Por favor, continuem a roubar-nos

Ontem, 19 de dezembro de 2016, ocorreu no Estádio Dragão mais um episódio do caso de polícia no qual o campeonato nacional se tornou. Jogo após jogo, o Futebol Clube do Porto é assaltado, vilipendiado. Não fosse o enorme investimento efetuado pelo Benfica na aquisição de reforços de apito na boca ou bandeirinha na mão e o Futebol Clube do Porto, pese embora os inúmeros tiros nos próprios pés que tem dado, era líder e o mais forte candidato ao título de campeão nacional.

O Porto e o seu Presidente falam em 15 penaltis sonegados esta época. Não vou entrar em contabilidades, mas fora várias grandes penalidades cometidas no exato momento em que os árbitros foram encandeados pelo sol, mesmo em jogos à noite, facto que os impediu de correctamente ajuizar os lances, há os vermelhos perdoados a adversários, a permissividade quanto ao jogo violento e, o pior, o critério adoptado esta época segundo o qual de cada vez que há um contacto entre uma mão e uma bola dentro da grande área, o lance é sempre decidido a favor do Benfica e contra o Porto.

Mas eu peço aos árbitros e ao conselho de arbitragem da FPF para continuarem. Continuem a roubar-nos forte e feio. Eu quero mais Vascos Santos como o de ontem, Capelas como o de Chaves ou Tiagos Martins como o de Alvalade. Eu cresci adepto de um clube guerreiro, que faz das fraquezas forças e que se une para derrotar quem nos quer mal. Foi na luta contra o centralismo, foi nos roubos de catedral, foi nos manacas e nos chineses desta vida, foi nos apedrejamentos no Jamor que o Porto se fez enorme. Enquanto nos continuarem a roubar, nos nossos jogos, nós daremos a volta por cima, porque temos essa possibilidade, como ontem se viu. Enquanto tivermos armas para lutar, lutaremos até à exaustão. E ganhar, assim, dará muito mais gozo.



A propósito de mãos, ontem os Super Dragões apresentaram uma faixa elucidativa, e que o Fotos da Curva, atentamente, eternizou em foto. Bola na mão ou mão na bola depende da cor da camisola. Como quem lê o que eu escrevo, não sou nem nunca serei o maior fã dos Super Dragões. Já expus os meus motivos no passado e não vale a pena fazê-lo de novo. Mas desta vez curvo-me perante quem tão bem descreveu o estado de coisas nos bastidores do futebol português.

E como o colinho não ocorre apenas no futebol, a Federação de Andebol resolveu punir o pivot do Futebol Clube do Porto, Victor Iturriza com quatro jogos de castigo por uma agressão no jogo contra o Benfica. Vamos a factos. Victor Iturriza foi bem expulso. Teve um lance violento contra um adversário. Mas no mesmo jogo há dois lances piores da parte de atletas do Benfica que não suscitaram qualquer atitude disciplinar, nem dos árbitros, nem da Federação. Mas compreende-se, perdendo o melhor jogador com uma gravíssima lesão no joelho e com Pizzi cedido à equipa de futebol, há que equilibrar as coisas.



José Fontelas Gomes, o novo Vítor Pereira

José Fontelas Gomes, actual presidente da APAF, anunciou, nos últimos dias, a sua candidatura ao Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa Futebol, perfilando-se assim, uma vez que, para já, não há mais candidatos, como o provável sucessor de Vítor Pereira. E a palavra sucessor encaixa na perfeição, não só porque Fontelas Gomes vai suceder a Vítor Pereira, mas também porque o registo será, certamente o mesmo.

De facto, hoje, foi noticiado por diversos jornais desportivos o apoio de onze homens do apito, cujo nome aqui replicamos: João Capela, Jorge Sousa, Carlos Xistra, João Pinheiro, Bruno Paixão, Jorge Ferreira, Luís Ferreira, Manuel Mota, Manuel Oliveira, Vasco Santos e Nuno Bogalho.

Atentem em 5 dos 11 nomes: Capela, Xistra, Paixão, Jorge Ferreira e Manuel Mota. Cinco árbitros associados ao que é o domínio benfiquista da arbitragem declaram apoio inequívoco a Fontelas Gomes. Cinco árbitros que jogo após jogo beneficiam o Benfica e prejudicam os seus rivais. Cinco dos principais actores desse triste filme que é o Colinho.

