Jorge Nuno de Lima Pinto da Costa




Todo o país está dominado por Lisboa. Todo? Não! Um clube povoado por irredutíveis portistas resiste, agora e sempre, ao invasor.
Esse clube é o Futebol Clube do Porto. O Futebol Clube do Porto tem sido, de há pouco mais de 30 anos para cá, a maior força na luta contra o centralismo lisboeta, que suga o restante país. À boa maneira dos livros do Asterix, o Futebol Clube do Porto também tem o seu druida, Jorge Nuno de Lima Pinto da Costa. Pinto da Costa, amado por muitos e invejado e odiado por muitos mais, conseguiu reerguer um clube histórico, que tinha medo de atravessar a ponte D. Luiz, no mais titulado clube nacional, conhecido e respeitado um pouco por todo o Mundo. Mas Pinto da Costa fez mais, muito mais. Batendo o pé às tradicionais supremacia e presunção lisboetas, Pinto da Costa e o Futebol Clube do Porto provaram cabalmente que Portugal é mais do que a faixa de território compreendida entre as portagens de Alverca e a Costa de Caparica.
Quando Pinto da Costa espirra, Lisboa apanha uma pneumonia. Quando Pinto da Costa fala, Lisboa treme mais que em 1755 e quando Pinto da Costa conquista mais um campeonato enquanto presidente do Futebol Clube do Porto há um tsunami em Lisboa, que até a Luz manda abaixo. Assim sendo, quando Pinto da Costa adoece - sim, caros portistas, o homem não é imortal. Parece, eu sei, mas não é. Lamento. - é feriado em Lisboa. Desde sexta-feira, dia 15 de Novembro de 2013, data em que, numa euforia desmedida, Record e Correio da Manhã anunciaram o internamento de Pinto da Costa que temos assistido às mais variadas reacções de alegria muito mal contida. Pelas redes sociais, são inúmeros os comentários como, "Pode ser que seja desta" ou, "Já tenho o champanhe no frigorífico", e o "jornal" Record tem acrescentado novas actualizações a cada minuto, contradizendo-se constantemente. É compreensível. Para muitos, Pinto da Costa representa o bicho-papão que roubou o protagonismo a Lisboa. Sentem saudades do domínio artificial do desporto nacional, característico dos tempos da outra senhora. Sentem saudades dos Calabotes. Choram pelo controlo tripartido da Federação Portuguesa de Futebol, entre Benfica, Sporting e Belenenses. Anseiam voltar a dizer que Portugal é Lisboa e o resto é província, sem que ninguém lhes espete na cara que há um bando de aldeões provincianos que é muito melhor que eles e que ainda por cima o está constantemente a mostrar. Rezam para que o Benfica volte a dominar, para que o Sporting volte a ganhar qualquer coisa, para que o Belenenses volte a ser grande, já que hoje não é grande coisa, para que a CUF mude de nome pela enésima vez e volte à primeira divisão e para que o Barreirense volte a ser um clube de futebol. A verdade é que isso acabou. Se os Capitães de Abril foram responsáveis pela democratização do país, é da mais inteira justiça reconhecer Jorge Nuno de Lima Pinto da Costa como o libertador do futebol português. Pinto da Costa pode nem sempre ter usado os métodos mais correctos e adequados. Todos sabemos que é Papa, mas não é santo. Mas a grande verdade é que Pinto da Costa é decisivo para o futebol português e o tempo se encarregará de lhe dar valor. Desde que Pinto da Costa é presidente do Futebol Clube do Porto, a selecção nacional participou em 11 competições internacionais. Antes tinha participado numa. Depois de Pinto da Costa o futebol português conquistou sete provas internacionais de clubes. Antes tinha conquistado três, ou quatro, se tivermos bebido demais e considerarmos a Taça Latina. Antes de Pinto da Costa tínhamos dois ou três atletas a brilhar em campeonatos estrangeiros. Depois de Pinto da Costa, temos dezenas e dezenas, de Gomes a Ronaldo, de Rui Barros a Figo, de Paulo Futre a Nani, passando por Fernando Couto, Chalana, Vítor Baía, Rui Costa, Paulo Sousa, Ricardo Carvalho, Bosingwa, Paulo Ferreira, Deco, Pauleta ou Pepe.
Pinto da Costa é indubitavelmente o melhor dirigente da história do futebol mundial. E os melhores serão sempre invejados.
A equipa do Mística do Dragão deseja, ao seu Presidente, Jorge Nuno de Lima Pinto da Costa, rápidas melhoras neste momento difícil e, se possível, mais 30 anos de sucessos com ele ao leme do nosso querido Porto.

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1 comentários

  1. Caro João Ferreira,

    Isso que falou, inclusive a taça latina, aconteceu tudo antes do homem ir á lua. O mundo nunca mais foi o mesmo. E essa época ja lá vai....esse tempo ja não volta. Felizmente, e apesar da época que vivemos, a evolução, a era da informação, a tecnologia, faz com que esse tempo do mofo. Do partido único, do clube único, da religião única, não tenha mais lugar. A democracia a cores e ao vivo apesar de ter muitos problemas, é bem melhor que o tempo do mofo, o tempo antes do homem ir á lua.

    VIVA JORGE NUNO PINTO DA COSTA
    VIVA O FUTEBOL CLUBE DO PORTO
    Cumprimentos
    António Sa
    Portista de Lisboa

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