SAD escondida com o rabo de fora
Na passada segunda-feira, no Porto Canal, no programa 45 Minutos à Porto, o comentador Bernardino Barros, a propósito da contestação ao treinador Julen Lopetegui, contou uma curiosa história do passado. Estávamos no início de 1999, por alturas do carnaval. O treinador, Fernando Santos, era contestado após ter feito fraca figura na fase de grupos da Liga dos Campeões, sendo
eliminado. O Porto estava longe de encantar e, numa eliminatória da Taça, calhou em sorte (ou em azar), um jogo em casa frente ao Torreense, da extinta Segunda Divisão B, depois de na eliminatória anterior termos necessitado de prolongamento para derrotar o Famalicão, do mesmo escalão. Surpresa das surpresas, o Torreense ganha nas Antas por 1-0, arruma connosco da Taça, e os portistas indignam-se, protestam e pedem a demissão do treinador.
Conta Bernardino Barros que, após o jogo, e junto ao estádio, se acotovelavam imensos portistas revoltados a protestar. Ao invés de lhes dar ouvidos, Pinto da Costa segurou o treinador, que acabou por ser campeão, ficando conhecido como Engenheiro do Penta. BB, usou esta história para defender a continuidade de Julen Lopetegui, opinião comum aos demais comentadores do Porto Canal, como Cândido Costa ou José Fernando Rio.
No entanto, BB revelou um pormenor muito interessante e elucidativo sobre as mudanças no Porto dessa época, para agora. Na altura, Fernando Santos não fugiu por nenhum túnel, os adeptos não foram mantidos à distância, enquanto se manifestavam, nenhum adepto entrou nas instalações do clube para falar com os responsáveis. Não, Fernando Santos saiu pela porta do costume, fez o caminho do costume, com uma diferença, teve Jorge Nuno Pinto da Costa ao seu lado. Pinto da Costa deu uma inequívoca prova de apoio ao treinador, deu a cara por ele, assumiu a responsabilidade por uma decisão. Naquela altura, os nossos dirigentes eram corajosos, davam a cara nos maus momentos e não abandonavam a equipa e o treinador.
Já hoje em dia, assiste-se ao inverso. Os principais dirigentes escondem-se. Pinto da Costa só tem falado após vitórias. Antero Henriques anda calado há uma série de anos, ele que é o CEO da SAD. Adelino Caldeira e Reinaldo Teles, idem. E Fernando Gomes só fala nas apresentações de contas.
Hoje, Lopetegui, e não só ele, como os antecessores Vítor Pereira e Jesualdo Ferreira são atirados às feras. Aguentaram os ataques dos rivais sozinhos, (aqui André Villas-Boas também está incluído), deram o corpo às balas atiradas pela pouco independente comunicação social lisboeta, defenderam os jogadores como puderam. Os dirigentes passaram a aparecer praticamente na altura de abrir o champagne para festejar.
O Porto mudou. Aburguesou-se. Perdeu-se grande parte do espírito guerreiro, da alma do Porto, de fazer das fraquezas forças, de meter medo e de não temer ninguém, de querer sempre ganhar. E se isso se verifica nas bancadas, com os energúmenos do assobio que querem ópera todos os dias, o exemplo vem de cima, de quem manda. E isso também tem de mudar. Se Lopetegui é o treinador que a SAD quer, a SAD tem que o mostrar. Tem de mostrar que está ao lado dele. Neste caso, o silêncio não é a melhor resposta, ao contrário do que dizia uma célebre tarja dos Super Dragões. Este silêncio é ensurdecedor.
Noutro âmbito, hoje há jogo. Caros assobiadores profissionais, recomendo-vos o consumo exagerador de pipocas e outros alimentos. Enquanto estão de boca cheia, não conseguem assobiar.
eliminado. O Porto estava longe de encantar e, numa eliminatória da Taça, calhou em sorte (ou em azar), um jogo em casa frente ao Torreense, da extinta Segunda Divisão B, depois de na eliminatória anterior termos necessitado de prolongamento para derrotar o Famalicão, do mesmo escalão. Surpresa das surpresas, o Torreense ganha nas Antas por 1-0, arruma connosco da Taça, e os portistas indignam-se, protestam e pedem a demissão do treinador.
Conta Bernardino Barros que, após o jogo, e junto ao estádio, se acotovelavam imensos portistas revoltados a protestar. Ao invés de lhes dar ouvidos, Pinto da Costa segurou o treinador, que acabou por ser campeão, ficando conhecido como Engenheiro do Penta. BB, usou esta história para defender a continuidade de Julen Lopetegui, opinião comum aos demais comentadores do Porto Canal, como Cândido Costa ou José Fernando Rio.
