Foi um teste simples, no entanto ultrapassado com algumas dificuldades. Uma boa primeira parte com especial enfoque para os primeiros 30 minutos, e uma segunda parte com duas partes, AQ e DQ, ou seja Antes de Quintero e Depois de Quintero. A equipa pareceu dar ouvidos ao apelo do seu novo treinador, apesar da insegurança do início da segunda parte, foi uma equipa com "mais cabeça" e mais disciplinada a que entrou em campo ontem à noite. Foi a primeira de 21 finais, e nós no Mística também estaremos "contigo até ao fim!"
- Defour: Um jogão! Muito mais próximo da grande área do que habitual, a pensar rápido e a decidir bem. Dos melhores jogos esta temporada, a colocar um ponto de interrogação no meio campo para o resto da temporada. Com Fernando nas costas, torna-se um jogador mais tranquilo, falha menos passes, contribui muito mais para a progressão e para um aumento da intensidade de jogo. Face ao Nápoles, e contra uma equipa que representa uma verdadeira ameaça terá provavelmente a oportunidade de demonstrar se o lugar é dele.
- Quintero: Sou contra os adeptos que querem ver Quintero jogar a toda a força. A teimosia em tentar por vezes resolver tudo sozinho, a falta de critérios e inteligência são por vezes desesperantes, no entanto é inegável a qualidade, o talento e o potencial de Quintero. Num dia sim, como ontem, é capaz de entrar e agitar o jogo sozinho. É capaz de restabelecer a estabilidade à equipa ao colocar a defesa adversária em sentido. Esperemos que seja para continuar e que muito em breve me junte ao lote de adeptos que exige um Quintero indiscutível no onze.
- Luís Castro: Uma nota positiva, mas muito comedida. É cedo, muito cedo, para qualquer ilação, assim para além da óbvia inversão do triângulo e de um futebol mais seguro jogado de pé para pé, fica uma nota para o entusiasmo e o fervor com que se viveu o jogo no banco de Luís Castro. Há muito se sabe que os adeptos no Dragão não gostam de treinadores apáticos no banco, não é por si só um sinal de qualidade ou falta dela, mas a verdade é que tanto Co Adrianse - num passado relativamente recente - como agora Paulo Fonseca, foram alvo de críticas pela falta de entusiasmo com que viviam o jogo.
- O medo e a instabilidade: Não tenho memória, num passado recente, de uma equipa do Porto com tanto receio e instabilidade emocional. O síndroma da vantagem é uma ameaça constante ao virar da esquina. Na verdade, quase que dou por mim com receio de ver a equipa marcar, tal é a regularidade com que ao golo se segue a insegurança. A defesa parece desconcentrada, o meio campo perde intensidade, o os jogadores mais ofensivos desligados do resto da equipa.
Estará na neutralização deste problema a chave do sucesso do FC Porto de Luís Castro. Se o Campeonato está perdido, existem 3 taças em competição, se a Liga Europa não é uma obrigação, a Taça de Portugal e a Taça da Liga deverão ser encaradas como tal. Assim, os próximos dois jogos serão decisivos, exige-se uma equipa mais serena e que sejam desenvolvidas as competências necessárias para que a equipa seja capaz de gerir um resultado sem que para isso abdique de jogar um futebol positivo e na busca do mais golos. - O sangue quente de Quaresma: É contra-procedente atribuir uma nota negativa a um jogador que marca metade dos golos da equipa, assim dirijo esta nota não a Quaresma mas sim ao seu feitio. Na segunda grande penalidade, quando se dirigia para a marca de grande penalidade e na sequência dos atritos nos quais o jogador esteve envolvido minutos antes, tive a certeza que Quaresma iria falhar a grande penalidade. Não é a falta de qualidade mas sim a falta de capacidade em gerir o seu espírito irreverente. Exige-se de um jogador com a experiência de Quaresma, a capacidade de passar ao lado de provocações. Com tão poucos jogos no campeonato, e para um extremo, não se compreende que já some 4 cartões amarelos.
Esta semana é semana de Liga Europa, em casa e frente a um Nápoles a fazer uma temporada interessante é importante uma equipa concentrada e capaz de colocar de lado o fantasma dos últimos meses.
Era importante entrar a ganhar na "era Luís Castro" e era preciso começar a desfazer aquilo que o Paulo Fonseca foi fazendo de errado.
ResponderExcluirFoi um bom jogo, onde já se viram algumas coisas de diferente e para melhor nos aspectos do jogo.
Importa também mudar a mentalidade de alguns adeptos que à mínima coisa começam a assobiar, são os ditos pipoqueiros. Mas neste momento importa é apoiar a equipa, porque ainda há muito para ganhar.