Quem te viu, quem te vê

O início da época anterior trouxe ao de cima o mais puro Benfiquismo.

A juntar à já costumeira arrogância e foguetes de pré-época, juntou-se a fanfarronice de um treinador que já tinha idade para ter juizo.

Os paineleiros, jornaleiros e outros “eiros” de serviço colaboraram nas loas ao transcendental treinador que espante-se, até já era melhor que José Mourinho. Eram tempos de carnaval, de campeão anunciado, nacional e internacional, porque na Europa só havia a temer o Barcelona.


A época foi o que se viu, o Porto arrasou e foi campeão sem derrotas, o Benfica ficou lá longe, longe. Ao infame jogo da Super Taça, onde não obstante as agressões dos de vermelho, os de Azul e Branco deram o chamado bailinho.

Juntou-se todo um bailado ao longo da época, com uma mão cheia de golos no Dragão e dois apagões na luz. Humilhação atrás de humilhação. Para nosso gáudio, a humilhação não se ficou por terras lusas, e o anunciado futuro campeão europeu foi varrido da liga dos campeões com pompa e circunstância, e eliminado da Liga Europa pelo Braga, troféu esse erguido pela poderosa equipa do Dragão.

Não tenho dúvidas que as arbitragens a seu tempo serão a explicação para tudo, mas para nós fica (mais) um título Europeu, um Falcao recordista e no top 5 dos melhores jogadores do mundo, um Hulk a valer 80 milhões e um treinador a ser vendido por 15 milhões, apesar de o fanfarrão ser bastante mais barato.


Este ano a coisa está mais calminha, apesar das promessas de uma época extraordinária por esse arauto do desportivismo que é Rui Gomes da Silva. Afinal a hiper-supra-mega equipa da época passada não era assim tão boa, e venham de lá 16 ou 17 reforços, e a confiança de Jesus que o plantel deste ano é que é.

Agora não percebo é uma coisa… se o plantel deste ano é melhor do que o do ano passado, se o ano passado só tinham medo do Barcelona, alguém me explica porque é que contra essa potência do futebol mundial que é o Trabzonspor, o Benfica não é favorito…? É razão para dizer, quem te viu, quem te vê. O fanfarrão aos 57 anos parece ter acordado para a realidade.

Já vi vários treinadores e jogadores sair do Porto e gabar o quanto o clube lhes mudou a vida, o quanto aprenderam e cresceram enquanto pessoas e profissionais.
Só não sabia que já andávamos a exportar essa experiência para outros clubes


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