Relatório de Empréstimos - 29/04/15
Com pouco a dizer esta semana, temos no entanto três portugueses em destaque, por diferentes razões: Pedro Moreira, Tiago Rodrigues e Tozé. Pedro Moreira esteve no melhor e no pior no empate a uma bola com o V. Guimarães: fez a falta que deu um penalty e consequentemente o golo da equipa adversária, e em seguida assistiu para o golo do empate. O jogador já mostrou vontade de passar o seu último ano de contrato num novo empréstimo ao Rio Ave (ver aqui) e sejamos realistas: no FC Porto não terá lugar, portanto a cedência seja por empréstimo ou em definitivo é a solução, sendo que apenas é benéfica se o FC Porto não incorrer em encargos salariais.
Tiago Rodrigues é um caso diferente: ainda com 23 anos, poderá aspirar a pelo menos integrar a pré-época no FC Porto, e esta segunda metade da época no Nacional está a dar que falar: fez nesta jornada a 6ª assistência, já conta com 3 golos, continua a somar exibições acima da média e a mostrar grande maturidade no seu jogo. Daquilo que se tem visto nesta segunda metade da época, não é um jogador a descartar no imediato.
Também Tozé se destacou no jogo do Estoril-Marítimo e foi escolhido como melhor em campo* pela equipa da Sport TV. O médio emprestado pelo FC Porto continua a fazer grandes exibições, mesmo sem marcar ou assistir e é um jogador a ter debaixo de olho. Não fossem as dificuldades impostas pelas condições do empréstimo (ver aqui), que foi integrado na compra de Evandro, seria outra excelente aposta para a pré-época portista, especialmente quando se fala em necessidade de "prata da casa" nas linhas da frente do Dragão.
Na primeira mão da final do Paulistão, Kelvin ajudou a sua equipa a chegar mais perto do título e fez mais uns minutos, naquele que foi apenas o segundo jogo da época para ele. Esperemos que mais minutos se sigam no Brasileirão. Walter também se estreou pelo Atlético Paranaense na Copa do Brasil, a única em que pode jogar até ao começo do Brasileirão, mas com o pé esquerdo já que perderam com o modesto Tupi de Minas Gerais.
Nas paragens: Kléber e Rolando continuam lesionados, faz duas semanas e Opare que se lesionou a 19 de Março e parecia recuperado, teve uma recaída e voltou a não ser convocado. Mais uma prova que o problema não é só ser bom ou mau jogador: a condição física de Opare não deixa sequer espaço para avaliar o seu desempenho. Confiram o relatório completo e algumas imagens dos melhores momentos:
Assistência de Tiago Rodrigues:
Falta de Pedro Moreira:
Assistência de Pedro Moreira:
Direitos televisivos: a grande golpada continua
Foi notícia nos últimos dias que a Sporttv apresentou prejuízos na ordem dos 6,2 milhões de euros, em 2014, mais meio milhão do que em 2013. Ou seja, a empresa regista um prejuízo acumulado de cerca de 12 milhões de euros em dois anos. Estes resultados devem-se a dois factores. Por um lado, à péssima gestão de Joaquim Oliveira, que utilizou a Sporttv como banco para financiar os seus devaneios despesistas, tipo o investimento em jornais e estações de rádio, durante anos a fio. Por outro, a passagem dos direitos televisivos do Benfica para o canal do clube, numa operação que tem tanto, reconheça-se, de genial, como de pouco ética e vergonhosa.
De facto, o plano urdido por Vieira, Moniz, Soares Oliveira e restante comandita está a dar frutos. Com a saída do Benfica da Sporttv, a situação financeira do canal de Joaquim Oliveira agravou-se, correndo este um sério risco de falência. E se falir, há dezenas de clubes que irão perder uma essencial fonte de receita.
E essa é a linha orientadora de todo o plano benfiquista. Se os clubes perderem uma importante fonte de receita, irão a correr ter com quem os acuda. E quem é a entidade que fica na pole position para isso? Exacto, a BenficaTV. A única que neste momento, em Portugal, tem estrutura para isso. Se já é mau e injusto o Benfica ganhar dinheiro com os direitos televisivos dos outros, pior ainda é ficarmos a saber que o Benfica pode manietar clubes que precisam das receitas de televisão como do pão para a boca. O poder que isto dá ao Benfica, é mais forte do que os míticos lugares na Liga ou o colinho.
Infelizmente, à custa da incompetência e do benfiquismo de Mário Figueiredo, foi impossível avançar com a centralização dos direitos, porque não interessava ao Benfica. Não encaixava no plano de dominar o futebol português, não dentro do campo, com os melhores jogadores e a melhor equipa, mas fora dele, à custa de vigarices, cunhas mais ou menos leais, lobos maus, andores e jogos de bastidores.
