Silêncio que estão a cantar os No Name Boys...

... ou a Juve Leo, que vai dar ao mesmo.

Não se assustem ao ler o título. Essa não é a nossa opinião, nem deveria ser a de nenhum portista. No nosso estádio deveríamos mandar nós, deveríamos ser nós a fazer mais barulho, deveríamos ser nós a empurrar a equipa para a frente.

Infelizmente, nos dois últimos clássicos disputados no Dragão, não foi isso que sucedeu. Quando as coisas começaram a correr mal, a principal claque do clube, que costuma ser o "motor" do estádio, calou-se. Contra o Sporting, da bancada sul, só vinham assobios e contra o Benfica, só se ouviam, fora algumas raras excepções, moscas...

Pelo segundo jogo consecutivo, os Super Dragões, claque oficial do clube, que recebe camisolas dos jogadores nos seus aniversários e que é o único grupo organizado afecto ao Porto com capacidade para se ouvir no estádio inteiro permitiram que as claques adversárias se impusessem facilmente, brindando todo o Estádio com "olés" e "A todo um bom Natal".

Se incentivar a equipa já é exigível a qualquer adepto que se desloque ao estádio, mais o é a uma claque organizada, apoiada pelo clube, com bilhetes gratuitos ou a muito baixo custo, e que depois são revendidos à porta do Dragão, (e ainda tentam comer outros portistas por lorpas, dizendo que são para a central).

Mas ainda é mais exigível que essa mesma claque não ande, ainda para mais na ressaca de uma derrota difícil de digerir, a convidar, no seu Facebook, portistas a faltar ao jogo com o Vitória de Setúbal, para, do outro lado da rua ,irem assistir a uma série de combates de MMA, onde o líder da claque vai participar. Que Fernando Madureira falte ao jogo, porque tem um outro compromisso, é perfeitamente compreensível. O dito evento no Dragão Caixa está marcado há várias semanas e não é normal o Porto jogar à sexta. Que a claque ande a aliciar pessoas a lá ir, ao invés de irem ao futebol, é inadmissível e é altamente provável que o número de vendedores de bilhetes para a "central" dispare.  E até ao momento ainda não houve por parte da claque nenhuma menção ao jogo de sexta, algo que é raro acontecer em semanas de jogo em casa.

Infelizmente, nós, que estamos de fora, cremos que os Super Dragões perderam algumas das características que os tornaram conhecidos. Hoje, parecem uma claque mais amorfa, sem a exigência que tornou a bancada que ocupavam num verdadeiro tribunal nas Antas, sem a independência que antes lhes permitia, se achassem por bem, criticar a SAD e sem capacidade de criar um ambiente de enorme pressão para com os adversários. É uma pena. O clube perde massa crítica, perde heterogeneidade, perde diversidade. E não ganha nada com isso.

Nota 1: nós não somos cegos/surdos. Temos plena que consciência que ainda há membros da claque que cantam do início ao fim e fazem das tripas coração para acompanharem o Porto para todo o lado. A esses, o nosso respeito e o nosso muito obrigado.

Nota 2: parece que não somos os únicos com esta opinião. Sábias palavras, estas, do Miguel, no Tomo II.







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6 comentários

  1. Tou contigo a 100%, sem falar nas tochas que eram vermelhas.... Podiam comprar de todas as cores mas vermelhas? No dia de jogo contra os mouros? Parecew que já não se interessam.......

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  2. 'obrigado!' pela referência ;-)

    abr@ço
    Miguel | Tomo II

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  3. Posso perguntar em que bancada se encontra o grande sócio Mística?

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    1. Os membros do Mística do Dragão estão distribuídos por várias bancadas do Dragão e por uma bancada virtual do outro lado do Atlântico.

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    2. O anónimo será algum "relacoes públicas" dos SD, procurando conhecer melhor as razoes do descontentamento da malta do Mística?

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  4. A única claque que canta 90 min e sente o FC Porto, sente o Porto cidade, é o Colectivo 95

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