A arte de jogar em dois campos (ou três!)
Já não é de hoje a discussão sobre as expulsões e suspensões que vêm beneficiando o Benfica na época 2014/2015. Até Rui Santos, no programa Tempo Extra, já mostrou a sua indignação face àquilo que ele chamou de "Campeão forjado". A história da última jornada é isso mesmo, história. Nada pode alterar os acontecimentos do Moreirense - Benfica, cujo MVP da equipa da Luz transformou um pontapé de baliza em canto, um insulto numa expulsão e um penalty numa falta ofensiva. Finda a jornada, o Benfica mantém 4 pontos de avanço sobre o segundo classificado.
Tempo Extra relativo à 22º jornada
No entanto, esses 4 pontos de avanço podem transformar-se numa distância bastante mais segura na jornada deste fim de semana. O Porto e o Sporting defrontam-se e a verdade é que o terceiro classificado já roubou pontos ao Benfica por duas vezes esta época e empatou com os Dragões na primeira volta do campeonato. Avizinha-se um jogo complicado para aquela que é a principal ameaça da equipa da Luz na revalidação do título de Campeão Nacional.
Talvez por isso a jornada 23 já esteja a ser preparada desde a jornada 22, em manobras de bastidores que são visíveis até para míopes. O Benfica recebe na Luz uma das boas equipas deste campeonato, que já esta época empatou com o Porto e segurou o Benfica a um empate - mesmo após ter estado a perder 0-2 com golos madrugadores - até se ter dado a nada surpreendente expulsão de um jogador canarinho. Mas, afinal, qual é a diferença entre o Estoril que recebeu o Porto e o Benfica e o Estoril que se vai deslocar à Luz? Existem duas diferenças. A primeira chama-se Rúben Fernandes e a segunda Yhoan Tavares. Estes dois nomes formam a dupla de centrais titulares do Estoril e foram os dois suspensos na última jornada, num jogo em que os Benfiquistas assistiram confortavelmente no sofá após a vitória "suada" em Moreira de Cónegos.
Como se não bastasse uma defesa completamente reformulada no jogo deste Sábado, a equipa do Estoril Praia vai ter ainda que jogar contra João Capela. O árbitro da AF de Lisboa é uma cara conhecida nos lados da Luz, não tivesse ele arbitrado o Sporting - Benfica à 26ª jornada da época
2012/2013.
Análise ao Sporting - Benfica de 12/13 no Tempo Extra.
Para relembrar o ponto de situação dessa época, na altura deste jogo, o Benfica levava 4 pontos de avanço sobre o segundo classificado, o FC Porto. Ainda na primeira parte, foram espoliados 2 penalties ao Sporting e perdoada uma expulsão ao Matic, tudo com o jogo ainda empatado. O Benfica conseguiu vencer por 0-2 e manter a distância de 4 pontos num fim de época que se previa difícil. Nas jornadas seguintes o Benfica teria que se deslocar à Madeira e ao Dragão e receber o Estoril Praia, antes do último jogo da época contra o Moreirense.
Voltando ao presente, parece-me sensato concluir que enquanto o segundo classificado terá pela frente um dos jogos mais complicados do que resta da época, a equipa da Luz irá tranquilamente defrontar um adversário desfalcado e esperar que não seja preciso o Capela "entrar em campo" para decidir o jogo. No entanto, se tal for necessário, já deu provas que consegue ser o elemento mais decisivo da equipa encarnada.
Assim vai a Liga Salazar
Retirado do jornal O Jogo de 25/0215 |
Sem muito mais para dizer sobre este assunto, o jornal O Jogo foi ouvir o que um ex-árbitro tinha para dizer acerca do
que se vai passando na cada vez mais na Liga Portuguesa. Pelo que se pode ler ele nunca viu nada assim, e esta nomeação do Capela para o jogo com o Estoril um atentado à verdade desportiva, pois só se trata do favorecer um clube.
