Uma máquina de propaganda bem oleada
Há coisas que todos os dias ainda espantam na comunicação social portuguesa, mas certamente que a máquina de propaganda do Benfica, certamente que não é uma delas.
Estes são alguns exemplos do que se foi fazendo nos últimos a propósito da primeira internacionalização do novo melhor do mundo, segundo quase todos os benfiquistas que por aí andam.
Estes são alguns exemplos do que se foi fazendo nos últimos a propósito da primeira internacionalização do novo melhor do mundo, segundo quase todos os benfiquistas que por aí andam.
Estas imagens são das capas do dia de ontem de dois pasquins da Cofina, Record e CM.
Isto está nas capas de hoje do jornal A Bola e do Record.
Isto não está em lado nenhum na comunicação social, mas é possível ver que o "menino" que foi abraçar o Renato Super Star é atleta do clube de Carnide, mas será tudo uma coincidência certamente.
Tudo isto ajuda a provar como é fácil o clube de Carnide ter estas estrelas, com a ajuda e impulso dado pela comunicação social de Lisboa.
Contudo, a alguma qualidade do Renato não está em causa, é um jovem com talento e que trabalhado poderá vir a ser um bom médio. Mas obviamente que não é o que fazem dele.
E muito do jogador que é, passa pela impunidade que leva dentro de campo no nosso campeonato, especialmente ao jogadores do benfica.
Isto está nas capas de hoje do jornal A Bola e do Record.
Isto não está em lado nenhum na comunicação social, mas é possível ver que o "menino" que foi abraçar o Renato Super Star é atleta do clube de Carnide, mas será tudo uma coincidência certamente.
Tudo isto ajuda a provar como é fácil o clube de Carnide ter estas estrelas, com a ajuda e impulso dado pela comunicação social de Lisboa.
Contudo, a alguma qualidade do Renato não está em causa, é um jovem com talento e que trabalhado poderá vir a ser um bom médio. Mas obviamente que não é o que fazem dele.
E muito do jogador que é, passa pela impunidade que leva dentro de campo no nosso campeonato, especialmente ao jogadores do benfica.
Equipa B: uma análise crítica
A equipa B do Futebol Clube do Porto encaminha-se rapidamente, neste seu regresso, para o final do seu quarto ano de existência. Ao fim de quatro anos é importante fazer-se uma breve análise à equipa B, por vários motivos, que se elencarão de seguida.
Em primeiro lugar, ao final de quatro anos, a equipa B já não é um "bebé". Já houve tempo mais que suficiente para que os erros típicos dos novos projectos fossem corrigidos e para se perceber o caminho a seguir.
Depois, porque, no seu principal objectivo, a equipa B tem sido um quase total fiasco. Não me interpretem mal, eu fico feliz por ver os nossos "meninos" a liderar a 2ª Liga e a brilhar em jogos internacionais como a Premier League International Cup. Mas ganhar títulos não pode ser, nunca, o principal desígnio de uma equipa B. Esse tem de ser a formação de atletas que alimentem a equipa A e/ou gerem mais-valias financeiras para o clube. E aí, temos falhado redondamente. Em quase quatro anos de equipa B, apenas um atleta conquistou o seu lugar no principal plantel, Sérgio Oliveira que, ainda assim, teve de sair do clube, jogar dois anos no Paços de Ferreira e mostrar valor que justificasse o seu regresso. Todas os outros atletas que actuaram pela equipa A, fizeram-no em jogos menores, como desafios para as taças da Liga e de Portugal (neste caso contra equipas de escalões secundários), ou por não haver ninguém na equipa A para fazer o lugar. São os casos de Tozé, Kayembe, Quiñonez, Chidozie, André Silva, Gonçalo Paciência e, ainda no fim-de-semana passado, Francisco Ramos. O Futebol Clube do Porto é, de longe, a equipa que pior tem aproveitado a sua equipa B. Benfica e Sporting já fizeram muitos milhões com atletas que passaram pela equipa B e têm titulares da equipa A que por lá passaram, casos de Renato Sanches ou João Mário. O Vitória de Guimarães já ganhou milhões com Paulo
Oliveira, Hernâni, Ricardo Pereira ou Bernard e é o clube que mais recorre aos seus jovens, tendo vários a actuar na primeira equipa. E até o Braga já aproveitou a equipa B para reforçar o plantel principal com atletas como Bolly, Mauro ou Vukcevic. O Porto não. Falando de cor, sem recorrer a estatísticas, o Porto ainda só rentabilizou Seri, de quem manteve uma percentagem do passe quando o cedeu gratuitamente ao Paços, que posteriormente o vendeu para o estrangeiro.
