O prejuízo da (falta de) vergonha
A SAD do Futebol Clube do Porto apresentou hoje as contas da época 2015/16. Estas destacam-se por um prejuízo nunca antes visto de 58 milhões. E por prejuízo nunca antes visto, falo de algo que nunca ocorreu no futebol português. Sim, nem Godinho Lopes conseguiu fazer tão mal e mesmo assim foi escorraçado do lugar que ocupava.
E quando o Porto apresenta umas contas piores que as da direcção de Godinho Lopes, só podemos estar a falar de insanidade, irresponsabilidade, inconsciência. E isto para não apelidar esta gestão de danosa.
Vamos a factos, um prejuízo de 58 milhões é mau. Um prejuízo de 58 numa sociedade que, decorrente da sua actividade normal apenas teve rendimentos de 76 milhões, é péssimo. Significa que a actividade normal do clube é extremamente deficitária e, nem sequer chega para cobrir os custos da sua actividade normal, de cerca de 124 milhões de euros. E ainda faltam aqui juros, impostos, etc. Em qualquer sociedade normal, este números seriam suficientes para a empresa entrar em bancarrota e para haver demissões dos responsáveis. No Futebol Clube do Porto, assobia-se para o lado e diz-se que o prejuízo foi calculado. Agora, tentem ler isto sem se rirem: "a SAD do Porto apresentou um prejuízo maior do que aqueles apresentados pelo Sporting de Godinho Lopes e ainda diz que o fez de propósito". Impossível, não é?
Mas todos nós sabíamos da extraordinária dependência das mais-valias. Todos sabíamos do fair-play financeiro, que não foi cumprido. Os administradores da SAD, têm a obrigação de o saber melhor que nós. Sabendo disto, a SAD optou por investir 75 milhões de euros em passes de atletas (comissões incluídas). Das duas uma, ou os administradores são burros, ou fazem de propósito. Impossível é justificar isto.
Mas há mais, os salários continuam a aumentar. Os gastos com o pessoal ascenderam a 75 milhões de euros. Isto significa que cada ponto conquistado no campeonato custou mais de um milhão de euros. Fabuloso. Depois, somos surpreendidos com negócios com o São Paulo. Se já sabíamos que havíamos vendido Maicon, ficamos a saber que o negócio se fez por 12 milhões de euros. Também sabíamos que, no negócio, havia sido incluído Inácio, um jovem defesa esquerdo, que, segundo o relatório & contas custou 3 milhões por 50% do passe. Se não efetuámos mais nenhum negócio com o São Paulo e na época anterior não devíamos um tostão ao clube brasileiro, como é que devemos 6 milhões?
Enfim, João Pinto disse um dia que "estava à beira do precipício e tomou a decisão correta, dando um passo em frente". Já os administradores da SAD, talvez inspirados pelo regresso do Dragon Ball, estavam à beira do precipício e resolveram saltar, talvez esperando que aparecesse a nuvem mágica. Não apareceu, mas eles acham que sim. Brevemente deve haver uma Assembleia-Geral para votar as contas e o orçamento do clube. Está na altura dos sócios se fazerem ouvir.
E quando o Porto apresenta umas contas piores que as da direcção de Godinho Lopes, só podemos estar a falar de insanidade, irresponsabilidade, inconsciência. E isto para não apelidar esta gestão de danosa.
Vamos a factos, um prejuízo de 58 milhões é mau. Um prejuízo de 58 numa sociedade que, decorrente da sua actividade normal apenas teve rendimentos de 76 milhões, é péssimo. Significa que a actividade normal do clube é extremamente deficitária e, nem sequer chega para cobrir os custos da sua actividade normal, de cerca de 124 milhões de euros. E ainda faltam aqui juros, impostos, etc. Em qualquer sociedade normal, este números seriam suficientes para a empresa entrar em bancarrota e para haver demissões dos responsáveis. No Futebol Clube do Porto, assobia-se para o lado e diz-se que o prejuízo foi calculado. Agora, tentem ler isto sem se rirem: "a SAD do Porto apresentou um prejuízo maior do que aqueles apresentados pelo Sporting de Godinho Lopes e ainda diz que o fez de propósito". Impossível, não é?
Mas todos nós sabíamos da extraordinária dependência das mais-valias. Todos sabíamos do fair-play financeiro, que não foi cumprido. Os administradores da SAD, têm a obrigação de o saber melhor que nós. Sabendo disto, a SAD optou por investir 75 milhões de euros em passes de atletas (comissões incluídas). Das duas uma, ou os administradores são burros, ou fazem de propósito. Impossível é justificar isto.
Mas há mais, os salários continuam a aumentar. Os gastos com o pessoal ascenderam a 75 milhões de euros. Isto significa que cada ponto conquistado no campeonato custou mais de um milhão de euros. Fabuloso. Depois, somos surpreendidos com negócios com o São Paulo. Se já sabíamos que havíamos vendido Maicon, ficamos a saber que o negócio se fez por 12 milhões de euros. Também sabíamos que, no negócio, havia sido incluído Inácio, um jovem defesa esquerdo, que, segundo o relatório & contas custou 3 milhões por 50% do passe. Se não efetuámos mais nenhum negócio com o São Paulo e na época anterior não devíamos um tostão ao clube brasileiro, como é que devemos 6 milhões?
Enfim, João Pinto disse um dia que "estava à beira do precipício e tomou a decisão correta, dando um passo em frente". Já os administradores da SAD, talvez inspirados pelo regresso do Dragon Ball, estavam à beira do precipício e resolveram saltar, talvez esperando que aparecesse a nuvem mágica. Não apareceu, mas eles acham que sim. Brevemente deve haver uma Assembleia-Geral para votar as contas e o orçamento do clube. Está na altura dos sócios se fazerem ouvir.