Com José Fontelas Gomes será mais do mesmo. O presidente da APAF que só sai em defesa dos árbitros quando isso convém ao Benfica, arrisca-se a ser o novo presidente do Conselho de Arbitragem e nós corremos o sério risco de mais uns anos de palhaçada, pouca vergonha e colinho.

Competiria aos dirigentes do Futebol Clube do Porto identificar este problema e dar a cara para o combater. Denunciar e apresentar uma alternativa credível e isenta que conseguisse congregar muitos apoios. Uma dica, a newsletter não conta. Não tem impacto mediático e não faz notícia nos Telejornais. Urge que quem manda no Porto faça ouvir a sua voz. Caso contrário teremos que levar José Fontelas Gomes, 2º rei do Conselho de Arbitragem, da dinastia Vieira.

Vítor Pereira, o agente desportivo ao serviço do disparate

O nome dele é Pereira, Vítor Pereira e é o presidente do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol. Ele é o senhor todo-poderoso da arbitragem em Portugal. (Mal) coadjuvado por mais alguns membros do referido Conselho, Vítor Pereira, nos intervalos das visitas ao centro de estágios do Benfica, tem tempo para gerir mal e porcamente a arbitragem.

A época transacta foi o que foi. O colinho foi por demais falado. Árbitros como Cosme Machado, Manuel Mota, João Capela ou Bruno Paixão exibiram alegremente a sua falta de talento para a arbitragem e
a enorme força de que dispõem na modalidade de inclinação de campos. E o árbitro despromovido, logo após ser nomeado por Vítor Pereira para a final da Taça da Liga, foi o desgraçado a quem coube em sorte arbitrar duas das três derrotas do Benfica no campeonato.

Evidentemente, os clubes profissionais mostraram um cartão bem vermelho a Vítor Pereira, aprovando o sorteio dos homens do apito, posteriormente rejeitado pela FPF. O presidente do Conselho de arbitragem, se fosse um homem íntegro, teria enfiado a carapuça e posto o lugar à disposição. No entanto, dada a cor do cartão, deve ter considerado que seria um elogio que lhe estavam a fazer. E, assim, recusado o sorteio, Vítor Pereira continuou a mandar na arbitragem.

Não foi, portanto, de estranhar que, as competições profissionais tivessem começado tortas. Depois da péssima arbitragem da Supertaça, os campeonatos começaram cheios de casos e confusões. Na sexta, todos vimos o golo duplamente ilegal do Tondela, em fora-de-jogo e após toque na bola com a mão. Também todos, menos Carlos Xistra e o seu auxiliar, vimos João Pereira fazer um lançamento descaradamente dentro do campo, do qual surgiu o golo da vitória sportinguista.

No sábado, mais confusão. Na Liga de Honra. Na Feira, Cosme Machado, quem mais, marcou três grandes penalidades que o Jornal de Notícias apelida de inexistentes. Em Freamunde também houve confusão. Na primeira Liga, o Belenenses, clube que mantém relações de enorme promiscuidade com o Benfica, safou-se de perder um jogo que esteve a vencer por dois golos, à custa de um golo erradamente não validado por pretenso fora-de-jogo em tempo de descontos. O árbitro? Manuel Mota, pois claro.

Continuando no sábado, o Porto recebeu o Vitória de Guimarães. O árbitro, Fábio Veríssimo, um dos dois árbitros promovidos do nada a internacionais, por Vítor Pereira, feito alcançado sem sequer terem apitado jogo de um grande, fartou-se de fazer disparates. Sem influência no resultado, é certo, mas os erros foram demasiados. Fábio Veríssimo, que há pouco mais de um ano apitava nos distritais conseguiu inclusivamente um feito que se não for inédito, é, pelo menos raríssimo, ao ter conseguido ser assobiado por cometer erros que beneficiaram a equipa de quem assobiou. É verdade, o público do Dragão assobiou Fábio Veríssimo por este ter interrompido o jogo para marcar um falta, sem dar a lei da vantagem ao Vitória de Guimarães. E fê-lo por duas vezes. Vítor Pereira conseguiu, portanto, promover a internacional um árbitro que, claramente, desconhece a regra da lei da vantagem. Notável.