Cabe ao Futebol Clube do Porto, juntamente com o Sporting, os principais prejudicados com este plano, fazerem cair a máscara a esta corja imunda. Principalmente ao Futebol Clube do Porto, uma vez que o Sporting continua entretido na habitual caça aos fantasmas...

E essa é a linha orientadora de todo o plano benfiquista. Se os clubes perderem uma importante fonte de receita, irão a correr ter com quem os acuda. E quem é a entidade que fica na pole position para isso? Exacto, a BenficaTV. A única que neste momento, em Portugal, tem estrutura para isso. Se já é mau e injusto o Benfica ganhar dinheiro com os direitos televisivos dos outros, pior ainda é ficarmos a saber que o Benfica pode manietar clubes que precisam das receitas de televisão como do pão para a boca. O poder que isto dá ao Benfica, é mais forte do que os míticos lugares na Liga ou o colinho.
Infelizmente, à custa da incompetência e do benfiquismo de Mário Figueiredo, foi impossível avançar com a centralização dos direitos, porque não interessava ao Benfica. Não encaixava no plano de dominar o futebol português, não dentro do campo, com os melhores jogadores e a melhor equipa, mas fora dele, à custa de vigarices, cunhas mais ou menos leais, lobos maus, andores e jogos de bastidores.
Cabe ao Futebol Clube do Porto, juntamente com o Sporting, os principais prejudicados com este plano, fazerem cair a máscara a esta corja imunda. Principalmente ao Futebol Clube do Porto, uma vez que o Sporting continua entretido na habitual caça aos fantasmas...
Relatório de Empréstimos - 22/04/15
O relatório desta semana, lançado exclusivamente à quarta-feira devido ao jogo de ontem, conta com algumas lesões, um regresso especial e os suspeitos do costume a brilhar. Comecemos pelo jogo do Estoril, que nos 2 golos que marcou teve intervenientes emprestados pelo FC Porto: Tozé e Kléber. Kléber marcou o primeiro num bom cabeceamento e teve um embate violento no defesa do V.Setúbal, saindo lesionado e Tozé assistiu de forma espetacular para o segundo, marcado pelo ex-Porto Sebá. Na 2ª Liga quem continua a surpreender é Célestin Djim, que marcou mais uma vez, depois de sair do banco e passando apenas 26 minutos em campo.
Djalma não jogou por ter levado o 4º amarelo, que dá suspensão na liga turca e Walter não pôde ser inscrito no Campeonato Paranaense por já estar a decorrer, só podendo jogar na Copa do Brasil e posteriormente no Brasileirão. Quiñones, Rolando e Opare estão lesionados e não jogaram esta semana.
Kelvin esteve em destaque pois fez os seus primeiros minutos no Palmeiras após ter sido emprestado em Janeiro. Foi alvo de uma lesão grave, mas parece recuperado e o treinador parece confiar nele, já que lhe deu o 6º pontapé da marca de grande penalidade, papel que Kelvin assumiu tranquilamente e fez o que lhe competia, sendo de destacar que o jogo foi frente ao Corinthians, rival do Palmeiras.
Vejam de seguida, todos os minutos ao pormenor no relatório completo e as imagens dos principais lances:
Golo de Kléber:
Assistência de Tozé:
Grande penalidade de Kelvin (13:00):
Arcos triunfais
Cerca de três semanas após o tão celebrado golo de Del Valle nos descontos diante do Benfica, era o Porto que se deslocava à cena do crime (quase) perfeito, sabendo que não havia grande margem de erro e que o Rio Ave dificilmente seria um adversário acessível, sobretudo sabendo que na cabeça dos jogadores o confronto frente ao Bayern da próxima quarta-feira estava já bem presente. A verdade é que desde o início da partida foi perceptível que Lopetegui tinha conseguido tirar de forma absoluta o foco do importante jogo europeu, até porque o campeonato não é de todo apenas uma miragem e os adeptos têm tornado claro que acreditam piamente na capacidade da equipa em igualar ou até mesmo transformar a nosso favor o confronto directo que neste momento é vantajoso para o Benfica. Apesar do receio que grande parte dos portistas levavam para este jogo, a equipa começou o encontro a todo o gás, com uma enorme vontade de chegar ao golo, não permitindo o mínimo dos espaços à equipa adversária, que durante a primeira parte apenas mostrou uma ténue reacção após o golo de Quaresma, mesmo não dispondo de nenhuma oportunidade flagrante, ao contrário do Porto que para além dos golos marcados dispôs de vários lances para levar para o balneário um resultado ainda mais dilatado. A segunda parte trouxe um jogo relativamente diferente, com a equipa a baixar no terreno e a iniciar a habitual gestão do resultado, e pese embora o golo dos vilacondenses e consequente pressão na procura do empate, o Porto foi sempre mais perigoso e acabou por confirmar a vitória com um importante golo de Hernâni, que começa assim a revelar-se com uma excelente alternativa nas faixas do ataque da equipa.
