqui vai: caso tivéssemos avançados como David Villa (o único número 9 do plantel que por sinal está lesionado), Lionel Messi e Alexis Sanchez ou médios como Fábregas, Xavi, Iniesta ou Busquets, será que nos incomodaria ter apenas um ponta-de-lança no plantel?

Certamente que não...
Lembrei-me quando estava a ver o último jogo do nosso clube contra o Sporting e a determinada altura da primeira parte o Cristian Rodriguez ganha a “linha de fundo” ao João Pereira centra e não tem um único companheiro dentro da área, sendo que o mais próximo era Hulk que estava na linha da entrada da grande área.
É impossível uma equipa com ambições no campeonato nacional e na Liga Europa estar entregue a Kléber, muito embora acredite, ao contrário de muitos amigos portistas, que Kléber vai ser um bom ponta-de-lança e será titular num espaço de 1-2 anos no FC Porto.

Agora, como diria o Domingos, ainda falta comer alguma Cerelac...

Investimos, no inicio de época, praticamente, 28 M€ (18 de Danilo e 10 de Alex Sandro) num médio/lateral direito e num lateral esquerdo.

Agora, lanço a questão: olhando para o mercado actual, com 28 M€ não haveria muitas e excelentes opções no mercado para a posição de ponta-de-lança, com estas verbas? Lembro-me de um nome que foi lançado no principio de época e que não tenho a minima dúvida que era jogador para fazer, no mínimo, 20 golos em Portugal...Nicklas Bendtner.
Como li, esta semana, era bom que o Benfica se interessasse durante este mês num ponta-de-lança, pois mesmo que fosse caro, de certeza que iríamos ter jogador para o resto da época.
Considero o calendário do mês de Janeiro, (felizmente) menos exigente do que aquele que iremos enfrentar no mês de Fevereiro e Março, o que nos dará tempo suficiente para escolher com calma uma solução ao nível de um clube como o FC Porto.  A ver vamos..

P.S. – Pelos vistos, parece que o nosso Presidente desmentiu esta noite a opção Yannick Djaló. Ocorre-me apenas uma expressão: desta já nos livrámos.



Cinquenta e Três














É isso. Já lá vão 53 jogos sem sentir o sabor da derrota no campeonato. Cinquenta e três. Igualamos ontem o recorde de Bobby Robson, e estamos a 3 jogos de igualar o recorde nacional, que pertence ao Benfica do tempo da ditadura.

Ontem não foi fácil. Não fosse o pé esquerdo do Álvaro, e provavelmente o título desta crónica teria de ser outro. Tal como os treinadores disseram, também acho que o resultado aceita-se.

A primeira parte foi bem disputada, bola lá bola cá, um jogo agradável de seguir, ao contrário do que dizem a maior parte dos jornais. O MaisFutebol até diz "jogo fraco e sem emoção"..não percebo, não devem ter visto o mesmo jogo que eu.

A segunda-parte foi toda nossa. Estivemos quase sempre por cima no jogo, e as oportunidades do Sporting acabaram por surgir em lances um pouco fortuitos. Não sei se fui o único a ficar com essa sensação, mas por vezes o jogo parecia estar partido, sem que nada o fizesse prever. Muito espaço no meio-campo e na frente, pouca pressão. De lado a lado..













Em relação às exibições individuais, para mim o melhor em campo foi Fernando. Um monstro. Quando está com a cabeça no sítio, não há hipótese..ninguém passa pelo Polvo.

Moutinho também fez um belo jogo, São Helton safou-nos duas ou três vezes, Hulk e Rodríguez também estiveram bem. Aliás, em relação a este último, algo se passou nas férias. Apareceu mais magro e menos "cavalo", notou-se logo a diferença. Vamos ver quanto tempo dura assim..

Por outro lado, deixo uma nota em relação a Rolando. Não fez um jogo mau, mas errou em lances que estavam aparentemente controlados, de forma infantil. Aliás, a melhor oportunidade do Sporting no jogo (a que o Álvaro tira em cima da linha), nasce precisamente de um lançamento lateral "oferecido" pelo Rolando quando se pôs a inventar com o Insúa. Não pode acontecer...

