As asneiras de Lopetegui



O Porto empatou ontem, com o Estoril, ficando a um ponto e dois Paixões do primeiro lugar. O problema é que, mesmo sendo esses três pontos falsos, antes de podermos criticar a capacidade dos árbitros verem foras-de-jogo inexistentes, temos de olhar para nós próprios e para os nossos erros. E ontem, infelizmente, Lopetegui espalhou-se ao comprido. Montou mal a equipa e quando quis corrigir, ainda fez pior.

A equipa foi mal montada. Lopetegui, mesmo com condicionantes, inventou uma espécie de 4-2-4, criando um enorme vazio no meio-campo. Isto até poderia ser resolvido facilmente, uma vez que Herrera sai altamente favorecido neste esquema, onde as suas virtudes são evidenciadas e os seus defeitos são mascarados. Herrera dá-se bem com espaço para correr com a bola, metros para galgar e uma grande área para cobrir. É imensamente melhor a transportar do que a construir e, até Lopetegui voltar a inventar, na segunda, fez um belíssimo jogo. O problema é que, Casemiro, que tem subido de forma, é um jogador demasiado fixo e posicional para jogar num meio campo a dois e também tem carências ao nível da construção do jogo. Para mais, o segundo avançado, Adrián Lopez, esteve muito apagado.

E sobre Adrián Lopez, importa perceber o que se passa com ele. Um suplente muito utilizado pelo campeão espanhol e finalista vencido da Liga dos Campeões, dificilmente é mau jogador. Sucede que, por qualquer motivo, Adrián parece um peixe fora de água neste Porto. Não encaixa no modelo, não está minimamente entrosado com os colegas, não se destaca, nada. Importa perceber o que se passará com o atleta, que já provou ser imensamente melhor que isto.

Mas, regressando ao jogo, a produção do Porto subiu imenso no início da segunda parte, sufocando o Estoril, até que Lopetegui estragou tudo outra vez. Ao tirar Casemiro do campo, e nem é isso que está em causa, forçou o motor do meio-campo, Herrera, a ficar preso no lugar de trinco e perdeu-se a capacidade de transporte de bola e Quintero a jogar longe da área, a 8. E Aboubakar não entrou para fazer absolutamente nada. A partir daí, o Porto nunca mais foi perigoso, nunca mais foi sufocante e nunca mais ameaçou convenientemente a baliza do Estoril.

Loptegui tem perceber que, este ano, não há margem para erro. O Porto tem de ser altamente competente, para derrotar um Benfica que continua a ir de Mota à Capela rezar a Baptista, com muita Paixão. Este ano, só um enorme Porto será capaz de ser campeão, face às adversidades.

Por fim, uma nota para o Tozé. Para além de ser um crime o Porto não ter dado oportunidades  a sério a este rapaz, Tozé mostrou ontem ser de um profissionalismo impecável. Assumiu a marcação da grande penalidade, mesmo tendo uma grande ligação ao Porto.


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1 comentários

  1. Este jogo não foi exemplo... O FC Porto está a melhorar de semana para semana e as perspectivas no campeonato são boas. 3 pontos de diferença não são nada ;)

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