Enquanto as virgens ofendidas da capital que lutam pela verdade desportiva (dizem eles) branqueiam estas situações,
há quem tente fazer perceber o que realmente se passa. Infelizmente as palas dos vermelhos são tão grandes e tão
largas que não parece ser fácil fazê-los sair daquela realidade onde tudo vai perfeito. Tudo vai perfeito porque
vão em primeiro, num campeonato onde o nível de corrupção não tem precedentes.
que se vai passando na cada vez mais na Liga Portuguesa. Pelo que se pode ler ele nunca viu nada assim, e esta nomeação do Capela para o jogo com o Estoril um atentado à verdade desportiva, pois só se trata do favorecer um clube.
Enquanto as virgens ofendidas da capital que lutam pela verdade desportiva (dizem eles) branqueiam estas situações,
há quem tente fazer perceber o que realmente se passa. Infelizmente as palas dos vermelhos são tão grandes e tão
largas que não parece ser fácil fazê-los sair daquela realidade onde tudo vai perfeito. Tudo vai perfeito porque
vão em primeiro, num campeonato onde o nível de corrupção não tem precedentes.
Imagem retirada do de uma página de facebook relativa ao programa "Tempo Extra" da SIC Noticias |
Imagem retirada do de uma página de facebook relativa ao programa "Tempo Extra" da SIC Noticias |
nem tenta esconder o que se passa. Nesta imagem do lado direito pode ver-se uma análise às expulsões aos adversários do benfica e ao benfica.
Para uma análise mais completa a este tema, fica o link para o texto da nova colaboradora do Mística do Dragão.
E para os mais distraídos aqui fica uma análise também do Rui Santos, àquela que seria a liga da verdade.
Aqui sim, podemos ver uma análise isenta e que espelha a realidade e não o branqueamento que se anda a ver na comunicação social da capital ao não divulgarem estas situações.
Em especial um blog que se deveria chamar 11 contra 10, como lhes foi sugerido por um dos autores do nosso blog. Podem ver um texto aqui onde eles mandam mais um bocadinho de areia para os olhos dos vermelhos.
Mas se não estivéssemos a ser prejudicados pela arbitragem como estamos a ser, teríamos mais 4 pontos e aquela que é a equipa que massacra teria menos 6 pontos.
Às vezes não basta ser sério, é preciso parecê-lo
Imagem obtida no FB do Lá em Casa Mando Eu |
O que se sabe é que Vítor Pereira resolveu meter mais lenha na fogueira, criar mais suspeições, numa altura em que era preferível estar quieto. Pressupondo que a visita foi inocente e bem intencionada, por exemplo, para explicar as regras do futebol aos atletas do Benfica que devem andar baralhados com tanta dualidade de critérios, e reconheça-se, torna-se complicado, nos dias que correm, acreditar nisso, não deveria Vítor Pereira ter-se resguardado e evitado mais diz-que-disse? Fica a questão.
A equipa que massacra
«Estávamos num período em que,
apesar de estar 1-1, já se esperava pelo 2-1 devido ao poder da equipa do
Benfica. Iríamos fazer um grande massacre na última meia hora.»
Estas são palavras ditas por Jorge Jesus, treinador do
Benfica, após a vitória em Moreira de Cónegos.
Vitória essa que apenas surgiu após a expulsão de um jogador da equipa casa. Como se não bastasse o cartão polémico – vermelho direto por palavras ao árbitro! -, o primeiro golo deste “grande massacre” surgiu de um pontapé de canto assinalado incorretamente. E talvez seja melhor não me alongar sobre o lance duvidoso na área da equipa massacrante já a jogar com mais um jogador em campo.
Vitória essa que apenas surgiu após a expulsão de um jogador da equipa casa. Como se não bastasse o cartão polémico – vermelho direto por palavras ao árbitro! -, o primeiro golo deste “grande massacre” surgiu de um pontapé de canto assinalado incorretamente. E talvez seja melhor não me alongar sobre o lance duvidoso na área da equipa massacrante já a jogar com mais um jogador em campo.