Concluíndo, creio que acabamos por fazer um bom jogo. O resultado aceita-se, e acaba por ser razoável para nós. Faltou-nos quem metesse a bola lá dentro...


Sem desculpas!



Primeiro jogo do ano.


Prontos para uma enorme exibição?!

Não quero desculpas, disto ou daquilo. Quero um interminável espírito de sacrifício, provas de que somos realmente superiores e ambição em fazer um grandíssimo jogo.

Um jogo inteligente, em que seremos capazes de saber ter paciência e circulação da bola. E nos momentos certos… finalizar as jogadas com convicção e intensidade.

Entrega! Inteligência! Persistência! Em cada lance, em cada jogada um jogo de equipa.

Vamos com a missão de mostrar que somos uma equipa forte e temos de prová-lo dentro de campo.

Quando o nosso adversário entrar no nosso meio-campo tem que ter um jogador a pressionar-lhe e atrás dele toda uma equipa pronta para ajudá-lo e a fechar qualquer linha de passe que possa existir.

No ataque, sermos grandes, não deixar o jogador que tem a bola resolver sozinho, é preciso dinâmica e movimentações para a bola poder fluir, criar dificuldades à defesa adversária!

Não jogamos em casa, mas eles têm de ficar com medo da nossa coragem, da nossa organização e da nossa atitude.



Equipa B




No passado dia 14 de Dezembro, a Assembleia Geral da Liga de Futebol Profissional aprovou a criação das equipas B, entrando as mesmas directamente para a Liga Orangina. Em termos organizativos e funcionais das equipas B, destaco as seguintes regras:

  • Deverão fazer constar da ficha de jogo, um número mínimo de dez jogadores formados localmente, entre os 15 e os 21 anos de idade;
  • Se um jogador, em representação da equipa principal tiver sido sancionado com cartões amarelos (em série ou por duplo amarelo) ou com cartão vermelho, não poderá alinhar pela equipa B, tendo o castigo de ser cumprido no jogo seguinte da competição em que a equipa principal esteja envolvida, de modo a evitar que as equipas B sirvam para “limpar cadastros” do campeonato principal;
  • A idade máxima dos jogadores das equipas B será de 23 anos e mínimo de 16, à excepção de três, que poderão actuar sem limite etário. Estas restrições aplicam-se à ficha de cada jogo e não ao plantel.

Existe aqui muita matéria para comentar e para se debater sobre qual a importância desta equipa no futuro próximo do FC Porto, mas existem à partida alguns dados que me parecem relevantes tendo em conta as vantagens que se podem obter:

  • Espaço de formação entre os juniores e os seniores fica preenchido, não havendo a lacuna que agora existe, dando ritmo competitivo a jogadores jovens, que irão continuar a evoluir no seu clube de origem e com um nível competitivo mais elevado;
  • Jogadores que saem dos juniores com 18/19 anos “perdendo-se” em consecutivos empréstimos, passam a ter um espaço próprio antes de completarem o último passo da formação que acredito continuará a ser o empréstimo a uma equipa de primeira liga antes de voltarem ao FC Porto;
  • Para além da formação de jogadores, a formação de treinadores da casa será importantíssima, recordo que antes da extinção da nossa equipa B, o treinador era o Domingos Paciência;
  • Será excelente para diminuir o contingente de jogadores emprestados pelo FC Porto e mesmo na compra de “contentores” de sul-americanos duvidosos;
  • Promoção do jogador português na formação e, consequentemente, na equipa principal;

Mesmo com um orçamento (fala-se) de 2/3 M€, numa altura de “vacas magras”, acredito que a equipa B do FC Porto pode-se revelar um excelente investimento, com um retorno fantástico.
Dito isto, deixo a questão: que treinador escolheriam? E que jogadores dos sub-19 acham que encaixam no plantel da equipa B?

Acham que as equipas B deveriam começar pela II Divisão B e subir caso merecessem ou começarem (como irá acontecer) na Liga Orangina?