Por fim, o fim-de-semana terminou com a recepção do Benfica ao Estoril. O árbitro, Tiago Martins, o segundo dos internacionais à pressão de Vítor Pereira, cujo maior feito na curta carreira foi expulsar três atletas do Porto B num jogo na casa do Oriental. Logo aos 10 minutos, Luisão, com o à-vontade próprio de quem sabe que goza de total impunidade, desinteressa-se da disputa da bola e prefere meter o braço nas costas do avançado estorilista Leo Bonatini. Penalty claro, óbvio, evidente, descarado. Tiago Martins estava convenientemente distraído e não viu, mas já viu um pretenso penalty por mão na bola de um atleta estorilista. Um olho de lince, tem Tiago Martins, que conseguiu ver o que as dezenas de câmaras do canal do Benfica não foram capazes de nos mostrar...

E, assim, ambas as provas profissionais começaram tortas. E, diz a sabedoria popular, que o que nasce torto, tarde ou nunca se endireita. Com Vítor Pereira, podemos ter a certeza que nada se irá endireitar. Aliás, o mais provável, é que fique cada vez mais torto. O que não há dúvidas é que ficará sempre inclinado para o mesmo lado.

As eleições na Liga e um milagroso acerto do jornal Record

Ontem, Pedro Proença foi eleito presidente da Liga. Contando com o apoio da maioria dos clubes da Liga NOS, 12 contra 6 de Luís Duque, Proença tornou-se no oitavo presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, sucedendo a Valentim Loureiro, Manuel Damásio, Pinto da Costa, Hermínio Loureiro, Fernando Gomes, Mário Figueiredo e Luís Duque.

Sinceramente, creio que Duque  não fez um mau trabalho. Recuperou financeiramente a Liga, deixada de rastos pela gestão quase danosa de Figueiredo, o tal que teve o voto a favor do Sporting e à volta de quem Vieira disse que os clubes se deveriam unir, credibilizou a instituição, depois da passagem do cometa Figueiredo, e criou condições para que a Liga voltasse a ser uma fonte de receitas para os clubes, e não um encargo.

No entanto, Duque, para além de ter proferido declarações para com seus associados de baixíssimo nível, ao chamar ignorante ao presidente do Sporting e xenófobo a Tiago Ribeiro do Estoril, independentemente de ter, ou não, razão, falhou em toda a linha num aspecto. O Presidente da Liga é o primeiro vice-presidente da FPF, o número dois da sua direcção, e tem o dever de representar o futebol profissional junto da instituição e de o defender acerrimamente, com unhas e dentes. Não o fez. E tanto não o fez que nem foi capaz de por todos os delegados da Liga na AG da FPF a votar a favor do sorteio, uma vez que a Liga tem 20 delegados e houve apenas 17 votos a favor do sorteio.

Ora, isto era o ideal para o Benfica. Conseguir que o associado com mais peso na FPF nada faça para mudar o triste estado de coisas a que esta chegou é o ideal. É óbvio que o Benfica fica imensamente satisfeito se Bruno Paixão, Manuel Mota, João Capela ou Duarte Gomes continuarem a ser nomeados várias vezes por ano para os seus jogos. É evidente que o Benfica não quer que se mexa no Conselho de Arbitragem e pretende que Vítor Pereira continue a ser visita assídua no Seixal. É nítido que o Benfica pouco se preocupa se são nomeados árbitros internacionais indivíduos sem experiência e que nunca, jamais, em tempo algum arbitraram sequer jogos dos grandes no campeonato. O problema é que Pedro Proença também já prometeu que vai lutar contra isto tudo. E isto perturba seriamente os interesses do Benfica e dos seus 13.999.999 adeptos. Como é que se chega a este número? Aos 14 milhões que o Benfica publicita, incluindo umas dezenas de milhar na Indochina, retira-se um, Pedro Proença. Porque Proença já mostrou que tem a coluna direita e não se curva perante nada nem ninguém e muito menos se deixa intimidar, mesmo que lhe partam os dentes com um soco.

O problema do Benfica é que os famosos lugares na Liga não lhe vão servir de nada. Com Proença, as probabilidades do futebol se decidir dentro do campo e não fora dele, aumentam drasticamente. Talvez seja por isso que Pedro Guerra, o propagandista oficioso de Vieira, tenha ido a correr, em sentido figurado, claro, à TVI24 berrar com tudo e todos. Talvez seja por isso, que o Record de ontem noticiava, ainda antes de Proença ser eleito, que Vieira havia prometido reforços a Rui Vitória. Talvez as grandes orelhas do presidente vermelho tivessem ouvido que Proença tinha apoios suficientes para vencer, e como tal, foi forçado  investir a sério no reforço da equipa...