Vem isto a propósito de, neste momento, o Porto ter nos seus quadros um conjunto alargadíssimo de atletas com um trajecto significativo na equipa B, que clamam por uma oportunidade na principal equipa e que mesmo que não a tenham, têm já demasiada qualidade para actuar na Segunda Liga. Dos emprestados Igor Lichnovsky, Raul Gudiño, Rafa, Leandro Silva, Gonçalo Paciência e Ivo Rodrigues, aos B, Francisco Ramos, Victor Garcia, João Graça, André Silva ou Chidozie, para não falar de Gleison ou Ismael Diaz, cujos passes não nos pertencem, e correndo o risco de me esquecer de alguém, há demasiada qualidade para não poder ser deitada ao lixo. É essencial que o Porto olhe para os seus meninos, e aposte neles. Têm qualidade, são baratos e podem dar muito à equipa A e, sendo certo que nem todos poderão ser aproveitados ao mesmo tempo, é impossível que numa dúzia de atletas de tanta qualidade não haja nenhum a ter uma oportunidade.
Se tal não acontecer, mais vale acabar com a equipa B, que deixará de ser um projecto de formação de atletas, para continuar a ser um sorvedouro de recursos do clube. Recordemo-nos que entre salários e contratações, muitas delas desnecessárias, o Porto B já nos custou muito milhões. Atletas como Quiñonez, Caballero e Kayembe foram tudo menos baratos. Os atletas brasileiros entram e saem a ritmo alucinante, muitos deles sem sequer se saber. Quantos portistas conhecem Diogo Mateus, Victor Luís, Enrick Santos ou Anderson Oliveira?
Os meninos já provaram todo o seu talento. Luís Castro pouco mais pode fazer para além de continuar a inventar defesas semana a semana. Tem a palavra a SAD. Esperemos que esta, desta vez acerte.
Em primeiro lugar, ao final de quatro anos, a equipa B já não é um "bebé". Já houve tempo mais que suficiente para que os erros típicos dos novos projectos fossem corrigidos e para se perceber o caminho a seguir.
André Silva |
Oliveira, Hernâni, Ricardo Pereira ou Bernard e é o clube que mais recorre aos seus jovens, tendo vários a actuar na primeira equipa. E até o Braga já aproveitou a equipa B para reforçar o plantel principal com atletas como Bolly, Mauro ou Vukcevic. O Porto não. Falando de cor, sem recorrer a estatísticas, o Porto ainda só rentabilizou Seri, de quem manteve uma percentagem do passe quando o cedeu gratuitamente ao Paços, que posteriormente o vendeu para o estrangeiro.
Vem isto a propósito de, neste momento, o Porto ter nos seus quadros um conjunto alargadíssimo de atletas com um trajecto significativo na equipa B, que clamam por uma oportunidade na principal equipa e que mesmo que não a tenham, têm já demasiada qualidade para actuar na Segunda Liga. Dos emprestados Igor Lichnovsky, Raul Gudiño, Rafa, Leandro Silva, Gonçalo Paciência e Ivo Rodrigues, aos B, Francisco Ramos, Victor Garcia, João Graça, André Silva ou Chidozie, para não falar de Gleison ou Ismael Diaz, cujos passes não nos pertencem, e correndo o risco de me esquecer de alguém, há demasiada qualidade para não poder ser deitada ao lixo. É essencial que o Porto olhe para os seus meninos, e aposte neles. Têm qualidade, são baratos e podem dar muito à equipa A e, sendo certo que nem todos poderão ser aproveitados ao mesmo tempo, é impossível que numa dúzia de atletas de tanta qualidade não haja nenhum a ter uma oportunidade.
Se tal não acontecer, mais vale acabar com a equipa B, que deixará de ser um projecto de formação de atletas, para continuar a ser um sorvedouro de recursos do clube. Recordemo-nos que entre salários e contratações, muitas delas desnecessárias, o Porto B já nos custou muito milhões. Atletas como Quiñonez, Caballero e Kayembe foram tudo menos baratos. Os atletas brasileiros entram e saem a ritmo alucinante, muitos deles sem sequer se saber. Quantos portistas conhecem Diogo Mateus, Victor Luís, Enrick Santos ou Anderson Oliveira?
Os meninos já provaram todo o seu talento. Luís Castro pouco mais pode fazer para além de continuar a inventar defesas semana a semana. Tem a palavra a SAD. Esperemos que esta, desta vez acerte.
Antero, o promovido
Recentemente, e de surpresa, Antero Henrique foi promovido a administrador da SAD. Antero, que entrou no Futebol Clube do Porto com um cargo "menor", foi subindo os vários degraus na hierarquia da gestão portista, tendo chegado a director-geral da SAD e a vice-presidente do Porto, tendencialmente devido à sua extrema competência, até chegar, há dias, a administrador da SAD. Num clube onde grassam os compadrios, os tachos, os favores e onde se conseguem cargos e rendimentos à custa do parentesco, sejam filhos e filhas, irmãos, genros e ex-cunhados, esta promoção tinha tudo para ser uma excelente notícia, provando que a meritocracia existe no Porto e que o clube reconhece o valor, o talento e a capacidade dos seus - a propósito, onde anda o prometido jogo de homenagem a Vítor Baía, anunciado há praticamente uma década?
