O sorteio dos árbitros, a solução possível e alguns rabos trilhados

Foi aprovado pela Assembleia-Geral da Liga de Clubes, na passada segunda-feira, o regresso do sorteio dos árbitros, numa proposta conjunta do Futebol Clube do Porto e do Sporting Clube de Portugal, que mereceu a aprovação por larga maioria dos associados da Liga. Não se conhecendo o sentido de voto de nenhum clube, fora os três grandes, que manifestaram publicamente a sua opinião, importa analisar as posições destes quanto ao sorteio e, também do outro agente desportivo que se manifestou, o presidente do Conselho de Arbitragem da FPF, Vítor Pereira.

Antes de mais, eu confesso, sou contra o sorteio, mas nas actuais circunstâncias, sou obrigado a ser a favor. Explico-me, eu sou a favor que, para cada jogo seja nomeado o árbitro mais adequado dentro dos que estão disponíveis. Num sorteio, tal nunca está garantido. Pode calhar, o melhor, o 2º melhor, second best.
o 3º melhor, etc. Mas é possível num sistema de nomeações, desde que quem nomeie seja sério, honesto, imparcial e competente. E se, quanto às primeiras, é desagradável tecer considerações sem qualquer prova, quanto à última ninguém com, vá, dois neurónios a funcionar poderá ter dúvidas da falta de competência de Vítor Pereira e seus pares. Estamos a falar de quem nomeou um árbitro que se safou da despromoção para um jogo entre o Vitória de Guimarães e o Porto, à data nos dois primeiros lugares da tabela, estamos a falar de quem nomeou Marco Ferreira para a final da Taça de Portugal, para o despromover dias depois e estamos a falar de quem passa por cima dos regulamentos da UEFA e nomeia internacionais sem experiência de primeira divisão, baseado no critério de sere mda Associação de Futebol de Lisboa. E como não parece possível trocar Vítor Pereira por alguém competente, até porque o presidente da FPF anda a gastar o seu tempo a apoiar candidatos à FIFA que nem a eleições chegam a ir, mais vale o sorteio. Como diria o famoso matemático John Nash, que deu origem ao filme "Uma Mente Brilhante", é uma solução

Mas, o mais curioso no meio disto tudo foi a reacção de Benfica e de Vítor Pereira a toda esta questão. Foram os únicos que se mostraram abertamente contra. Paulo Gonçalves, representante do Benfica na Assembleia-Geral da Liga, veio até falar numa aliança entre Porto e Sporting. Curiosamente, no ano passado era Bruno de Carvalho que falava numa aliança entre Benfica e Porto. Deve ser a poluição da Segunda Circular que está a afectar o cérebro daquela malta... Mas, o que fica é que quem é contra o sorteio é quem tão mal nomeou e quem mais beneficiou das nomeações. Será medo do colinho acabar?

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4 comentários

  1. O sorteio foi chumbado na FPF. Portugal seria o único pais da Europa que teria sorteio.

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    1. Não, não foi chumbado. O Conselho de Arbitragem é que se reuniu e decidiu opor-se. Mas só a Assembleia-Geral da FPF poderá decidir se aprova ou chumba.

      Tudo o resto são invenções do zerozero

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    2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. É a única solução tendo em conta a cambada de corruptos que estão no CA.

    A única solução possível nos dias de hoje, era o Pedro Proença ir para presidente do CA... talvez ai pudesse haver algum tipo de paz, pois mesmo este sendo Benfiquista assumido, no campo sempre se portou como um profissional e nada mais que isso.

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