Pouco FC Porto para pouco Estoril



Sendo prático, foram mais três pontos na fase de grupos da Taça da Liga e ficamos a um ponto do apuramento, sendo que no próximo jogo recebemos o Vitória de Setúbal.

Mas numa noite fria, em que assistiram quinze mil adeptos, exigia-se mais ao FC Porto, num jogo que não deixa saudades tal a qualidade do futebol praticado. Aliás, haver no mesmo dia e à mesma hora um FC Porto - Estoril e um Real Madrid - Barça, torna ainda mais notória as diferenças de intensidade (a qualidade é por demais evidente) entre os jogadores das quatro equipas.

O FC Porto começou o jogo sem grandes alterações (ao contrário do que seria de esperar), Bracalli foi titular, trocou Rolando (castigado) por Mangala, deixou Fernando no banco e colocou Souza e no ataque colocou Varela, em virtude das exigências regulamentares da Taça da Liga que obriga a que joguem, no mínimo, dois jogadores formados localmente.

O Estoril, por sua vez, fez aquilo que lhe competia, tentou ao máximo "tapar" os caminhos para a sua baliza, fechando os flancos (principalmente o esquerdo) e povoando ao máximo a zona central, tentando não oferecer espaços "entre-linhas". O FC Porto, competia-lhe imprimir velocidade ao jogo e desequilíbrios através da maior valia dos seus jogadores, sendo que isso apenas acontecia a espaços e mais na 2ªparte quando o cansaço começou a imperar.

Mesmo assim, nos últimos minutos podíamos ter deitado tudo a perder, através de uma excelente oportunidade criada pelo Estoril, com Vítor Pereira a comentar da seguinte forma: "Se acontecesse, era futebol". Perdão????

Existe uma diferença clara e notória na qualidade de passe, na pressão ao adversário e na capacidade que tínhamos de criar oportunidades de golo entre a equipa dos últimos jogos antes da pausa de Inverno e os primeiros jogos de 2012. Claramente a rever...

NOTAS INDIVIDUAIS

Álvaro Pereira (+): quando pensava que mais uma vez iria ver Alex Sandro jogar, surge Álvaro, em virtude da lesão do seu parceiro, com o mesmo empenho e velocidade de sempre. Não sabe jogar mal nem devagar e, fiquei com aquela imagem na retina da primeira parte em que faz uma diagonal completa e tenta o cruzamento na extrema direita do relvado. Claramente uma mais valia...

Varela (+): Vale pelo golo e pela vontade que demonstrou mesmo quando as coisas não lhe estavam a sair, particularmente, bem. Esforçou-se e mereceu o belo golo que marcou de pé esquerdo, ficando na memória o lance sobre Vitor Moreno (passou a bola por cima do adversário).


Kléber (-): Lembro-me que quando Quaresma chegou ao Inter, vindo do FC Porto e estava a jogar mal, Mourinho numa conferencia de imprensa anunciou que, independentemente, do rendimento dele, iria ser titular nos próximo 3 jogos. Ora, era precisamente isto que, se fosse treinador do nosso clube, faria com o Kléber. Só depois de errar nuns quantos jogos e se libertar da pressão pode voltar a melhorar. Percebo os adeptos que o assobiam, mas relembro que nesta altura não temos mais nenhuma opção e o Kléber precisa de confiança. E só a vai ganhar, depois de mandar uns pontapés para a bancada...

Notas finais: não sei o que Sapunaru fez, mas quando nem para um jogo destes é convocado, algo de muito grave se terá passado. Volto a insistir, é uma pena ver Souza a "6", pois quem o conhecia antes de chegar, percebia claramente que aquela passada larga e cabeça levantada é de número 8 e não 6. Hoje voltou a perceber-se isso. Iturbe deveria e merecia jogar mais, principalmente nestes jogos, em que a pressão é praticamente nula. Merece mais oportunidades.


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