Grande vitória no estádio Inonu na Turquia, casa do Besiktas, que revelou, por parte da equipa, um grande sentido táctico, e também uma boa capacidade de reacção perante adversidades inesperadas derivadas de circunstâncias do próprio jogo.
Ao minuto 36 Falcao vê-lhe ser anulado um golo que aparentemente parece limpo, não se vislumbrando fora de jogo nem sequer falta, portanto falha da equipa de arbitragem no ajuizar deste lance.
A primeira contrariedade para a equipa portista surge ao minuto 43, quando o central Maicon empurra o jogador do Besiktas Bobó, que iria ficar isolado frente a Helton, e recebe ordem de expulsão.
Curiosamente, pouco depois, o mesmo critério não é aplicado no lado contrário, quando Falcao ganha posição ao defesa turco e já dentro da área é empurrado, ficando um penalti por assinalar e um cartão vermelho para o jogador do Besiktas que faz a falta.
Previa-se uma segunda parte de paciência e sacrifício para a turma portista.
Villas-Boas, para a 2ªparte, mete de imediato Otamendi e tira Falcao, no sentido claro de apelar á contenção e ao reforço claro das linhas defensivas, jogando em contra-ataque e pela certa, deixando somente Hulk como avançado mais adiantado, e usando Rodriguez e Belluschi ( agora encostado á direita) como médios-laterais, com menores funções ofensivas.
Nestes primeiros minutos da 2ªparte nota-se um claro ascendente do Besiktas, fruto do recuar geral da equipa portista e da vantagem numérica a nível de jogadores, ascendente esse que foi abruptamente quebrado pelo golo de Hulk aos 59 minutos, aproveitando a inépcia dos defesas turcos e ficando cara a cara com o guarda redes adversário, batendo-o com bom domínio e muita calma.
A equipa do Besiktas, após este segundo golo do FC Porto, continuava a tentar reduzir esta desvantagem, mas já com menos ímpeto, sinal claro que o golo de Hulk fez mossa na moral da equipa, e é óbvio que a maior posse e troca de bola era feita por parte dos turcos, mas defensivamente os portistas estavam sólidos, e mesmo quando o Besiktas conseguia porventura ultrapassar essa estrutura, pecava sempre no seguimento que dava ás jogadas elaboradas.
Aos 78 minutos, Hulk ( quem mais poderia ser ) mata o jogo e faz o 0-3, beneficiando de um grande passe de Belluschi, posiciona-se em frente á baliza, ainda tem tempo de sentar um defesa adversário, e com colocação e classe acaba definitavamente com as aspirações de recuperação por parte dos turcos.
Até final do jogo, verifica-se uma gestão de resultado por parte da equipa portista, sendo de realçar neste período somente dois momentos, o da expulsão desnecessária de Fernando aos 87 minutos ( para que é que foste agarrar a bola com as mãos quando caíste ao chão pensando que era falta.. ), e o do golo da consolação do Besiktas, marcado por Bobó aos 92 minutos.
Hulk: Fez gato sapato da defesa do Besiktas e fez mais uma exibição de encher o olho, como tem sido apanágio esta época aliás, culminando essa fabulosa exibição com dois golos que deram tranquilidade à equipa...é defacto "Incrível" este Givanildo, e vai ser difícil, por este andar, segurar os "tubarões" já na próxima reabertura do mercado.
Belluschi: Em todo o lado, literalmente...muito correu o argentino, a defender, a temporizar, a assistir, a desmarcar, foi sem dúvida o compasso desta equipa, um verdadeiro "pau para toda a obra", que teve ainda a mestria de assistir Falcao no 1º golo e Hulk no 3º golo.
Resumindo, a equipa valeu pelo colectivo, apesar de Hulk e Belluschi destacarem-se por várias razões, e valeu pela maneira como reagiram à adversidade de ficarem sem menos um jogador mais de metade do jogo e também à adversidade de terem uns adeptos adversários incansáveis no apoio à equipa do Besiktas...valeu igualmente por terem sabido "matar" o jogo na altura certa e manterem a coerência defensiva e de marcação.
Primeiro lugar isolado no grupo L da Liga Europa com 9 pontos em 9 possíveis, facto que deixa Villas-Boas certamente mais descansado quanto á questão de rotação do plantel e de descanso de certas peças do xadrez portista nesta competição com o intuíto de salvaguardar outras competições em que o FC Porto está envolvido.
Grande vitória, siga para a próxima.
Só ficou a faltar uma referência ao Helton, que fez (mais) um grande jogo.
ResponderExcluirA braçadeira fica-lhe muito, muito bem.
Uma arbitragem vergonhosa, e uma equipa fabulosa!