Assim não vamos ao Tetra


O Porto perdeu, na Madeira, frente ao Marítimo por 1-0. Derrota justa, direi, de uma equipa sem ideias, desgarrada e inofensiva.

O campeão nacional entrou em campo de forma absolutamente desinspirada, sem sequer conseguir passar do meio-campo. O golo do Marítimo, de penalty, surgiu, pois, naturalmente e, até ao intervalo o Porto não foi capaz de incomodar a baliza defendida por Salin.

Na segunda parte, mesmo criando mais algum perigo e, tendo tido a possibilidade de marcar, a exibição foi muito fraca na mesma. De facto, a equipa portista nunca conseguiu libertar-se das amarras que impõe a si própria, consequência do já tristemente célebre duplo-pivot.

Paulo Fonseca continua a ser fiel aos seus princípios. Mantém a sua aposta nos dois médios defensivos, a actuar lado a lado, um esquema que qualquer treinador de bancada já percebeu que não funciona numa equipa que luta por títulos e que precisa de carregar sobre os adversários. O duplo pivot torna a equipa incapaz de penetrar nas defesas fechadas que 95% das equipas que jogam contra o Porto apresentam. Mas Paulo Fonseca continua a teimar neste esquema. Não muda, não admite que erra e continua a arrastar o Porto para um buraco de onde parece, cada vez mais, não haver saída. A culpa não será só dele, e ele pouca responsabilidade terá por ter um plantel desequilibrado e com poucas soluções, mas Paulo Fonseca insiste num sistema que está mais que provado que não funciona e nunca funcionará.








  • Danilo a atacar. Danilo é o único atleta do Porto que ainda consegue mostrar alguma coisa. É o nosso atleta mais perigoso e joga a lateral. Sintomático.
  • Helton: Fez uma grande defesa hoje e impediu que viéssemos da Madeira com um resultado ainda mais humilhante.
  • A ilha Jackson: Sozinho, completamente sozinho. Vem buscar a bola, passa ou cruza e depois ainda tenta ir às segundas bolas. Tenta agarrar o jogo quando lhe bombeiam bolas, espera por passes que nunca chegam e por cruzamentos que passam muito ao lado. Não fosse ele um extraordinário avançado e estávamos neste momento muito mais perdidos do que o que estamos.







  • Danilo a defender. Um penalty escusado e uma distração que ia custando o segundo golo perto do fim. Cada vez mais prova que não é lateral, mas sim médio.
  • Maicon. Desconcentrado, nervoso. Tem de aproveitar melhor a oportunidade que as péssimas exibições de Otamendi lhe deram, ou corre o risco de, rapidamente perder o lugar para Reyes ou para o regressado Abdoulaye.
  • Quaresma. Desinspirado, voltou a cair nos mesmos erros que o impediram de ser um dos melhores jogadores do Mundo, a vontade de fazer tudo sozinho e uma capacidade de tomar as melhores decisões sofrível. Parece ter medo de abordar os lances, ter medo de "meter o pé" e parece fugir do confronto físico... resquícios da lesão ou sinal de algo pior?
António Tavares Teles citava há momentos Paulo de Carvalho na RTP Informação para dizer o que achava do Porto de Paulo Fonseca: "A equipa é metade à balda e o resto à sorte". Parece que todos vemos isto excepto a nossa direção. Até quando?

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1 comentários

  1. Caramba! Finalmente!
    Haja alguém que também afirme que Danilo não é NEM NUNCA SERÁ defesa direito! Ele não sabe defender. Quantos lances já se viu que ele em vez de cortar, faz falta, e em vez de pressionar, fica a olhar.
    Mas no ataque a coisa muda de figura, é um jogador com passe, drible e até remate. Ele devia ser aposta no meio campo ofensivo.
    O problema é a falta de laterais direitos.

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