O sorteio dos árbitros, a solução possível e alguns rabos trilhados

Foi aprovado pela Assembleia-Geral da Liga de Clubes, na passada segunda-feira, o regresso do sorteio dos árbitros, numa proposta conjunta do Futebol Clube do Porto e do Sporting Clube de Portugal, que mereceu a aprovação por larga maioria dos associados da Liga. Não se conhecendo o sentido de voto de nenhum clube, fora os três grandes, que manifestaram publicamente a sua opinião, importa analisar as posições destes quanto ao sorteio e, também do outro agente desportivo que se manifestou, o presidente do Conselho de Arbitragem da FPF, Vítor Pereira.

Antes de mais, eu confesso, sou contra o sorteio, mas nas actuais circunstâncias, sou obrigado a ser a favor. Explico-me, eu sou a favor que, para cada jogo seja nomeado o árbitro mais adequado dentro dos que estão disponíveis. Num sorteio, tal nunca está garantido. Pode calhar, o melhor, o 2º melhor, second best.
o 3º melhor, etc. Mas é possível num sistema de nomeações, desde que quem nomeie seja sério, honesto, imparcial e competente. E se, quanto às primeiras, é desagradável tecer considerações sem qualquer prova, quanto à última ninguém com, vá, dois neurónios a funcionar poderá ter dúvidas da falta de competência de Vítor Pereira e seus pares. Estamos a falar de quem nomeou um árbitro que se safou da despromoção para um jogo entre o Vitória de Guimarães e o Porto, à data nos dois primeiros lugares da tabela, estamos a falar de quem nomeou Marco Ferreira para a final da Taça de Portugal, para o despromover dias depois e estamos a falar de quem passa por cima dos regulamentos da UEFA e nomeia internacionais sem experiência de primeira divisão, baseado no critério de sere mda Associação de Futebol de Lisboa. E como não parece possível trocar Vítor Pereira por alguém competente, até porque o presidente da FPF anda a gastar o seu tempo a apoiar candidatos à FIFA que nem a eleições chegam a ir, mais vale o sorteio. Como diria o famoso matemático John Nash, que deu origem ao filme "Uma Mente Brilhante", é uma solução

Mas, o mais curioso no meio disto tudo foi a reacção de Benfica e de Vítor Pereira a toda esta questão. Foram os únicos que se mostraram abertamente contra. Paulo Gonçalves, representante do Benfica na Assembleia-Geral da Liga, veio até falar numa aliança entre Porto e Sporting. Curiosamente, no ano passado era Bruno de Carvalho que falava numa aliança entre Benfica e Porto. Deve ser a poluição da Segunda Circular que está a afectar o cérebro daquela malta... Mas, o que fica é que quem é contra o sorteio é quem tão mal nomeou e quem mais beneficiou das nomeações. Será medo do colinho acabar?

Às vezes não basta ser sério, é preciso parecê-lo

Imagem obtida no FB do Lá em Casa Mando Eu
Numa altura em que se multiplicam as críticas às arbitragens. Numa altura em que se multiplicam as estatísticas que demonstram que o Benfica é o clube que mais beneficiou com expulsões de adversários. Numa altura em que a Liga está a investigar uma alegada proposta de Luís Filipe Vieira a Bruno de Carvalho para dividir campeonatos e manipular resultados. Numa altura em que as nomeações são postas em causa. No dia em que João Capela foi nomeado para o terceiro jogo do Benfica esta temporada, tendo cometido erros graves a favor dos comandados de Jorge Jesus nos outros dois. Numa altura que se exigiria recato e ponderação, para evitar mais confusões e mais suspeições, eis que Vítor Pereira, o presidente do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol, órgão responsável por nomear e classificar os árbitros, resolve aparecer no centro de estágio Caixa Futebol Campus, no Seixal, pertença do Benfica às 9:50 da manhã, para desempenhar o papel de observador do árbitro, para o qual foi nomeado pela UEFA, do jogo da Youth League entre o Benfica e o Liverpool, que decorreu às 3 da tarde. Ou seja, e assumindo que Vítor Pereira lá se deslocou apenas para essa missão, chegou com cinco horas e dez minutos de antecedência. Caso contrário, que raio terá ido o presidente da comissão de arbitragem fazer ao centro de estágios do Benfica? Ninguém sabe.

O que se sabe é que Vítor Pereira resolveu meter mais lenha na fogueira, criar mais suspeições, numa altura em que era preferível estar quieto. Pressupondo que a visita foi inocente e bem intencionada, por exemplo, para explicar as regras do futebol aos atletas do Benfica que devem andar baralhados com tanta dualidade de critérios, e reconheça-se, torna-se complicado, nos dias que correm, acreditar nisso, não deveria Vítor Pereira ter-se resguardado e evitado mais diz-que-disse? Fica a questão.

