A pré-época foi um verdadeiro caos tranquilo. Tranquilo porque o Porto foi fazendo bons jogos e porque a equipa estava formada, mas um caos porque das novas contratações apenas um jogou: Kelvin.
O que valem ou que lugar vão ter na equipa Iturbe, Alex Sandro, Defour ou Mangala? Ninguém sabe, ninguém os viu. Já não há tempo para testes, e seja por causa dos sub-20, das lesões ou do mau timing de contratação, estes não calçaram a bota. De Djalma e Bracalli, não espero mais do que uma curta passagem a caminho de outro clube qualquer.
No meio disto tudo havia a saída que se adivinhava, Falcao, e as saídas que se previam, sobretudo Fernando e Rodriguez.
Falcao saiu a valor recorde e por mais 5 milhões o Ruben Micael carregou-lhe as malas e rumou ao Saragoça. Seja por guerras com o Jorge Medes, seja para passar a perna ao Nacional, seja por causa das questões financeiras do Saragoça, cada um que arranje a sua explicação mas é preciso um nível de adepto muito especial para não ter achado estranho a saída de um internacional Português por este valor. Ruben não valia 30 milhões, mas claramente valia mais do que 5.
Nisto chegamos à Supertaça Europeia, e a verdade é que Álvaro Pereira, Guarin, Fernando, Beto e Rodriguez ainda cá estavam, dos novos nem vê-los.Pessoalmente, interessava-me menos a taça do que fazer um brilharete face à mais poderosa equipa do mundo, mas de repente o lado esquerdo não era o que eu estava à espera. Rodriguez e Fucile eram os titulares, James e Pereira nem foram convocados… Dois dos melhores jogadores da última época ficaram de fora, a titular entrou alguém que ainda não tinha feito um único jogo na pré-época… porquê? Ninguém sabe...
Não fizemos má figura, não senhor, mas fica aquele amargo de boca de quem acha que tinha mais e melhor para mostrar. Não quero, não quero acreditar que Rodriguez foi colocado na equipa na esperança que um brilharete o levasse do Dragão, mas a verdade é que esta opção é até ver inexplicável para mim.
Eis-nos chegados à última semana de Agosto e vem o pressing final por Álvaro Pereira e Guarin. Tudo indicava que íamos perder mais duas peças-chave da equipa vencedora do ano passado. Dos 5 fora-de-série da equipa (Helton, Hulk, Falcao, Guarin e Pereira) íamos perder 3, e não sabíamos o valor dos novos. Pior, ameaçava ser por valores bastante abaixo da cláusula de rescisão. A meia-noite chegou e eles ficaram.
O que parecia indicar ser mais uma vez falhar a imposição das cláusulas de rescisão tornou-se uma posição de força que (e apesar de continuar a achar que se gastou demasiado dinheiro) demonstra a nossa capacidade negocial e transmite uma mensagem aos clubes mais ricos e aos empresários: Não estamos em saldos. Bravo!
Não fiquei contente com as contratações, ou melhor, não gostei do timing e do preço das mesmas, mas apesar disso acho que fechámos o mercado com nota positiva, e apesar de haver muitos que consideram que faz falta um ponta-de-lança, eu acho que não.
Faço parte dos que não acreditam que o Porto precisa de mais um avançado, e a verdade é que nem espaço para 2 tínhamos na lista para a liga dos campeões. Dito isto, não fiquei nada aborrecido por não ter vindo nenhuma contratação de última hora, até porque estas têm tendência a correr mal. Acredito no valor do Kléber, apesar de lhe notar uma enorme falta de maturidade, por vezes parece um puto, maravilhado com tudo o que está à sua volta e sempre a pedir desculpa quando falha algum movimento. Os golos em Leiria vêm em boa altura.
Agora é preciso arrumar a casa, recordar que ainda não jogamos com o onze mais forte e que ainda assim estamos a dar cartas. Que Álvaro Pereira só agora começou a jogar, que o Maicon não pode ser titular e recordar que temos jogadores como James e Bellushi, que parecem voltar ainda melhores do que na época passada. Fiquei maravilhado com a exibição do James, e com medo que para o ano já cá não esteja...
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