Trio de Ataque


Desde há vários anos que não via programas de discussão sobre futebol. Sendo que a única altura em que o fazia foi nos tempos do Donos da Bola e do Jogo falado onde Pôncio Monteiro, Santana Lopes e Fernando Seara discutiam futebol, de uma forma racional e sobretudo divertida.

Desde então que não via um programa atingir o mesmo nível de interesse, antes pelo contrário, assisti a uma avalanche de berraria, irracionalidade e atropelos, sobretudo com a entrada em cena dos Vices do Benfica, Cervan e Gomes da Silva. Segundo sei, existem 4 ou 5 programas do género, e sinceramente sempre que passei os olhos por um fiquei desagradado com o que vi, incluindo os comentadeiros Portistas cujo nível deixa deveras a desejar.

Com a saída pouco ortodoxa do Rui Moreira, dei por mim a ver o Trio de Ataque, para ver perceber o que aconteceria ao programa depois da sua saída e também para saber quem era o tal António-Pedro Vasconcelos que tantos falavam, e fiquei deveras surpreendido com o que vi.

Começando pelo APV, é evidente que o homem sofre de clubite aguda, é visível um tremendo azedume e é claro que recebe indicações da máquina de propaganda Benfiquista. Dito isto, não o acho intolerável. Não berra, respeita o seu tempo e o dos outros e gosto de o ver engolir sapos.

O Rui Oliveira e Costa é um senhor. Sinceramente, dá gosto assistir a pessoas que vêm o futebol e o seu clube de uma forma apaixonada mas não cega. Critica o que tem a criticar, é culto, fala bem, dá insights interessantíssimos e sempre que o APV tenta descer o nível, rapidamente o coloca no sítio.

Por fim, Miguel Guedes. Aparentemente ele já terá participado noutros grupos de discussão, mas eu nunca tinha assistido. Sabia que era Portista desde que vi a brilhante versão do Hino do Porto que os Blind Zero fizeram para os Fedorentos, mas não o sabia tão envolvido. E que bela surpresa!

O Miguel é tudo o que eu espero de um adepto Portista que nos represente. É inteligente, sabe falar, sabe estar, está informado e tem aquele humor tão típico do Norte, e que é brilhante. Ainda não o vi fraquejar com qualquer argumento, não o vi dar voltas ou entrar em lutas perdidas, sabe quando ceder e quando atacar. Quando cede, guarda, regista e a seu tempo devolve, e quando é para atacar é assertivo e concreto. Como bónus, o Miguel faz parte de uma nova geração, não tem esqueletos no armário, não tem ligações políticas ou similares e a ele ninguém pode acusar de estar feito seja com quem for.

Para os que mandam foguetes, bolas e impropérios e dizem estar a defender as cores do nosso clube, seria interessante colocarem os olhos neste bom exemplo do que deve ser um adepto.

Para ouvir bem alto:


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2 comentários

  1. Muito bem analisado
    Concordo totalmente com o sumário do Trio de Ataque feito por si.
    Parabens
    ftavares
    http://brigadaazul.blogspot.com/

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  2. Miguel Guedes é um senhor comentador, uma ilha de sanidade nos programas de futebol...
    Aquela versão do hino é muito boa!


    eternomagnifico.blogspot.com

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