Do Rui Rio não somos amigos

É a notícia extra-futebol que marca o dia azul-e-branco. A Sic Notícias tinha alugado o Pavilhão Dragão Caixa para realizar um evento, em parceria com a Caixa Geral de Depósitos, detentora dos naming rights do nosso pavilhão. Nesse evento, decorreria uma edição do programa Quadratura do Círculo, para a qual Rui Rio foi convidado para substituir um dos comentadores residentes. O Futebol Clube do Porto, sabendo da participação do ex-presidente da Câmara Municipal do Porto, fez questão de fazer saber aos organizadores que Rui Rio seria impedido de entrar nas instalações do clube.

Até aqui, tudo bem. Eu concordo. Na minha casa, só entra quem eu quero, quem eu estimo e quem me quer bem. Na minha casa mando eu, assim como na casa do Futebol Clube do Porto manda o Futebol Clube do Porto. Rui Rio, como sabemos, é persona non grata no Dragão. Rio provocou uma guerra (pouco) santa ao Futebol Clube do Porto. Fez de tudo para parar as obras de construção do estádio do Dragão, ignorou e desprezou o clube, uma das maiores bandeiras da cidade do Porto no mundo. E, acima de tudo, acabou com uma belíssima tradição, ao fechar a varanda da Câmara ao Futebol Clube do Porto, aquando da comemoração dos muitos títulos conquistados, desviando várias festas daquele que é o salão de festas por excelência da cidade, a Avenida dos Aliados, para o Estádio do Dragão. A abertura da varanda nada tinha que ver com promiscuidades entre futebol e política, nem obrigava o presidente do município a estar presente. Era apenas uma tradição bonita, que permitia que os jogadores fossem vistos pela multidão e recebessem a ovação merecida.

Resumindo, muito antes do Porto fechar a porta a Rui Rio, já Rui Rio a tinha fechado ao Porto. Quem manda no clube tomou uma excelente decisão, uma decisão que mostra um Porto de cabeça erguida, coluna direita e com boa memória. Pena que tudo isso tenha sido posto em causa quando Vítor Serpa foi convidado para a gala dos Dragões de Ouro, há duas semanas atrás.

Relatório de Empréstimos - 02/12/15


Quase um mês após o último relatório, voltamos a relatar as principais ocorrências dos últimos tempos dos emprestados do FC Porto. Tivemos paragem para jogos internacionais, jogos para taças internas, ligas europeias e obviamente os jogos para as ligas de cada país.

  • Internacionais: Ricardo Pereira, Diego Reyes e Quintero foram os jogadores emprestados pelo FC Porto que foram convocados para as seleções principais dos seus países, sendo que apenas os dois primeiros somaram minutos. Nas seleções jovens, Kayembe e Gonçalo Paciência foram os convocados (S-21), tendo Gonçalo assinado no mesmo jogo 1 golo e 1 assistência e fazendo um jogo soberbo (como podemos ver no vídeo abaixo).
  • Golos: Gonçalo Paciência volta a ter destaque neste campo, tendo se estreado a marcar para a Liga NOS com um golo "à ponta de lança". Também Sami se estreou a marcar na 1ª Liga Turca, com uma boa jogada e uma ajuda do guarda redes adversário. Tiago Rodrigues estreou-se a marcar pelo Marítimo, na Taça da Liga, marcando dois golos no mesmo jogo.
  • Assistências: Hernâni produziu a sua primeira assistência no Olympiakos, ficando assim aquém das espetativas para a época, apesar dos reduzidos minutos que lhe são dados. Quem também se estreou nas assistências foi Otávio, que apenas agora começa a ser uma peça influente na equipa principal do V.Guimarães, tendo ainda pouco tempo de jogo.
  • Melhores em Campo: Gonçalo Paciência foi considerado o melhor em campo nos 2 jogos que efetuou pela Académica: um para a Taça de Portugal (em que saiu do banco) e um para a Liga NOS. Nos dois jogos foi o jogador mais inconformado e atrevido, tendo ainda marcado um golo. Também Tiago Rodrigues foi considerado o melhor em campo no jogo da Taça da Liga, tendo feito dois golos e fazendo mexer o meio campo do Marítimo como o vimos fazer o ano passado ao serviço do Nacional. Otávio foi a surpresa do jogo que opôs Boavista e V.Guimarães, tendo entrado ao intervalo para pôr ordem no meio campo e ditar o ritmo de jogo. Fez a assistência para o primeiro golo e foi o principal responsável pelo caudal ofensivo da 2ª parte do V.Guimarães, que levou à reviravolta no jogo.
  • Guarda-Redes: Andrés Fernández assinou a primeira "Clean Sheet" da época, ao não sofrer qualquer golo frente ao Athletic Bilbao. Também Ricardo Nunes voltou a não sofrer golos no V.Setúbal, sendo no entanto a 5ª vez que o faz esta época. Por fim Fabiano, que apenas joga para a Liga Europa, fez o 2º jogo sem sofrer golos da época frente ao Molde.
  • Outras Ocorrências: Fidelis no jogo em que regressava de suspensão devido aos cartões amarelos, entrou para substituir um jogador lesionado aos 20 minutos de jogo e 14 minutos depois era expulso com vermelho direto. Apesar da regularidade no seu futebol, o jovem aparenta não ter grande controlo disciplinar, ficando novamente suspenso. Abdoulaye parece ter regressado da sua lesão (desde 25/10) e já senta no banco de suplentes, assim como Licá (desde 29/10) que foi titular frente ao Boavista. Também Fabiano regressou da lesão (desde 05/11) para jogar a titular na Liga Europa.


