[Liga Zon Sagres] 7ª Jornada: Arouca 1 - 3 FC Porto












O Arouca foi ontem uma equipa que em campo deixou claras as suas várias debilidades. Sem imaginação, garra ou mesmo inteligência táctica, os pupilos de Pedro Emanuel sofreram três golos que, caso o FC Porto tivesse jogado aquilo que sabe, poder-se-iam ter multiplicado em muitos mais.
Espelho do adversário, o FC Porto não soube manter a posse de bola, construir jogo em apoio ou até demonstrar qualquer princípio de jogo digno de nota. 







  • Jackson Martinez: Num jogo com poucas oportunidades e em que o FC Porto conseguiu somar apenas mais um remate que o Arouca (diferença esta conseguida graças, essencialmente, aos minutos finais do jogo em que a qualidade do futebol do FC Porto foi superior), Jackson Martinez foi um match breaker. Mesmo num momento em que o próprio jogador assume não estar na máxima força, não perdoou e converteu neste jogo dois golos em duas das poucas oportunidades que teve nos pés. 
  • Quintero e as bolas paradas: É verdade que este foi efectivamente apenas o primeiro golo de Quintero de bola parada pelo FC Porto mas à luz das execuções que até agora vem realizando a verdade é que o Colombiano promete trazer de volta ao Dragão a capacidade de criar perigo real através de bola parada. Será que é desta que se quebra o enguiço e que o FC Porto volta a deixar os adversários com receio de realizar faltas à entrada da área?







  • A falta de fio de jogo: Lembro-me de no ano passado comentar que a Equipa de Rui Gomes (FC Porto B) parecia jogar como uma qualquer equipa de Solteiros vs Casados. Desconexa e sem rotinas, parecia que os jogadores nunca haviam jogado juntos antes. Além do mais não se via qualquer identidade, uma cultura de posse de bola, de transições rápidas, de pressão ofensiva ou paciência defensiva. Infelizmente o actual FC Porto (A) lembra-me em muitos aspectos a equipa de Rui Gomes. É com dificuldade que defino os processos que Paulo Fonseca procura implementar no FC Porto e é doloroso ao fim da 7ª jornada não ver qualquer evolução nesta equipa.
  • Varela: Após uma pré-época prometedora e em que foi de longe o melhor extremo da equipa, a lesão fez o Varela entrar em claro declínio de forma. No ar, pairam lembranças das últimas duas temporadas em que o Drogba da Caparica passou completamente ao lado daquilo que se esperavam ser épocas de afirmação. A paciência dos adeptos é cada vez menor e até eu, que sempre fui um defensor das qualidades deste jogador, tenho cada vez menos argumentos para exibição atrás de exibição.






  • Herrera: Um bom jogo de estreia como titular pelo FC Porto. Longe de ser decisivo foi notória a falta de entrosamento com os colegas de equipa. Porém foi um jogador combativo e aguerrido que calcorreou todo o terreno ora em movimentações mais defensivas ora no plano ofensivo. Aguarda-se com expectativa mais oportunidades para que Herrera possa demonstrar o seu futebol, e quem sabe com outros companheiros no meio campo.
  • Amarelos e mais amarelos: Não gosto de teorizar ou sequer conspirar e de facto não é o que aqui farei. Porém é cansativo ver jogadores como Lucho e Mangala receberem amarelos por remates à queima-roupa em que inclusive procuram desviar os membros superiores da trajectória da bola. Este ano coleccionam-se amarelos e, se por um lado e em abono da verdade, a equipa parece hoje realizar mais faltas e com menor critério, por outro nas primeiras sete jornadas do campeonato o FC Porto colecciona vários amarelos "peculiares".
Infelizmente é com alguma apreensão que a maioria dos Portistas irá encarar o Clássico da próxima jornada, não tanto por recear o Sporting que apesar de tudo está a realizar um bom início de época mas por receio dos fantasmas próprios que esta equipa parece enfrentar.

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