O amuo de Lopetegui ou a azia do Maisfutebol

Exmos. Senhores,


Fui confrontado com uma notícia publicada no vosso website www.maisfutebol.iol.pt, em que se arrogam de acusar o treinador do Futebol Clube do Porto de amuar na conferência de imprensa que precedeu o jogo Basileia-Porto para os oitavos-de-final da Champions League. E, a razão do amuo, deve-se, segundo a mesma notícia, à resposta desagradável (para vocês) que Lopetegui deu aquando das tradicionais perguntas de baixo nível da Comunicação Social portuguesa.

De facto, até Lopetegui, um basco, que está em Portugal há menos de um ano, já percebeu como a Comunicação Social portuguesa, nomeadamente aquela sediada em Lisboa, que não esconde a sua parcialidade, a sua falta de isenção e a forma, perdoem-me a expressão, rasca, trata o Futebol Clube do Porto. Aquilo que Lopetegui vos fez ontem, ao denunciar este jornalismo de vão de escada e ao confrontar-vos com factos reais e facilmente comprováveis, não é um amuo. É uma extensão do sentimento de todos os portistas, que, infelizmente, mesmo que ganhem, mesmo que sejam melhores, não têm nunca o reconhecimento merecido em Portugal. Porque em Portugal temos uma Comunicação Social bacoca, impregnada por um vermelho e um verde que não os da bandeira nacional, e que é incapaz de fazer o seu trabalho como deve ser e relatar os factos tal e qual como eles são. O que Lopetegui já viu é que em Portugal existe uma comunicação que sofre com as dores de Benfica e Sporting, uma comunicação que branqueia trafulhices, erros de arbitragem, faltas de nível quando se referem à Segunda Circular. E o que Lopetegui disse ontem, é aquilo que muitos portistas sentem vontade de dizer. E acreditem, Lopetegui até foi brando.

Ontem, não foi Lopetegui que amuou. Foi o Maisfutebol que aziou. Possivelmente, a inveja de ontem ter sido dia de Champions para os portistas e quarta-feira para vocês, a não ser que tenham jogado Playstation, associada ao facto do Futebol Clube do Porto,  mesmo contra uma equipa muito bem organizada e um árbitro tendencioso, ter feito um bom resultado, ao invés de entrar num espírito calimeriano de choradeira épica, para justificar insucessos, poderá ter sido a causa. Não vos recomendo Rennies ou Kompensans. Isso seria descer ao vosso nível. Recomendaria era que tirassem os óculos coloridos na hora de ver e analisar o futebol e que percebessem que há mais Portugal fora de Lisboa. E um pingo de decência. Mas isso se calhar já é pedir de mais.

Com os melhores cumprimentos

O jornalismo indecente do Record.

Exmos. Senhores,

Estes últimos dias têm sido pródigos em mais algumas, digamos, parvoíces da vossa parte, publicadas no jornal Record. Não que isso surpreenda especialmente quem anda atento à vossa postura e à vossa linha editorial, mas convém sempre relembrar para que os mais desatentos não se deixem iludir.