Mas não, esta promoção de Antero Henrique não é uma boa notícia, porque Antero não vem demonstrando a competência necessária como homem-forte do futebol portista para merecer um cargo de superior importância. Nas últimas três épocas, o Porto ganhou apenas uma Supertaça e tem hipóteses reais de ganhar apenas mais uma Taça de Portugal. Quando o Porto, que esbanja dinheiro como nunca, sem conseguir ter um plantel sem lacunas e quando não se ganham títulos, o homem-forte do futebol não pode ter feito um bom trabalho, que lhe valha, para mais, uma promoção a administrador. Não dá. É impossível. É vergonhoso. Ultrapassa todos os limites da decência. Promover alguém que foi claramente incompetente no exercício das suas funções vai contra todos os bons princípios da gestão e é um desrespeito para com os portistas.
Mas há mais. Antero Henrique não foi só incompetente na gestão do futebol, na constituição dos vários planteis e nos gastos respeitantes a estes. Foi também incompetente na gestão dos activos do clube. Alguém com a pasta do futebol, e com um mínimo de competência, não necessitaria de recorrer a um irmão de um administrador da SAD, para convencer um jovem portista, Rúben Neves, à data menor de idade e formado no clube, a renovar contrato, gastando nessa brincadeira mais 400 mil euros e abdicando de 5% do passe do atleta. Também é incompetente na defesa dos interesses do clube. A voz de Antero não se ouve há anos. Enquanto isso, episódios como o de Braga, no último domingo continuarão a repetir-se. Citando Pedroto, que ao contrário de outros nasceu portista, "enquanto fomos bons rapazes fomos sempre comidos".
É evidente que Antero não será o único culpado. Os agora seus colegas da administração também têm muita culpa. Mas, que se saiba, nenhum deles foi premiado pela sua incompetência. Esta promoção é mais uma prova de que o Porto é um regime fechado, opaco, com tiques ditatoriais, onde a crítica não é aceite e existe uma guarda pretoriana remunerada em bilhetes e que está pronta para silenciar quem ouse erguer a sua usando o lema "Canelas até ao pescoço".
Urge que os portistas acordem e se unam. Vêm aí eleições, que mesmo representando apenas o cumprimento de uma formalidade, requerem uma forte participação dos sócios. Uma percentagem significativa de votos em branco provocarão ruído e mostrarão a quem se quer candidatar e tem, legitimamente, medo de fazer, que tem condições para avançar.
Mas não, esta promoção de Antero Henrique não é uma boa notícia, porque Antero não vem demonstrando a competência necessária como homem-forte do futebol portista para merecer um cargo de superior importância. Nas últimas três épocas, o Porto ganhou apenas uma Supertaça e tem hipóteses reais de ganhar apenas mais uma Taça de Portugal. Quando o Porto, que esbanja dinheiro como nunca, sem conseguir ter um plantel sem lacunas e quando não se ganham títulos, o homem-forte do futebol não pode ter feito um bom trabalho, que lhe valha, para mais, uma promoção a administrador. Não dá. É impossível. É vergonhoso. Ultrapassa todos os limites da decência. Promover alguém que foi claramente incompetente no exercício das suas funções vai contra todos os bons princípios da gestão e é um desrespeito para com os portistas.
Mas há mais. Antero Henrique não foi só incompetente na gestão do futebol, na constituição dos vários planteis e nos gastos respeitantes a estes. Foi também incompetente na gestão dos activos do clube. Alguém com a pasta do futebol, e com um mínimo de competência, não necessitaria de recorrer a um irmão de um administrador da SAD, para convencer um jovem portista, Rúben Neves, à data menor de idade e formado no clube, a renovar contrato, gastando nessa brincadeira mais 400 mil euros e abdicando de 5% do passe do atleta. Também é incompetente na defesa dos interesses do clube. A voz de Antero não se ouve há anos. Enquanto isso, episódios como o de Braga, no último domingo continuarão a repetir-se. Citando Pedroto, que ao contrário de outros nasceu portista, "enquanto fomos bons rapazes fomos sempre comidos".
É evidente que Antero não será o único culpado. Os agora seus colegas da administração também têm muita culpa. Mas, que se saiba, nenhum deles foi premiado pela sua incompetência. Esta promoção é mais uma prova de que o Porto é um regime fechado, opaco, com tiques ditatoriais, onde a crítica não é aceite e existe uma guarda pretoriana remunerada em bilhetes e que está pronta para silenciar quem ouse erguer a sua usando o lema "Canelas até ao pescoço".
Urge que os portistas acordem e se unam. Vêm aí eleições, que mesmo representando apenas o cumprimento de uma formalidade, requerem uma forte participação dos sócios. Uma percentagem significativa de votos em branco provocarão ruído e mostrarão a quem se quer candidatar e tem, legitimamente, medo de fazer, que tem condições para avançar.