[Liga dos Campeões] 4ª Jornada: Zenit 1 - 1 FC Porto



É um claro sinal de que algo está mal quando uma equipa da dimensão do Futebol Clube do Porto é (praticamente) eliminada da UEFA Champions League por uma equipa claramente inferior e do nível do Zenit S. Petersbourg. Uma equipa que no Dragão foi dominado até ao cair do pano por uma equipa com menos um jogador, e que em sua casa entregou o jogo ao visitante na esperança de colocar um travão às suas tentativas de conseguir os três pontos. Uma equipa menor, com mentalidade de equipa pequena que mesmo assim vai conseguir terminar a fase de grupos da Champions League sem ter cedido uma derrota sequer contra o primeiro cabeça de série do grupo.

O Porto até entrou bem no jogo, com grande rotação, boas trocas de bolas, os sectores pareciam relativamente em sintonia e nem se notou (tanto) a grande indefinição de que vive o futebol do FC Porto actualmente. Com alguma naturalidade consegui-se o 1-0 e mesmo após se apanhar à frente do marcador a equipa conseguiu manter o controlo do jogo até que pela "enésima" vez na presente temporada a defesa e Helton meteram água concedendo do 1-1. Daí para a frente há pouca história para contar. Um FC Porto sem soluções, que na segunda parte foi completamente manietado pelas alterações efectuadas por Luciano Spaletti durante o intervalo e seguiram-se 45 minutos de agonia a ver uma equipa incapaz de construir uma jogada, segurar a posse de bola, criar oportunidades... Pelo meio Otamendi jogou a bola dentro da área ao que Helton respondeu com uma defesa a um penalty muito mal marcado por Hulk e Helton ainda foi chamado a intervir mais duas vezes para evitar o pior (se é que tal era possível...). Paulo Fonseca voltou a ser incapaz de mexer na equipa, quando o fez, fez tarde a más horas, e o treinador principal do FC Porto continua a transparecer a ideia que não percebe muito bem o que está a fazer, facto que se tem espelhado na falta de orientação dos jogadores dentro das quatro linhas.

Posto isto resta esperar que um milagre aconteça, ou seja, que o Zenit perca pontos com o Áustria de Viena e que esta equipa seja capaz de vencer em Madrid o Atlético e no Dragão o Áustria de Viena. Caso contrário exige-se que esta equipa encare a Liga Europa como um troféu a ganhar.
Seguem os (-) e (+) deste encontro:









  • Otamendi: A pior exibição de Otamendi de azul e branco pelo menos que me lembre. Tem vindo a ser hábitos os maus passes e más decisões, mas nunca de forma tão concentrada como no jogo de hoje. Facilitou, ofereceu e fez sofrer, talvez seja hora de de uma vez por todas passear um pouco pelo banco, não se percebe tamanha insistência.
  • Varela: Como é que um jogador de futebol profissional escorrega, falha recepções ou se esquece literalmente da bola, vezes sem conta em duas semanas consecutivas no momento da verdade? Como é que Varela continua a passar ao lado do jogo continua no 11? Como é que um jogador que faz consecutivamente exibições pobres continua a ser titular? Pois, talvez a falta de opções. 
  • O golo: Uma semana, dois jogos e 4 pontos cedidos (em competições diferentes). 4 pontos perdidos em resultado de grande displicência no processo defensivo. Um dos grandes pilares da equipa durante as duas temporadas passadas que hoje está irreconhecível. O que é feito do Alex Sandro que todos conhecíamos?
  • Paulo Fonseca: Aguardar pelos 75 minutos de jogo para realizar uma alteração na equipa quando o único resultado que interessava era a vitória? Ghilas a entrar numa altura do jogo em que a única coisa que consegue fazer é perder tempo de jogo. O meio campo deste Porto não existe e já toda a gente o percebeu menos Paulo Fonseca?? Mudar, inverter, reaproveitar, a verdade é que é preciso explorar alternativas e adaptar um pouco os jogadores  ao modelo adaptado e não o contrário.






  • Danilo: Contrasta com a actual equipa e contrasta com a forma dos restantes companheiros de equipa. Rápido a recuperar, forte a atacar, vai mostrando o leque de ferramentas de que dispões e cada mais convence quem o tanto criticou de que se calhar não é tão mau quanto o pinta, Dos mais incoformados, foi dos que mais tentou a procurar o rumo de jogo. Sozinho.... foi ineficaz.
  • Fernando: Na Europa tem tido mais liberdade e joga sempre mais sozinho atrás dos restantes médios do que normalmente. A diferença é logo notada e voltou a fazer uma grande exibição. Se o restante meio campo responde-se da mesma forma, muito possivelmente hoje o resultado teria sido outro.
  • Helton: Além do penalty defendido, ainda teve outra grande defesa durante o jogo que podia ter dado o segundo golo aos russos. Apesar de ter algumas culpas no golo também, a exibição dele foi positiva.

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