Tudo começou quando, na semana passada, vocês publicaram mais uma edição de Liga da Verdade, uma parvoíce sem qualquer sentido, mas que vindo de um jornal que teve como directores um belenense que com quatro anos vibrou intensamente com uma conquista europeia do Benfica e que usa esse argumento para justificar o facto do jornal Record considerar a Taça Latina uma prova oficial ou um benfiquista doente e manhoso, claramente incapaz de demonstrar a independência e a imparcialidade necessárias para o desempenho de um cargo jornalístico desta relevância. primeiro A Liga da Verdade é uma parvoíce, porque é publicada pelo Record. E qualquer coisa publicada pelo Record com a palavra "verdade" no nome é algo pleno de comicidade e que faz qualquer ser humano duvidar da sua sanidade mental. Faz tanto sentido como apelidar o Eliseu de veloz. E depois, é uma parvoíce porque o Record pressupõe que um erro do árbitro não tem qualquer efeito no resto do jogo. Exemplificando, se a equipa A defrontar a equipa B. O jogo termina 3-0 para a equipa A, mas no primeiro minuto, um defesa da equipa A corta a bola em cima da linha com a mão e o árbitro nada marca. Seria penalty e expulsão. Como o jogo ficou 3-0 para a equipa A, para o Record, o erro não tem influência no resultado final. Lógica? Nenhuma. Mas pronto, é esta a palha que os senhores dão a comer aos vossos leitores. Ora, nessa edição da Liga da Verdade, constata-se que, antes do jogo de ontem com o Vitória de Setúbal, o Benfica ainda não foi prejudicado pelos árbitros. Até aqui tudo normal. Lê-se também que só beneficiou de ajudas dos senhores do apito no jogo contra o Gil Vicente. Por outro lado, lê-se também que o Porto já foi beneficiado por duas vezes, contra o Penafiel e o Braga e prejudicado outra, em Guimarães. Eu poderia elencar aqui todos os erros dos árbitros a favor do Benfica e todos contra o Porto. Podia, mas não pretendo que este texto, que já vai longo, se assemelhe a um discurso do Fidel Castro. E, assim sendo, prefiro denunciar este terrível branqueamento, que não sendo de capitais, ocorre na capital do império, apelidando-o de inqualificável, grotesco, vergonhoso e execrável, indigno sequer de aparecer num jornal com tantos leitores. Passar uma esponja na roubalheira que tem sido este campeonato e tentar legitimar a forma como o Benfica lidera isolado este campeonato devia resultar na cassação da licença de órgão de media. Era a única forma de se cortar o mal pela raíz.

Mas, não satisfeitos com esta proeza, tudo o que o Record retirou de um programa em que Arsène Wenger, treinador do Arsenal, apresentou sobre o Futebol Clube do Porto e no qual teceu rasgados elogios ao Porto e ao seu presidente, o Record resolveu destacar uma frase de Wenger em que este afirma que, por ter mais adeptos, o Benfica é o maior clube português. No Porto, já sabemos que em Portugal ninguém reconhece os nossos méritos. Agora que se escamoteie o bem que se diz lá fora sobre o Porto é vergonhoso. Felizmente, e caso os senhores não tenham reparado, o tempo da censura e do antigo regime já lá vai e, numa era onde a informação corre a velocidade vertiginosa, já não é possível esconder a informação. Lamento imenso.

Por fim, na edição de hoje, e depois de uma arbitragem no jogo Benfica - Vitória de Setúbal em que o árbitro tem ifluência em três lances de golo, repito, três, sempre em prejuízo dos sadinos, o Record escreve que o árbitro esteve bem e que "foi pena" que tivesse errado no lance em que Lima marca o segundo golo do Benfica e que é precedido de falta, que é tão clara e tão óbvia que até os comentadores da BenficaTV a viram. Os outros lances, o penalty logo aos dois minutos e o fora-de-jogo mal tirado e que no contra-ataque deu o 3-0 ao Benfica foram ignorado. Muito sinceramente, desconheço quem são os jornalistas que fazem estas "análises", mas vejo-me forçado a recomendar que atribuam à vossa colunista Cristina Ferreira a função de fazer as crónicas dos jogos do Benfica. Se a senhora teve a inteligência de recusar uma proposta para ser sócia do Sporting feita por Bruno de Carvalho, também deve ser capaz de fazer uma análise melhor que a vossa. Nem que se limite a escrever sobre o visual dos jogadores. A sério.

Com os melhores cumprimentos,

João Ferreira

Deixem Jorge Coroado falar

Nos últimos dias, o ex-árbitro Jorge Coroado, tem brindado os leitores de OJogo, com um conjunto frases que se revestem de enorme gravidade e que merecem ser explicadas.

Tudo começou após a patética arbitragem de Cosme Machado em Braga, num jogo a contar para a Taça da Liga. Na habitual rubrica "Tribunal d'OJogo" da pretérita quinta-feira, espaço onde três ex-árbitros analisam a arbitragem dos jogos de Porto, Benfica e Sporting, Jorge Coroado aprecia o trabalho de Cosme Machado como tendo sido "coerente consigo próprio, com a nomeação e com a razão desta". Ou seja, Jorge Coroado, anuncia que houve um propósito ao nomear o árbitro da Associação de Futebol de Braga. Ora, dado que a arbitragem foi pouco feliz, prejudicou gravemente o Futebol Clube do Porto - e quanto a esta parte, é só ler a opinião de Coroado sobre os vários lances polémicos do jogo, para se perceber que ele concorda que o Porto foi, em bom português, vergonhosamente roubado e que Coroado afirma que a arbitragem foi coerente com esse propósito, é possível inferir que, de acordo com Coroado, esse propósito não era que o jogo fosse correta e justamente arbitrado.