Golo de Sami (2:10):

Assistência e Golo de Gonçalo Paciência na Seleção (0:27 e 1:16):

Golo de Gonçalo Paciência frente ao Arouca:

Golos de Tiago Rodrigues:




Assistência de Hernâni (1:29):

Assistência de Otávio:

Expulsão de Fidelis (45:10):


ABola e o FC Porto: tão amigos que eles estão

Historicamente, não a relação entre o jornal ABola e o Futebol Clube do Porto não é famosa. E não o é porque, como é mais ou menos público, ABola tem, ao longo dos anos, assumido a pele de jornal semi-oficial do Benfica.

Qualquer portista, do mais novo ao mais idoso sabe, perfeitamente, que não pode confiar no jornal ABola, fruto do seu enorme facciosismo, da sua falta de isenção, dos seus editoriais escritos a vermelho-vivo, da sua falta de decoro.

Nós, os portistas, não nos esquecemos que houve jornalistas de ABola a participar em reuniões de direcção do Benfica. Não nos esquecemos que foi ABola que deu destaque às pretensas agressões a Rui Gomes da Silva. Sabemos que foi ABola que deu a manchete ao papagaio João Gabriel para ele dizer que determinado campeonato conquistado pelo Porto tinha sido "um tributo dos árbitros". Todos nos recordamos que foi um jornalista de ABolaTV que ficou em estado de choque e amuado após uma vitória do nosso andebol na Luz no último segundo da partida. Está bem presente na nossa memória uma capa de ABola a dizer que o Porto não precisava de ser ajudado pelos árbitros após uma justíssima derrota do Benfica em Braga, na época em que fomos treinados por André Villas-Boas. E muito mais poderíamos escrever...

Isto devia ser claro e óbvio para qualquer portista minimamente informado sobre o clube e o que o rodeia. Pena que pareça estar esquecido pela Direcção do Futebol Clube do Porto, que convidou o director do referido jornal, o benfiquista que nem coragem para se assumir como tal tem, disfarçando-se de belenense, Vítor Serpa, para a gala dos Dragões de Ouro. Convenhamos, qualquer jornalista de ABola devia ser considerado persona non-grata no Dragão. Devia, no mais escrupuloso respeito pelas leis, ser impedido de entrar no Dragão. Mas não, é tudo feito ao contrário do que seria expectável e, ABola, na pessoa do seu director, ainda é recebida pomposamente numa gala que deveria ser de, e para portistas.

 Apenas apetece perguntar, onde andas tu e o que te fizeram, meu Porto?