No entanto, BB revelou um pormenor muito interessante e elucidativo sobre as mudanças no Porto dessa época, para agora. Na altura, Fernando Santos não fugiu por nenhum túnel, os adeptos não foram mantidos à distância, enquanto se manifestavam, nenhum adepto entrou nas instalações do clube para falar com os responsáveis. Não, Fernando Santos saiu pela porta do costume, fez o caminho do costume, com uma diferença, teve Jorge Nuno Pinto da Costa ao seu lado. Pinto da Costa deu uma inequívoca prova de apoio ao treinador, deu a cara por ele, assumiu a responsabilidade por uma decisão. Naquela altura, os nossos dirigentes eram corajosos, davam a cara nos maus momentos e não abandonavam a equipa e o treinador.
Já hoje em dia, assiste-se ao inverso. Os principais dirigentes escondem-se. Pinto da Costa só tem falado após vitórias. Antero Henriques anda calado há uma série de anos, ele que é o CEO da SAD. Adelino Caldeira e Reinaldo Teles, idem. E Fernando Gomes só fala nas apresentações de contas.
Hoje, Lopetegui, e não só ele, como os antecessores Vítor Pereira e Jesualdo Ferreira são atirados às feras. Aguentaram os ataques dos rivais sozinhos, (aqui André Villas-Boas também está incluído), deram o corpo às balas atiradas pela pouco independente comunicação social lisboeta, defenderam os jogadores como puderam. Os dirigentes passaram a aparecer praticamente na altura de abrir o champagne para festejar.
Noutro âmbito, hoje há jogo. Caros assobiadores profissionais, recomendo-vos o consumo exagerador de pipocas e outros alimentos. Enquanto estão de boca cheia, não conseguem assobiar.
FC Porto, Liga Europa e André Villas-Boas
O sorteio realizado às 12h de hoje ditou-nos o adversário na Liga Europa, o Eintracht Frankfurt. Em teoria é uma equipa acessível para nós, mas na prática pode não se passar o mesmo.
Um FC Porto na sua melhor forma tem hipóteses com qualquer equipa. Veremos até lá como é que a equipa se comporta, veremos se abandonamos o duplo pivot de vez, e veremos se o nosso futebol recebe um acréscimo de qualidade. Um jogo e meio com a nossa habitual forma de jogar deixaram boas indicações, e esperemos que a teimosia do nosso treinador acabe e que se aposte finalmente num 4-3-3 puro.
Um FC Porto na sua melhor forma tem hipóteses com qualquer equipa. Veremos até lá como é que a equipa se comporta, veremos se abandonamos o duplo pivot de vez, e veremos se o nosso futebol recebe um acréscimo de qualidade. Um jogo e meio com a nossa habitual forma de jogar deixaram boas indicações, e esperemos que a teimosia do nosso treinador acabe e que se aposte finalmente num 4-3-3 puro.
Dados do Eintracht Frankfurt
Na Liga
15º classificado com 14 pontos
4º pior da ataque e 4ª pior defesa
Em casa: 0 vitorias, 3 empates, 4 derrotas
Fora: 3 vitorias, 2 empates, 4 derrotas
Na Liga Europa
1º classificado na fase de grupos com 15 pontos
Melhor ataque e melhor defesa
Em casa: 3 vitorias, 0 empates, 0 derrotas
Fora: 2 vitorias, 0 empates, 1 derrota
Parecem duas equipas diferentes mas não são. Teremos de estar concentrados e focados em ganhar para podermos passar esta eliminatória.
AVB
AVB
Em terras de sua majestade, chega a noticia do despedimento de André Villas-Boas. Depois de alguns maus resultados, a direcção do Tottenham perdeu a paciência com o treinador e acertou a sua rescisão. Agora qual é a relação com o FC Porto ? Toda e mais algum. AVB vai ser constantemente associado ao FC Porto, rumores do despedimento de Paulo Fonseca vão ser o pão nosso de cada dia da nossa comunicação social. Pessoalmente, gostava e não gostava que AVB regressasse. Tem a capacidade de incutir a mística que precisamos, tem uma capacidade motivacional fora do normal e está em perfeita sintonia com o nosso presidente, que o tem em boa conta. Mas, nem tudo é positivo. O insucesso fora do FC Porto nao abona nada a seu favor. Há enumeras versões para a saída de AVB do FC Porto, desde a caça à Libra até à impossibilidade de recusar 15 milhões por um treinador. Não acredito muito no seu regresso, mas é sempre uma possibilidade. Veremos o que acontece.
Temos uma votação aberta para saber se és a favor ou contra o regresso do André Villas-Boas no lado esquerdo do blog, não te esqueças de votar e deixar a tua opinião.
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