Foi a ritmo de treino o primeiro jogo do ano no Estádio do Dragão.
Um jogo que tardou a desbloquear mas que se sabia que caso acontecesse, o resultado não ia ser curto e foi o que acabou por se verificar.
Ao intervalo o jogo estava 2-0, golos de Varela e Defour. Dois dos melhores do primeiro tempo, um porque impôs o ritmo na sua ala e o outro porque não facilitou nas tarefas defensivas. O facto de ter tido pouco trabalho nesse aspecto, visto que o Atlético poucas iniciativas criava, permitiu ao Defour subir no campo nas alturas certas e contribuir para o caudal ofensivo que se verificou nessa fase do jogo.
Na segunda parte o festival de golos acumulou-se e foram marcados mais quatro. A equipa pareceu moldar-se de forma diferente e mostrou mais uma vez ao nosso teimoso treinador que sem duplo pivot funcionamos melhor.
Defesa: Não teve grande trabalho, mas também não complicou. Gostei do Reyes e sobretudo do Ricardo, ataca bem, afinal de contas é extremo de origem, mas tem sabe defender... teremos um Bosingwa em potência ali?
Defour: Esteve bem no plano defensivo, onde não complicou, e atacou bem. Já não foi o primeiro jogo onde provou que a jogar sozinho atrás também consegue segurar bem o jogo e a equipa
Extremos: Varela sempre em bom ritmo, marcou dois golos, não foi trapalhão, mas também a defesa adversária não lhe criou grandes problemas e o guarda-redes do Atlético ajudou. Já o Kelvin é notório que tem de jogar mais vezes. Um golo, uma assistência. É um jogador que não tem medo do "um para um", é um jogador dos que se chamam "brinca na areia" mas que faz falta. Um jogador que consiga criar espaços para cruzar, que consiga chatear os defesas, que consiga isolar os colegas, que anima as bancadas mesmo quando perde a bola, só porque o fez a tentar "partir" os rins ao adversário, é fundamental na equipa.
Jackson: Sempre incansável, não desistiu de um lance e só foi pena que o lance do auto-golo não tenha tido a sua intervenção, já que no estádio fiquei com a sensação que ele tinha encostado com o calcanhar.
Substituições: Mais uma vez não consegui perceber aquela troca dos laterais e acho
que ninguém percebeu, só o treinador. Isto era algo que ainda se podia
explicar se houvesse outro jogo a meio da semana mas isso não vai
acontecer. Não fez sentido queimar assim uma substituição. Outra coisa
que também me incomoda é o ritmo dos dois brasileiros quando jogam com
equipas de nível inferior: só atingem o ritmo baixo e variam-no com o
baixinho. Isto noutros tempos dava chatice mas como agora as vedetas
só jogam quando querem, não se pode fazer nada.
Josué: Mais uma vez faltou calma no passe e na distribuição do jogo. Assim não fica fácil o "nosso guerreiro" jogar muitas vezes apesar de achar que é mais um jogador à Porto e que tem de ter as oportunidades dele. Valeu-lhe, no jogo, o livre que deu origem ao golo do Otamendi.
Ghilas: Se nem a jogar sem pressão e a jogar mais do que os habituais cinco minutos contra uma equipa da segunda liga faz um bom trabalho, não fica fácil e dá para perceber porque não joga muito mais tempo. Comecem a dar mais tempo aos meninos da formação.
Adeptos: Pouco mais de 20.000 pessoas no estádio, com bilhetes a 2€ e a 5€. Mesmo que a equipa adversária não fosse a melhor, mesmo que a nossa equipa não esteja na melhor das formas, parece-me que o Porto merecia mais do que isto. Mas se calhar isto sou só eu a achar.
P.S.: Grande vitória no Dragão Caixa dos Homens do Hóquei frente aos leõezinhos. 11-2. Gostei de ver lá o grande presidente bruninho Valentão, sempre com as suas equipas (obviamente que ele não estava lá, asssim como não estava nenhum adepto daquele clube da 2ª circular). Mas entretanto já foi para a TV chorar mais um bocadinho, fica sempre bem não quebrar a imagem de calimeros.
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