Numa altura em que, no nosso país, as notícias são única e exclusivamente sobre a crise e o Euro 2012, veio a público mais um Coelho dizer algumas inverdades. Já nos bastavam as intervenções de credibilidade um tanto ou quanto duvidosa do nosso Primeiro Ministro, temos agora que ouvir justificações nada plausíveis do ex-selecionador Humberto Coelho.
Na semana que antecede o primeiro jogo da nossa seleção no Campeonato da Europa, vieram a público informações relativas aos gastos com a estadia em terras polacas. Pois bem. Portugal é, de todas as equipas presentes no torneio, aquela que mais despesas tem. Diariamente, saem nos nossos cofres cerca de 33.000€, o equivalente a 70 salários mínimos nacionais.
Fartos de serem (cito) "menosprezados e maltratados pela imprensa nacional", alguém do enoooorme staff da Federação sentiu necessidade de vir a público tentar justificar de alguma maneira esses valores nada adequados à situação do País.
Humberto Coelho (ninguém sabe o que faz realmente na federação) referiu que tudo o que a seleção gastar durante o Euro 2012 vem da UEFA. Mentira! Tudo o que a seleção gastar durante o Euro 2012 vem do Estado Português. A UEFA paga, sim, à Federação Portuguesa de Futebol devido ao facto da nossa seleção se ter qualificado para o Campeonato da Europa, mas esse valor não sai da Federação.
O Estado Português, ou seja, nós contribuintes é que temos que sustentar as vedetas (de anúncios e publicidade).
Em suma, não vale a pena tapar o sol com uma peneira porque a realidade dos factos está à vista: a Federação Portuguesa de Futebol recebe e não paga. O Estado paga e não recebe.
Oxalá façam boa figura para diminuir os estragos...
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Mentira! Os custos da estadia são suportados pela UEFA e pelos SPONSORES! O Estado português não mete um tusto!
ResponderExcluirÉ isso tudo apenas vontade de dizer mal do vice-diretor para as Selecções?
Sr. Manuel. Obrigado por ter lido e comentado no blog.
ResponderExcluirNo que à notícia diz respeito, sei que o que escrevi é, de fonte segura, verdade. Tenho uma pessoa conhecida que pertence aos quadros da Federação Portuguesa de Futebol que me desmentiu as declarações do tal vice-diretor. Calculo que concorde comigo quando digo que a palavra de um familiar vale mais do que a de um estranho.
Mas não se pode agradar a gregos e a troianos....
Rui:
ResponderExcluirA Federação não é um organismo do Estado, portanto o Estado não paga nem tem de pagar as contas da Federação.
O Coelho escamoteia o facto de a UEFA apenas pagar a presença da selecção na fase final Euro, convenientemente "esquecendo" que foi preciso pagar todas as despesas da fase de qualificação.
Jose:
ResponderExcluirTodas as despesas/gastos que a seleção tem são consideradas de "Utilidade Pública". Portanto, o Estado Português é que as suporta.
Senão, como é que a Federação tinha dinheiro para pagar ordenados principescos aos selecionadores?
Rui:
ResponderExcluir1- A Federação ganha dinheiro a partir de várias fontes, sendo a principal a receita obtida com a participação da selecção em jogos particulares e torneios organizados pela FIFA e UEFA.
2- Estás a fazer uma enorme confusão entre a atribuição pelo Governo da designação de Utilidade Pública à entidade FPF e as despesas particulares desta.
Nos termos da lei, consideram-se pessoas colectivas de utilidade pública as associações ou fundações que
prossigam fins de interesse geral ou da comunidade nacional ou de qualquer região ou circunscrição,
cooperando com a Administração Central ou a Administração Local, em termos de merecerem da parte
desta administração a declaração de «utilidade pública».
Estas entidades beneficiam de algumas isenções fiscais, como isenção de imposto do selo, Imposto Municipal sobre Imóveis, Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis, Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas, Imposto sobre Veículos, Imposto de Circulação, Imposto Automóvel, Custas judiciais, e outras regalias.
Mas essas entidades, associações ou fundações, não pertencem ao Estado, portanto este não tem nada que suportar as despesas daquelas.
A título de exemplo, o Futebol Clube do Porto é uma Instituição de Utilidade Pública, e o Rui bem sabe que o Estado não suporta nenhumas despesas do clube.
No site oficial do Futebol Clube do Porto, na página http://www.fcporto.pt/Clube/Historial/MovimentoAssociativo/movimento_associativo.asp pode ler o seguinte:
ResponderExcluirFutebol Clube do Porto
Fundado em 28 de Setembro de 1893
Instituição de Utilidade Pública
etc.
Já viu alguma vez o Estado português pagar as despesas do FC Porto enquanto Instituição de Utilidade Pública? Pois não.