O que realmente se passa com a arbitragem


Como se sabe há árbitros profissionais e árbitros não profissionais. E os árbitros são muito bem remunerados. Um árbitro consegue facilmente ganhar 20.000 euros brutos só a apitar em Portugal. Os melhores, recebem mais de 40.000 euros, fora os rios de dinheiro que auferem quando são nomeados para jogos internacionais. A isto acrescem as significativas ajudas de custo, apoios vários, como equipamento de treino e despesas pagas. É por isso natural que os árbitros tenham ambição em ser melhores, em ser promovidos a internacionais. O rendimento que obtêm ao serem árbitros de primeira categoria permite-lhes ter uma vida muito mais confortável, permite-lhes ter boas férias, dar melhores condições de vida aos filhos, etc. E se há árbitros que não precisam de da arbitragem para viver, como Pedro Proença, outros há que possuem empregos mal remunerados ou estão até desempregados.




É assim, compreensível que os árbitros façam tudo o que estiver ao seu alcance para obterem boas classificações e subirem na carreira. O problema, e aqui está a chave da questão, é que não são as melhores arbitragens que garantem as melhores notas e os melhores jogos. Há imensos factos que o demonstram. Comecemos por Marco Ferreira. Há duas épocas atrás, Marco Ferreira apitou duas derrotas do Benfica e, numa delas, teve o desplante de expulsar Luisão. Foi despromovido. E se tivesse sido justamente despromovido, não haveria nada a dizer, mas repare-se, o mesmo Conselho de Arbitragem que o despromoveu nomeou-o semanas antes para arbitrar a final de uma taça. E nunca, por muitos erros que cometa, Marco Ferreira seria pior que Bruno Paixão, por exemplo. Continuemos com Manuel Oliveira, árbitro que estará desempregado. Em agosto foi nomeado para arbitrar o Benfica-Vitória de Setúbal. O jogo acabou empatado e, de facto, o árbitro cometeu alguns lapsos. Foi directo para a jarra uns tempos e, desde então, passa mais tempo a arbitrar na segunda liga do que na primeira, recebendo menos dinheiro por isso. Por outro lado, Jorge Sousa. No final de novembro arbitrou um polémico Boavista-Guimarães, marcando um penalty quando uma bola rematada a menos de um metro bateu no braço de um jogador do Boavista. Nada lhe aconteceu e foi nomeado, poucas semanas depois para o Benfica-Sporting. Quando a bola ressaltou para a mão de Pizzi e depois de uma mão para a outra, nada lhe aconteceu. Mas analisando os dois lances, percebe-se que o árbitro foi incoerente. Num deles cometeu um erro muito grave, mas nada lhe aconteceu. O mesmo aconteceu a Bruno Esteves que, 3 dias depois de fechar os olhos a um penalty escabroso sobre Maxi Pereira no Porto-Marítimo foi arbitrar o Tondela-Boavista.

Neste momento, o Conselho de Arbitragem não promove os melhores árbitros e pune os piores. Promove os que ajudam o Benfica e prejudicam o Futebol Clube do Porto. E os árbitros, por mais honestos e imparciais que sejam, sabem disto e são afectados por isso. Mesmo que não façam de propósito, o seu subconsciente funciona e, na dúvida, apitam sempre contra o Porto e sempre a favor do Benfica. Só assim se percebe os inúmeros recordes de jogos sem penaltis contra e sem expulsões que o Benfica tem.

Era no Conselho de Arbitragem que os dirigentes do Futebol Clube do Porto se deviam focar, e não nos árbitros. É para o Conselho de Arbitragem, onde pontifica João "pode ser o João" Ferreira, que o Porto se deve voltar. E não é no Facebook, no Dragões Diário ou através do director de comunicação. São os dirigentes que têm que dar a cara, secundados pelo treinador, que se deve preocupar mais em defender os interesses do clube do que com castigos.


Recomenda-se a que vejam também o programa de ontem (dia 4/01/17) do Porto Canal, o Universo Porto onde se falou deste tema e dizem as verdades também.

Quanto às supostas pressões ou agressões que "membros dos SD" que supostamente estiveram na Maia, no centro de treinos dos árbitros, importa também dizer:

- Fontelas Gomes é o presidente do conselho de arbitragem
- O conselho de arbitragem fica em Lisboa
- O presidente do conselho de arbitragem testemunhou o que aconteceu entre adeptos alegadamente do FC Porto, e o árbitro do próximo encontro.

A primeira pergunta é: Quem avisou o presidente do conselho de arbitragem que isto ia acontecer, para que este se encontrasse no local certo, a hora certa, de forma a ser a única testemunha deste caso?  Ou é só outra coincidência?

A imparcialidade do Pasquim da Queimada

Um jornal desportivo, como qualquer outro, devia ser imparcial. Ou pelo menos tentar mostrar sê-lo. 
Mas como é bem conhecido da nossa praça, se há coisa que o jornal A Bola nunca foi, foi ser imparcial. Não dá, por mais que tentem uns dizer que o são, porque até são do Belenenses, outros porque não têm clube, outros por qualquer outra razão, não dá para esconder.
A agenda é esta, a propaganda tem de ser lançada. E o problema é que com isto vão conseguindo controlar a manada. 
Mas nós não nos podemos deixar iludir, porque a equipa que joga muito, é rolo compressor (só que não), podia não estar onde está não fossem factores externos. E senão fosse isso mesmo, nós mesmo a não jogar como devíamos estaríamos em primeiro lugar, já com alguma distância do segundo classificado.


E como não podia deixar de acontecer, este ano manteve-se a tradição


Depois disto tudo, cabe-me só pedir desculpa pelo excesso de vermelho numa página deste blogue.