A trama adensa-se no dia seguinte, sexta-feira, dia 23, numa coluna de opinião em que, referindo-se à palhaçada de Braga, Jorge Coroado escreve que "O arbítrio daquela designação [de Cosme Machado], conjugadas com as previstas para encontros do próximo fim-de-semana [João Capela no Marítimo-Porto e Bruno Paixão no Paços de Ferreira-Benfica], só veio ajudar e dar azo a especulações com fundamento". Ou seja, Jorge Coroado liga a nomeação da Taça da Liga às do Campeonato, insinuando que as especulações que têm sido feitas sobre as ajudas ao Benfica têm razão de ser. Note-se que quer Capela, no Benfica-Gil Vicente, quer Paixão, no Nacional-Benfica ofereceram de mão beijada dois pontos cada ao actual líder do campeonato.

Por fim, na edição de hoje, outra vez no tribunal, Coroado escreve sobre os segundos de hesitação de Bruno Paixão antes de assinalar o penalty que deu a vitória ao Paços, período durante o qual deve ter engolido em seco três vezes: "Compreende-se quando a decisão puniu quem puniu, daí a hesitação no assinalar da falta". Ou seja, Coroado insinua que Bruno Paixão não queria marcar um penalty contra o Benfica, o que a juntar ao que escreveu anteriormente dá que pensar, e leva quem o lê a acreditar que há manobras de bastidores a justificar algumas arbitragens habilidosas que têm surgido nesta temporada.

Das duas, uma, ou Jorge Coroado sabe alguma coisa sobre o que se passa nos meandros do futebol poruguês, ou está a por em causa, descaradamente, a honra de Cosme Machado, João Capela, Bruno Paixão e de todo o Conselho de Arbitragem da FPF. Seja um ou outro motivo, era importante que Jorge Coroado se explicasse.




Isto é o Porto, carago!

Oi? Achavam que estava morto para o futebol?
Hoje, dia 21 de Janeiro de 2015, escreveu-se mais uma triste história na anedota que tem sido esta temporada. Uma, (mais uma), arbitragem vergonhosa, uma dualidade de critérios gritante e um campo mais inclinado do que a Torre de Pisa deixou o Porto em clara inferioridade. Foi um Campo Maior 2.0.

Mas, e há sempre um mas, hoje houve Porto. Aquela segunda parte foi à Porto. Foi com esta garra, com esta vontade, com esta dedicação que o Porto se tornou o Porto. E foi isto que eu me habituei a ver no Porto, no Porto do Jorge Costa, do Baía, do Paulinho Santos, do Rui Barros. Foi esta atitude, esta chama, este crer que fez do Porto o melhor clube português.

E hoje tivemos o Helton, que provou estar bem vivo depois de todos os funerais que lhe fizeram. Tivemos o Herrera, que em 30 minutos fez mais que a equipa do Braga toda junta. Tivemos o Ruben Neves que mais coxo que o Paulo Gonzo deu o que tinha e o que não tinha, com 17 anos.

Que isto seja colado no balneário. Que isto sirva para motivar a equipa. No meu Porto, depois disto, isto só pode dar em muitos títulos. Com esta atitude seremos imbatíveis. E no domingo há mais. Haverá mais um careca para lutar contra, mais três pontos para conquistar.
 
Viva o Futebol Clube do Porto! Viva o maior clube do Mundo!

Vermelhos a menos, dão vermelho a mais


Apesar do Benfica ir destacado em primeiro lugar, o campeonato nacional tem falta de vermelhos. E não, não falo da ausência do Salgueiros e do Santa Clara, mas sim da ausência de cartões vermelhos aos jogadores do Benfica.
Sem perder muito tempo, todos nos recordámos de como Enzo Perez enfiou os pitons da chuteira no pescoço de um jogador do Moreirense, com o jogo em 1-0 a favor dos Minhotos. Também todos nos recordámos do mesmo Enzo Perez, já amarelado, fazer uma entrada duríssima sobre um atleta do Estoril, que nem falta foi. Samaris derrubou por trás, de carrinho, um jogador do Arouca, sem qualquer intenção de jogar a bola, travando um contra-ataque. Levou um amarelo e um sorriso do árbitro Hugo Miguel. Talisca, num sururu perto do final do jogo em Braga, deu uma bofetada num adversário. Se se compreende que o árbitro, no meio da confusão, nada tenha visto, as imagens eram mais que suficientes para punir o atleta. Curiosamente, Talisca marcou o golo da vitória na jornada seguinte. No Dragão, aos cinco minutos de jogo e já amarelado, André Almeida pisou ostensivamente Danilo. Em Penafiel, com o Benfica a jogar mal e a vencer apenas por 1-0, Maxi Pereira é, pela enésima vez desde que joga em Portugal, poupado à expulsão. E ontem, na Madeira, com o jogo em apenas 1-0 para o Benfica, Talisca, é poupado ao segundo amarelo após pisar deliberadamente um adversário.