Como sabemos que o Benfica é uma equipa que em todos os
jogos faz “grandes massacres” contra 11 – tanto, que a expulsão do jogador do
Moreirense não serviu para nada -, achamos relevante procurar o número de vezes
em que o Benfica não precisou de uma expulsão – que o árbitro ainda assim
teimou em conceder – para massacrar a equipa adversária.
Começando pela Taça de Portugal. A equipa do massacre passou
3 jogos inteiros sem uma única expulsão. De louvar os massacres que que o
Sporting da Covilhã e o Moreirense sofreram. No entanto, o Benfica ficou-se por
3 jogos nesta competição, tendo perdido com o Sporting de Braga na Luz. Saldo
da Competição: 0 vermelhos.
Passando agora à Taça da Liga, podemos ver que o Benfica
massacrou completamente as 4 equipas que lhe apareceram pelo caminho. Massacrou à bruta. Venceu os 4 jogos e está na final da
competição à espera do oponente que sairá da meia final entre o Marítimo e o
Porto. Nesta competição o Benfica massacrou 3 vezes equipas que tinham apenas
10 jogadores. 3 vezes em 4 jogos. Além de tamanho massacre contra 10 há que
referir que em 2 destes jogos o clube da Luz ainda não se tinha adiantado no
marcador. Saldo da Competição: 75% de jogos a massacrar contra dez. 66,7% destas expulsões concedidas com o jogo
ainda empatado.
Segue-se a Liga Portuguesa, onde o Benfica vem massacrando
jogo após jogo e leva 4 pontos de avanço sobre uma equipa suficientemente boa
para passar aos oitavos de final da Champions, sem massacrar, mas a jogar
contra 11. A equipa da Luz massacrou, em 8 dos 22 jogos, adversários que jogavam
em desvantagem numérica. Saldo da Competição: 36,4% de jogos a massacrar
adversários reduzidos a dez. 50% das expulsões concedidas ainda com o jogo
empatado.
Saldo total em Portugal: 12 vermelhos em 29 jogos – o Benfica jogou 41,4% das vezes contra adversários em inferioridade numérica.
Fazendo a exata mesma estatística para o segundo
classificado, aquela equipa que está nos oitavos de final da Liga dos Campeões
mas que, por motivos que ninguém percebe, não consegue somar na Liga Portuguesa
tantos pontos como a equipa que massacra:
Taça de Portugal – 0 vezes a jogar contra 10
Taça da Liga – 0 vezes a jogar contra 10. E ainda um empate
em Braga a jogar com 9, contra 11.
Campeonato – 4 jogos a jogar contra 10, que dão um total de
18,2% dos jogos. De ressalvar que em 3 destes jogos o Porto já estava na frente
do marcador e no quarto, apesar de não estar, perdeu, não tendo o cartão
contribuído para ajudar a uma reviravolta.
Saldo total em Portugal: 4 vermelhos em 27 jogos - o Porto
jogou 14,8% das partidas contra adversários reduzidos a 10.
Notas finais: a equipa que massacra, apesar de não precisar, jogou 41,4% dos seus
jogos contra 10, não estando na frente do marcador em mais de metade dos jogos
aquando da expulsão. A equipa que passou aos oitavos da Champions, mas que,
aparentemente, não tem estofo para acompanhar a equipa que massacra, jogou
14,8% dos seus jogos contra adversários em inferioridade numérica, não tendo
nenhuma dessas expulsões beneficiado a equipa em qualquer ponto.
Contabilizando apenas o Campeonato, equipa que massacra
amealhou 21 dos seus 56 pontos a jogar contra 10 – 37,5% dos pontos -, enquanto
que a equipa que continua a jogar a meio da semana obteve 9 pontos a jogar
contra 10, um total de 17,3% dos pontos já somados.
Repito, 21 pontos contra 9 pontos. 41,4% de jogos em
superioridade numérica contra 14,8%.
Este post não foi baseado em opiniões, são factos.