[Pré-Época] Galatasaray 1 x 0 FC Porto



E ao sétimo jogo da pré-época lá sofremos a primeira derrota. Frente a uma equipa do Galatasaray recheada de nomes sonantes como Drogba, Sneijder, Altintop e Muslera, o Porto entrou bem em campo e conseguiu produzir o suficiente na primeira parte para sair para o intervalo a vencer. Não fosse... a praga dos penaltis. 

Pois é, parece que voltamos à sequência maldita de grandes penalidades falhadas e continuamos com os mesmos intervenientes: Jackson e Lucho. Iturbe já conseguiu concretizar da marca do castigo máximo frente ao MVV mas a taxa de aproveitamento destas situações contínua a deixar muito a desejar. Na segunda parte o Galatasaray entrou mais decidido em campo, controlou o jogo a espaços e acabou por não facilitar onde nós fomos perdulários e ganhar o jogo num penalti convertido pelo Felipe Melo.

Apesar da derrota foi um bom teste e ficam algumas notas a reter para desafios futuros:







  •  O tipo de jogo: finalmente um jogo de treino contra uma equipa com experiência europeia e em que jogamos os 90 minutos contra 11 jogadores. O adversário não criou muito perigo e quando tentou criar obteve uma excelente resposta da defesa e do Fabiano (já voltamos aqui). Se na primeira parte quase não saiu do meio campo defensivo, na segunda parte o Galatasaray apareceu mais desinibido e deu mais luta. Excelente teste nesta fase da pré-época.
  • Dupla de centrais - Ba:  Certinhos em todos os momentos do jogo, anularam completamente qualquer lance que o Galatasaray poderia criar através da sua referência no ataque - Drogba. O Ba esteve imperial, secando completamente um avançado que ao longo da sua carreira já envergonhou muitos defesas centrais de elevada reputação.
  • Defour em bola corrida: Interventivo, rápido, solidário. Excelente na pressão, no passe e na condução de bola em velocidade foi, com Lucho, o grande responsável pelo domínio que se sentiu na primeira parte do jogo.
  • Fabiano: Mais uma bela exibição do nosso suplente. Seguro entre os postes, fez duas ou três grandes defesas e saiu muito bem aos passes em profundidade que tentavam isolar os jogadores mais avançados do Gala. Deu confiança aos colegas e ele próprio parece mais confortável na baliza.







  • Danilo: Se já esteve em destaque esta pré-época por marcar um hattrick num dos jogos, hoje este irreconhecível. Ao longo de 75 minutos acumulou um conjunto de passes falhados, más entregas ("passes à queima", ao adversário...) e cruzamentos sem nexo que não são dignos de um titular da defesa do Porto. Perdeu constantemente os duelos individuais com quem atacava do lado dele e foi desarmado inúmeras vezes por ser demasiado lento a definir as jogadas. Descompensou a defesa mais do que uma vez e como sempre recuou a passo. Apareceu aos 75 minutos numa jogada em que descaiu para o centro como bem gosta de fazer e na qual conseguiu ganhar o segundo penalti. Um dia não para o nosso número 2.
  • Jackson e os penaltis: Começa a ser crónico e uma coisa que poderia não ter grande valor começa a assumir uma dimensão demasiado grande para não ser desde já atacada pela equipa técnica. Jackson estava a ser uma das melhores figuras do Porto em campo, surge a penalidade e a partir daí desaparece. Este problema tem que ser resolvido da melhor forma, seja evitando que Jackson marque os penaltis, seja treinando-os até à exaustão. A melhor solução tem que ser encontrada porque o nosso craque não pode continuar a "ir abaixo" sempre que estas situações acontecerem ao longo da temporada.
  • Defour nas bolas paradas: Sem Josué em campo, coube a Defour assumir a marcação dos cantos e livres... e diga-se que não resulta.







  • Inícios de partes: Tanto na primeira parte como na segunda, o Porto demorou a entrar no jogo e a controlá-lo como bem gosta de fazer. Não reparei se isto aconteceu noutros jogos mas espero que seja coisa de pré-época porque a alguns adversários não se podem dar 10 minutos de avanço... e vocês sabem de quem estou a falar.
  • Números de substituições: Já no jogo de apresentação aconteceu o mesmo. Voltamos a não fazer todas as substituições que estavam ao nosso alcance, mesmo quando o jogo não nos corria de feição. A entrada de Ghilas a 3 minutos do fim não fez também muito sentido. Eu sei que nós adeptos queremos sempre ver todos os jogadores a mostrar o que valem mas numa altura em que temos 26 atletas a trabalhar com a equipa técnica parece-me que temos visto muito pouco de alguns deles.


Amanhã defrontamos o Nápoles com um 11 à partida completamente renovado e portanto poderemos ver outras alternativas dentro do mesmo estilo de jogo que o Paulo Fonseca procura implementar. Espero ver Quintero, Herrera e Reyes jogar e espero que o Jackson apareça bem e a fazer o que tão bem sabe: marcar golos com classe.




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