Analisando todos estes lances, verifica-se que:
  1. Contra o Arouca, o jogo estava empatado. O Benfica ganhou;
  2. Contra o Moreirense, o Benfica perdia. Empatou;
  3. Contra o Estoril, o Benfica vencia e, venceu. Pelo meio, o Estoril empatou e um atleta do Estoril foi bem expulso por falta sobre... Enzo Perez;
  4. Contra o Braga, o Benfica perdia, e perdeu;
  5. Contra o Porto, o jogo estava empatado. O Benfica venceu por 2-0;
  6. Em Penafiel, o Benfica vencia por 1-0 e venceu a partida por 3-0;
  7. Na Madeira, o Benfica vencia por 1-0. Venceu 4-0;
Sete jogos. Sete vermelhos perdoados ao Benfica, em sete jogos que não estavam, de todo resolvidos, no momento da benesse arbitral. Dos sete, quatro foram na primeira parte.

É por demais evidente que os vermelhos a menos estão a por vermelho a mais na frente do campeonato. O andor, este ano, é descarado. Infelizmente, a procissão já saiu do adro há algum tempo.

Para que o Futebol Clube do Porto seja campeão, terá de ser perfeito. E esperar que, a determinado momento, comece a chover e a procissão seja interrompida. O problema está na possibilidade do andor ser guardado dentro da Capela.

Os delírios dos "jornalistas" do Correio da Manhã

Para os mais atentos, hoje, na ressaca de mais uma entrada a vencer do FC Porto no campeonato do principal escalão do Futebol Português, em antítese aos "bons" hábitos perpetuados para os lados da segunda circular, a "vara" jornalística, passo a expressão, que se intitula de Correio da Manhã premiou os seus leitores com o habitual discurso de fomento o ódio e que tende a desvalorizar o valor da(s) vitória(s) de uma equipa que é "apenas" tricampeã Nacional, e a mais titulada em Portugal.


Sem querer entrar em análises técnicas sobre o trabalho e a qualidade (ou falta dela) do árbitro João Capela, o qual até é ,como todos sabemos, conhecido por beneficiar o FC Porto, procuro aqui centrar-me na expressão escolhida pelos redactores do "jornal" em questão: "Penálti da tradição"


Significado de Tradição
subst. f.
1. costumes que vêm do passado: uma tradição familiar
2. facto de transmitir e conservar os costumes: respeitar a tradição
Portanto, devo aceitar com esta expressão, a ideia de que o FC Porto é um clube frequentemente beneficiado pela marcação de grandes penalidades. É portanto, segundo o dicionário de língua portuguesa, um habito que vem sendo perpetuado e com origem no passado. Pergunto-me se estes mesmos "jornalistas", durante a temporada passada escreveram que o penálti da tradição, salvou o SL Benfica na Luz frente à Académica (este é apenas uma exemplo ilustrativo). 
Certo, é que os jornalistas do CM "sabem que" uma mentira muitas vezes repetida tende a tornar-se verdade pelo menos aos olhos dos menos atilados, e é isso mesmo que estes procuram fazer. Durante os últimos cinco anos o FC Porto beneficiou de 42 grandes penalidades enquanto que o clube da Luz beneficiou de 39 (Fonte: Influência Arbitral). Estou em crer que os anais da estatística considerariam esta uma diferença estatisticamente não relevante já que falamos de uma diferença de 3 grandes penalidades num total 5 anos.

Ao contrário daquilo que se possa querer fazer pensar ou perpetuar, o FC Porto não é um clube particularmente beneficiado pela marcação de grandes penalidades, porém ao contrário daquilo que o leitor estará provavelmente a pensar, estou aqui para agradecer e não para criticar. Agradecer aos jornalistas do Correio da Manhã, por desde bem cedo nos começar a dar ainda mais motivos para querer continuar a vencer.

Somos Porto!