Época nova, vícios antigos

O Futebol Clube do Porto iniciou hoje a preparação para a nova temporada. Este texto, e ao contrário do que seria expectável, não se debruçará sobre a equipa principal, mas sim sobre a equipa B. Discretamente, sem qualquer anúncio formal, surgiram no primeiro dia 3 reforços para a equipa
liderada por Luís Castro. Um jovem vindo da Académica, António Xavier, cuja contratação já era falada há alguns meses e dois miúdos brasileiros, Danilo e Galeno, provenientes de um clube da terceira divisão do Brasil, o Grémio Anápolis.

Estes dois brasileiros são mais dois a juntar a uma imensidão de jovens vindos do país-irmão, e que, invariavelmente, passam com pouco relevo na nossa equipa B. De entre alguns com um mínimo destaque, casos de Sebá, Dellatorre ou Rodrigo (o primeiro a ficar mais do que uma temporada), há outros dos quais a maioria dos adeptos nunca terá ouvido falar ou já nem se lembra que existem, casos de Victor Luís, Diogo Mateus, Enrick Santos e os dois Andersons, fora os que passaram umas férias na equipa junior. O que é evidente é que esta política não tem tido resultados. Nenhum dos jogadores contratados nestas condições tem mostrado talento para um dia ser jogador da equipa principal e alguns deles nem para jogar na equipa B têm mostrado capacidades.

Não conheço os dois atletas agora contratados. Espero que sejam dois craques. Seria sinal que se tinha, finalmente, acertado. À 10ª tentativa, já não era sem tempo.

Por fim, convém verificar que tipo de clube é o Grémio Anápolis. É um clube recente, da terceira divisão brasileira, que tem sido um viveiro de jogadores para vários clubes brasileiros. Curiosamente, o dono do clube chama-se António Teixeira. Esse mesmo, o empresário que aconselhou o Porto a renovar com o atleta André Silva e ganhou uma fortuna com isso.