[Pré-Época] Nápoles 1 x 3 FC Porto












Após um jogo pouco conseguido contra os Turcos do Galatasaray e frente a uma equipa teoricamente superior do Nápoles o FC Porto impôs-se e demonstrou que nem tudo está perdido nem tudo está atingido. Ilações para mim óbvias nesta altura da temporada, mas já se sabe que há sempre quem consiga prever a desgraça pré-apocalíptica num resultado menos conseguido durante um qualquer torneio de Verão. Felizmente continuamos sem ser Campeões da Pré Época, o que para os nossos lados costuma ser um bom presságio. 







  • Quintero: O toque de bola deste rapaz não deixa espaço para grandes dúvidas. Rápido, trata a bola com muito carinho distribuindo ou temporizando a bom ritmo. Não tem para já a visão e a rapidez de execução do Professor Lucho, mas é sem dúvida um 10 com enorme talento em potência, poderá sem dúvida conquistar espaço e quem sabe até roubar o lugar que para já parece pertencer ao Capitão.
  • Herrera: Mais na segunda parte que na primeira, mas finalmente a demonstrar o seu estilo e a explicar o que motivou tanto interesse que levou à sua contratação. Muito longe de ser um Moutinho, é no entanto um jogar físico e muito mais vertical que o Português. Sem complicações a despachar a bola sem fugir ao contacto físico. 
  • Otamendi: Serve esta nota apenas para referir que Otamendi é um defesa central soberbo. Está em todo lado e faz esquecer os seus centímetros a menos numa capacidade de antecipação e uma determinação acima da média. Neste momento é o patrão e ao lado de Mangala perfazem uma das melhores e mais completas duplas de centrais que vi actuar de azul e branco.
  • A defesa: De uma forma geral, e no seguimento das críticas que realizei durante a pré-época em relação à defesa e à falta de concentração dos seus jogadores, tenho que agora parabernizar a mesma defesa pela enorme evolução verificada durante esta Emirates Cup. Desde o "monstro" Otamendi até um surpreendente Abdoulaye, todo os elementos da defesa foram competentes. Não perfeitos, mas a demonstrarem que com uma maior rotina poderão voltar aos níveis que nos habituaram nos últimos dois anos.
  • Ghilas e a segurança de ter uma alternativa: Queria a comunicação social fazer acreditar, por uma maior sucessão de minutos sem golos marcados, que Ghilas já não era uma alternativa válida ao nosso Colômbiano favorito. Havia quem na Sport TV já disse-se até que o FC Porto deveria ir ao mercado procurar outra alternativa caso Ghilas continua-se a não mostrar serviço. Uma resposta à altura, um jogo em que soube aproveitar o que lhe chegou aos pés e a colocar em sentido a defesa adversária durante a maior parte do encontro. Como é bom ter uma alternativa...
  • A dinâmica do meio campo: Ainda longe da perfeição, o que é natural após tantos anos a afinar um 4-3-3 que fora alguns princípios básicos era sempre semelhante, pareceu contra o Nápoles que os jogadores aos poucos começam a compreender melhor o que o Paulo Fonseca idealizou para o meio campo do FC Porto 2013-14. Também o treinador pareceu também evoluir na sua leitura isolando mais Fernando do seu companheiro do lado. Sem deixar de existir um 10 puro, típico deste triângulo invertido, Fernando foi muito mais Fernando principalmente durante a segunda parte, quando Herrera pareceu libertar-se mais.






  • A dificuldade em desmontar o autocarro: O Nápoles foi um adversário fechado principalmente durante uma primeira parte em que praticamente se limitou a bloquear todas as portas de entrada à carreira de tiro que os jogadores Portistas tanto procuraram. Uma equipa à imagem de muitas que iremos encontrar no nosso Campeonato durante a próxima temporada, com a diferença que os intervenientes da equipa Italiana destilam muito mais qualidade individual. A verdade é que durante uma primeira parte em que a disciplina táctica dos Italianos foi muito rigorosa, o Porto pouco ou nada conseguiu fazer para contraria as muralhas Napolitanas. Digo e repito, é preciso uma maior capacidade de explosão seja sobre a forma de um génio criativo na ala capaz de superar o adversário no um para um 90% das vezes, seja nos pés de um 10 capaz de rasgar defesas de uma ponta à outra ou de um jogador capaz de trocar as voltas ao Guarda Redes adversário nas bolas paradas.






  • As indefinições do triângulo do meio campo: A menos de uma semana do início das competições oficias, que arrancam com a renovada Supertaça Cândido Oliveira, não existe ainda um meio campo rotinado e que pareça realmente compreender todas as aspirações do treinador. Lucho tem cumprido irrepreensivelmente as funções de um 10, mas não será com 31 anos que este passara a ser um jogador de explosão e que evoluirá a sua capacidade técnica para aquilo que é habitual ver num 10 clássico. Fernando num triângulo invertido sofre do mesmo problema que Paulo Assunção encontrou no Atlético de Madrid. Torna-se num jogador banal. Entre as restantes opções, Defour parece estar num excelente momento de forma fica a dúvida se conseguirá ser o médio mais defensivo neste triângulo invertido.

E assim termina a Pré-Temporada 2013/14 também conhecida como FC Porto On Tour. Aproveito para felicitar a gestão inteligente realizada pelo clube que aceitou participar no fundo numa pequena "tour" pela América do sul, um mercado que poderá ser o futuro da marca Porto, e a participação num troféu como o Emirates Cup que não é mais do que um torneio de reputação onde é preciso dizer, a equipa deixou apesar de tudo uma boa imagem. 

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3 comentários

  1. Temos é de resolver os problemas com os excedentários e alguns problemas a meio-campo.
    Como dizes e bem, o triângulo a meio campo tem de ser revisto, porque parece-me que com o Fernando cá não há necessidade de o inverter, e sem o Fernando cá terá de ser uma coisa muito melhor trabalhada.

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  2. como raio o “portista com muito orgulho" continua no vosso blogscroll (na vossa lista de blogs amigos)! Aquele homem não é portista por nada deste mundo….por favor, retirem-no…cheira mal, muito mal!

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  3. Sérgio onde vês o link para esse blog? Sinceramente fiquei confuso.

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