Uma exibição medíocre e muito abaixo daquilo que é exigível a um clube da nomeada do Futebol Clube do Porto. Ontem à noite, no Estoril, o Porto entrou em campo sem agressividade ofensiva, defensivamente manso e mesmo assim chegou para praticamente todo o sector defensivo ficar amarelado. A juntar a tudo isto, uma exibição do pior que há memória da equipa de arbitragem, talvez apenas comparável àquele jogo frente ao Gil Vicente onde pela última vez o FC Porto perdeu um jogo para o campeonato.
- FC PORTO: É difícil enumerar um ou mais elementos com exibições particularmente negativas tantos que foram os jogadores a passar completamente ao lado do encontro deste Domingo a contar para a 5ª Jornada do Campeonato Nacional de Futebol. A defesa, apesar de estar altamente condicionada pelos sucessivos amarelos que foram sendo mostrados (alguns totalmente incompreensíveis), pareceu ser completamente passiva perante as investidas de Luís Leal e companhia. Leal pareceu capaz de "meter num bolso" um jogador como Mangala que ainda deve estar nesta altura a tentar encontrar os rins algures no relvado do António Mota. No meio campo sucederam-se as perdas de bola e foi estranho ver os nossos jogadores por sucessivas vezes a correrem com a bola dominada sem se aperceberem que nas costas tinham um jogador estorilense que corria desenfreadamente com uma fome de bola brutal, situações estas que invariavelmente culminaram em perdas de bola constantes. No ataque a equipa parecia desligada, desinspirada, incapaz de furar uma defesa canarinha que nem por isso se apresentou com um autocarro à frente da grande área (conceito que a partir desta semana presumo que tenha de ser revisto) excepção feita a talvez aos últimos 10 minutos da partida.
- Paulo Fonseca: Mister, peço desculpa mas vou ter que te apontar o dedo desta vez. Que a equipa está uns bons furos abaixo daquilo que lhe é exigido nesta altura da temporada, já tinha reparado. Que o meio campo continua sem rotinas e extremamente carente de João Moutinho, que o ataque carece de um Jackson mais concentrado e um extremo claramente acima da média, idem aspas. Que a defesa parece que nunca jogou junta, também já todos reparamos. À parte disso, que é grave mas que apesar de tudo acredito que seja apenas a dificuldade da equipa em adaptar-se a um modelo de jogo com algumas diferenças relativamente àquilo a que estava habituada, não se compreende como é que ontem, num momento em que a equipa precisava de segurar a posse de bola e controlar o jogo, existe a decisão de fazer entrar o Quintero para dentro de campo. Porquê o colombiano no lugar do Josué por exemplo? Foram os gritos dos adeptos que te afectaram? E o Ghilas? Aos 89 minutos? Existem intocáveis neste plantel? Esperamos e acreditamos todos que tudo irá melhorar. Terá que melhorar. Apesar de tudo a verdade é que esta entrada àquem das expectativas na Liga Zon Sagres 2013/14, mesmo assim permite-nos olhar confortavelmente para baixo quando procuramos pelos nossos maiores rivais. Acima de tudo é preciso reagir e provar que esta equipa está, e vai continuar, a evoluir sempre num clima de alta exigência.
- A equipa de arbitragem: Não há como escapar nem tão pouco serei hipócrita e fugirei ao assunto alegando que toca a todos. Quando necessário saberei reconhecer que fomos beneficiados mas tão pouco ficarei calado quando tais roubos de catedral continuarem a acontecer sem que nada contra isso seja feito. Um golo proveniente de um penalty (MUITO) mal assinalado e outro de um Luís Leal que parte de posição irregular no momento do passe. A verdade é que o futebol clube do Porto fez uma paupérrima exibição mas maior que a carência de qualidade do futebol azul e branco, só mesmo a falta de vergonha da equipa de arbitragem, que não se limitou a condicionar o resultado com dois golos ilegais para o mesmo lado. Um sem fim de amarelos, de faltas mal assinaladas ao menor toque sobre os jogadores do Estoril, passando até por uma carga sobre o defesa do Estoril, num lance em que Fernando não marcou golo apenas graças a uma enorme intervenção do Guarda Redes Vágner.
- Lucho Gonzalez: Continua a fazer a diferença mesmo quando lhe continuam a chamar velho. A verdade é que tem sentido dificuldade em carregar a equipa às costas sem a companhia de João Moutinho porém, e mesmo assim, continua a ser o jogador mais esclarecido do meio campo, mesmo jogando fora da sua posição natural. Ontem foi procurando acertar o ritmo da equipa mas continua a sensação que mais recuado no terreno talvez conseguisse mais facilmente equilibrar o futebol da equipa.
- Licá: Continua a surpreender com uma enorme entrega. Se por um lado lhe faltou a inspiração e mesmo o futebol exigível, foi dos mais inconformados durante o jogo. Procurou a bola, procurou resolver mas muitas vezes sem conseguir executar com a qualidade necessária.
- Os adeptos: Uma nota para os adeptos que encheram o estádio António Mota, uma excelente moldura azul e branca. Fica porém a nota para os constantes apelos por Juan Quintero. Falámos de um jovem jogador de 19 anos que ainda tem um longo caminho pela frente até ser um indiscutível ou até mesmo um jogador que faça a diferença sempre que entra em campo. Prova disso foi a exibição apagada do colombiano no reduto estorilense.
Ao contrário do que se vai lendo na Comunicação Social, e até pela Bluegosfera fora, não se pode dizer que o FC Porto bateu no fundo ou que a época de crise abriu no Dragão. É sim altura de reagir e demonstrar que esta equipa é capaz de dar um salto qualitativo fruto de todo o trabalho realizado desde o início da temporada.
#SOMOSPORTO!
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