Direito de resposta

Não compro jornais desportivos, aliás, o único jornal que compro é o Expresso, e é porque é uma vez por semana e tem conteúdos muito para além do jornal.

Tudo o resto leio através da Internet, dos telejornais e das redes sociais. De uma forma ou de outra, recebo a informação toda, porque esta espalha-se de forma viral. Infelizmente o FC Porto ainda não percebeu isso.

Dito isto, ao que parece o mui imparcial e independente Fernando Guerra, lá lançou mais uma dose de veneno anti-portista. Obviamente não tive oportunidade de ler, mas pelo que percebi terá a ver com o Dragão de Ouro para André Villas Boas, o que na sua Augusta opinião belisca Vítor Pereira. Aparentemente, terá também criticado o facto do Porto ter começado o jogo da taça sem nenhum Português...

Obviamente, é preciso ser atrasado mental para achar que um prémio relativo à época anterior melindra o treinador actual, que nunca poderia ter sido sequer nomeado para o prémio. Também é verdade que alguém que bajula um clube Português que em todos os jogos entra sem nenhum Português, ficar chocado quando isso acontece com outro clube, é caso clínico. Mas não se pode menosprezar estes recados que são tudo menos inocentes.

Pela frente LFV vai dizendo que o Benfica só se preocupa consigo, porque sabe que por trás tem os seus estafetas de serviço a espalhar a "boa nova". Por estúpidos que sejam, estes artigos causam impacto porque a maioria não quer um raciocínio lógico, prefere lixo, quer boca rasca, e o Guerra faz-lhes a vontade.

O que faz o Porto? Faz isto: Guerra e Paz

Se a entrada do Francisco J. Marques trouxe um Português mais correcto, e o terminar das inenarráveis Labaredas, a verdade é que trouxe pouco mais. Estes comunicados são muito bonitos mas não chegam a lado nenhum. Não há um jornal que os publique, não há um telejornal que os leia, inclusive a grande parte dos adeptos não chega a vê-los.

Existe uma coisa que se chama Direito de Resposta, que cabe a qualquer pessoa singular ou coletiva, organização, serviço ou organismo público, bem como ao titular de qualquer órgão ou responsável por estabelecimento público de responder, nas publicações periódicas, a qualquer facto ou acusação que tenha sido objeto de referência, ainda que indirecta, e que possa afectar a sua reputação e boa fama.

Ou seja, estas respostas podiam ser publicadas directamente no Pasquim. Isto sem falar de muitas outras formas de comunicação. Vídeos virais, redes sociais, tweets, e afins.

Em vez disso, a SAD do Porto comporta-se como uma criança que foi vítima de Bullying na escola e vai para casa resmungar no seu quarto, com as portas e as janelas fechadas.

O Porto é uma potência desportiva e uma máquina em termos de organização, mas peca de forma vergonhosa numa área tão importante como a comunicação. Entretanto, vai deixando sucessivamente os treinadores desprotegidos contra uma comunicação social mal formada e desonesta, sempre na expectativa que Pinto da Costa mande umas bocas para os meter na ordem.

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1 comentários

  1. caro Francisco,

    quem escreve assim não é gago ;)
    tem todo o meu apoio.

    abraço

    Miguel | Tomo II

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