E o cunhado foi… Melgarejo

Nesta semana já ouvi/li para cima de 20 vezes a palavra cunhado. Queriam tanto poder ter uma ponta de discussão sobre um possível favorecimento que o marcador acabou por ser aberto por um atleta que pertence ao… Benfica. Há coisas engraçadas não há?!

A exibição foi razoável. No entanto, o domínio foi absoluto. Tivémos 68% de posse de bola, 27 remates (apenas 6 à baliza!).

Muito tempo do jogo foi realizado no meio-campo do Paços de Ferreira. E nas poucas vezes que o Paços foi à frente não conseguiu criar grandes oportunidades.

Ao Porto, faltou a tal mudança de velocidade no último terço que falavamos anteriormente e faltou maior presença na área, houve cruzamentos sem ninguém da equipa no interior da área...

Vítor Pereira foi tão criticado pelas suas substituições que neste momento dá-se ao luxo de colocar James, Guarín, Moutinho e Kléber no banco e colocá-los a jogar na 2ª parte. E não é que tem funcionado bem.



Notas Individuais:

Mangala – Já andava a magicar se este rapaz não merecia ganhar o estatuto de titular, com o jogo de hoje penso que Otamendi vai ter dificulades em entrar no 11 regularmente… E ficamos nós com uma dupla de centrais interessante.

Sapunaru – muito esforço, dedicação em todos os lances e alguns cortes providenciais. Não fez exibição de sonho, mas foi uma boa prestação mesmo no período do jogo em que a equipa não esteve ao seu melhor nível.

Kléber – Estava Walter em campo e estava eu a pensar, Kléber hoje já tinha marcado 1 ou 2… Kléber entrou e desde logo veio a ideia que o segundo golo teria grande probabilidade de ser o futuro (?) internacional brasileiro. Pena que tenha tido uma atitude menos digna contra Josué, viu um amarelo e em rigor não seria absurdo ver outra cor.

Moutinho – quando Pinto da Costa disse à uns tempos que o jogador do Sporting João Moutinho era um jogador à Porto fiquei muito renitente. Mas o nosso presidente, tal como sempre, tinha a razão do seu lado. Mereceu ouvir em bom tom o seu cântico cantado pelos adeptos enquanto o jogo decorria.

Fernando – oscilou em demasia entre a boa qualidade que lhe caracteriza e o mau. Na média das situações acaba por não ser uma exibição negativa, mas significativamente abaixo do que este jogador costuma ser.

Walter – é esforçado, sabe ler os lances e aparecer na zona de finalização, sabe jogar para a equipa. Mas é… pesado, não vale a pena estar a fugir a esta situação, para este jogador fazer uma rotação (ou translação) demora muuuito tempo, para fazer uma aproximação à bola demora muito tempo. Enquanto não estiver na melhor “forma” não vejo em que é que pode superar o Kléber.

Hulk – Exibição negativa em campo. Saída negativa pelo facto de ter ido directamente para o balneário. Vá lá que na zona de entrevistas rápidas soube ser prudente e não disse nenhuma asneira (apesar de se ter notado que não estava lá muito satisfeito).

25 golos marcados. 5 golos sofridos. 7 vitórias. 2 empates.

Será que amanhã teremos alguma surpresa? Será difícil….

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1 comentários

  1. Tanta intranquilidade, porquê? Vocês são bons!

    Seguindo a velha máxima do futebol, em equipa que ganha, não se mexe, Vítor Pereira começou o jogo com a equipa que tinha goleado o Nacional, embora nesse jogo, os números finais não significassem uma grande qualidade exibicional. No jogo desta noite e na primeira-parte, a qualidade exibicional da equipa portista manteve-se abaixo do mínimos exigíveis e os 30.318 espectadores que foram ao Dragão viram um Porto trapalhão, nervoso, complicativo na defesa, em particular pelo seu lado direito, Sapunaru e Rolando, lento e pouco imaginativo no meio-campo, com Fernando a ter dois erros que fizeram lembrar alguns da parte final da época anterior e sem ataque - Varela e Walter fizeram pouco e Hulk não fez nada.

    Nem o golo, melhor, o auto-golo que colocou o Campeão em vantagem, animou a plateia do belíssimo anfiteatro portista e assistimos, primeiro, a poucos festejos, depois e logo a seguir, os assobios a mostrarem o descontentamento por 45 minutos muito fraquinhos.
    Tudo ou quase tudo mudou na etapa complementar, muito por mérito de Vítor Pereira. O treinador portista deixou Defour nas cabines e meteu Moutinho; aos 56 minutos tirou Walter, entrando Kléber; e aos 59 tirou Hulk, com James a ocupar o seu lugar. Se as melhorias começaram por ser algumas, mas não significativas, depois da saída do Incrível, tudo foi diferente. Moutinho empunhou a batuta, Belluschi foi subindo, Fernando nunca mais inventou e assim a equipa arrancou, não para Ópera, mas para uma musiquinha já bem agradável. Também porque James jogou mais e mais simples que o Nº12 e Kléber mexeu-se mais que o Bigorna/Maciço. E assim, com o F.C.Porto em crescendo, alicerçado num futebol mais rápido e de mais posse, o segundo golo apareceu com naturalidade, por Kléber e João Moutinho, a coroar uns belos 45 minutos, fechou a contagem, terminando o jogo com público e equipa de pazes feitas.

    Resumindo:
    Porquê tanta nervoseira, tanta intranquilidade, tanta precipitação e uma equipa a jogar sobre brasas? Vocês são bons, que diabo! Provaram-no claramente na segunda-parte, em particular nos últimos 30 minutos, em que fizeram coisas muito bonitas, acabaram em força e tornaram o resultado, também nos números, justo.
    Confiança, muita confiança, é meio caminho andado para que se juntem às vitórias, outra qualidade exibicional.

    Notas finais:
    Houve jogadores que melhorarm muito da primeira para a segunda-parte, dois, porém, estiveram sempre mal: Hulk que foi bem substituído e a quem dedicarei um capítulo à parte e Sapunaru que ficou em campo a fazer asneiras atrás de asneiras. Perdas de bola em zonas perigosas, lento a recuperar, mal colocado a defender, sem tempo de entrada, desconcentrado, foi quase sempre batido e quase sempre recorrendo à falta, o lateral romeno, foi um desastre. Espero que se jogar na terça-feira não cometa um quinto dos erros desta noite, caso contrário vamos ter problemas acrescidos...
    Hoje, sim, gostei muito de Alvaro, já com muita corda, a desequilibrar e a dar profundidade pela esquerda. Mangala pegou de estaca. Só falta saber quem, no futuro, vai ser o seu parceiro no centro da defesa...

    Capítulo Hulk:
    O Incrível, esta noite, foi irritante e pouco inteligemente. Abusou das jogadas individuais, forçando, quando as coisas não lhe estavam a sair bem. Ora, quando as coisas não estão a sair bem, deve-se descomplicar, jogar simples, não insistir nas mesmas jogadas, jogar mais colectivamnete e menos individualmente. Hulk fez tudo ao contrário e foi bem substituído. Mas se dentro do campo esteve mal, fora dele Hulk esteve cinco estrelas, matando à nascença qualquer foco de polémica, que os ciosos jornalistas logo procuraram.
    Hulk é grande jogador, importantíssimo para o F.C.Porto e repito, foi bem substituído, mas temos de ter memória e os assobios de que foi vítima, eram escusados.

    Abraço

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