Começando a partir dos primeiros minutos da partida a exercer uma pressão intensa sobre o Rio Ave, tornou-se óbvia a intenção da equipa do Porto em encostar o adversário à sua linha defensiva, não
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(forte pressão do Porto condicionava o jogo dos vilacondenses) |
A entrada na segunda parte seguiu exactamente os mesmos registos da primeira, com o Porto perto de marcar logo no reatar do encontro, com Aboubakar a voltar a desperdiçar um lance aparentemente
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(Aboubakar; duas vezes isolado, duas vezes sem conseguir sequer o remate) |
A partir daí, a equipa assume um estilo de jogo baseado em transicções - com Lopetegui a introduzir e bem Hernâni no jogo -, com os azuis e brancos a recuarem bastante mais no terreno mas com os laterais a avançarem de forma contínua para a frente de ataque. Era indiscutível que o Porto continuava dono e senhor do encontro - sobretudo devido à quase heróica capacidade do meio-campo em dominar de forma absoluta o jogo interior adversário-, mas o recuar no terreno da equipa que não foi devidamente
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(impressionante a forma como o meio-campo do Porto rapidamente se recompunha, sempre com uma excelente pressão sobre o portador da bola) |
Por esta altura eram já vários os jogadores portistas que se ressentiam da intensidade e entrega que tinham mostrado até ao golo adversário, pelo que os elementos de Pedro Martins tentaram de forma bastante célere alcançar o golo do empate, mas mesmo com o coração nas mãos a nossa equipa não se partiu, e a entrada de Rúben Neves em campo ajudou a segurar um precioso triunfo que acabou reforçado num lance de contra-ataque, com Hernâni a concluir uma excelente jogada com mais um remate em arco, sem hipóteses para Ederson. A forma inteligente como o Porto pressionou a linha defensiva do Rio Ave após o golo sofrido, evitando que a bola chegasse rapidamente e pelo chão aos principais elementos desequilibradores dos vilacondenses foi também vital para garantir que o adversário não chegasse com critério a zonas do terreno próximas da nossa grande área.
No final, e apesar de alguns sobressaltos, o resultado peca por curto, pois a exibição que a equipa realizou merecia uma vantagem mais alargada.
A reter: considerando aquele que é o nosso próximo adversário, parece-me pertinente fazer uma análise a alguns aspectos isolados em que a equipa ou alguns elementos da mesma precisam de melhorar substancialmente de forma a que as próximas duas semanas não se decidam negativamente por pormenores que já deveriam estar interiorizados desde o início da época:
- Não me considerando o maior defensor de Herrera, é inegável a sua entrega ao jogo, a capacidade de pressão e a relativamente boa capacidade de passe que possui, mas é obrigatório que melhore neste último capítulo, especialmente quando circula a bola para a linha defensiva, pois tende a ser extremamente displicente, entregando várias vezes o esférico ao adversário em zonas do terreno absolutamente proibidas; por outro lado, seria interessante ver o mexicano a procurar o golo de uma forma mais eficiente. Sendo um jogador que chega de forma bastante simples à área adversária, consegue invariavelmente encontrar espaços para tentar o remate, mas raramente o faz, mesmo sabendo que a sua capacidade de finalizar é de forma relativamente consensual elogiada;
- A necessidade de evitar certos registos técnicos que tão raras vezes se apresentam com bons resultados é imperativa. Lances de calcanhar como os que vemos várias vezes com Casemiro, Herrera e Brahimi não podem existir, sobretudo considerando que a capacidade de equipas como Bayern e Benfica em aproveitar esse tipo de erros é infinitamente superior quando considerando equipas como o Estoril ou Rio Ave;
- Uma maior objectividade quando em zonas próximas da área adversária. Não raras vezes é possível vislumbrarmos Brahimi a recriar-se com a bola nos pés, até mesmo quando já se encontra dentro da grande área. Conseguir encontrar esses espaços é o mais difícil, portanto a importância está numa decisão mais célere na definição desses lances;
- Por fim, parece existir uma dificuldade clara na equipa do Porto em reagir a determinados lances no capítulo defensivo, sobretudo em jogadas de bola parada. A equipa raramente reage aquando de um cabeceamento do adversário, que quando é efectuado para um companheiro de equipa e não para a baliza acaba por permitir uma oportunidade flagrante, pois o jogador que recebe a bola acaba por ficar completamente isolado. Foi assim que sofremos o golo que nos eliminou da Taça da Liga, e por muito pouco ia sendo assim que sofríamos um golo do Rio Ave, ainda nos primeiros cinco minutos da segunda parte.
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(falta de reacção nas bolas paradas defensivas quase permite um golo ao Rio Ave) |