Esta época temos um plantel manifestamente maior e um banco mais homogéneo em termos de qualidade em relação ao que o acontecia no ano passado, ano de reactivação da equipa B. Talvez por isso o FCP esteja a tirar maior partido da equipa secundária para fazer rodar jogadores, conseguindo sobretudo manter o ritmo e os elevados índices de condição física.
A partir de agora, e sempre que nos for possível, vamos tentar cobrir os jogos dos bês, até porque achamos que é uma oportunidade única de ver em acção atletas que ainda pouco vimos na A (Bolat, Carlos Eduardo, Reyes, Herrera, etc.) e aqueles que pelo seu talento prometem um dia chegar à equipa principal (Kelvin, Tozé, Victor Garcia, Ivo Rodrigues, etc.).
Na quarta-feira o Porto deslocou-se a casa do Leixões para um confronto historicamente complicado e cuja rivalidade é indisfarçável, mesmo estando a falar de um jogo da segunda liga. Só para situar os mais desatentos, à jornada 8 o FCP era líder do campeonato e o Leixões era sexto em igualdade pontual com o Covilhã e o Penafiel. Apesar da classificação, o Leixões estava, até este jogo, invicto em casa e ainda não tinha sofrido qualquer golo no Estádio do Mar.
O FCP entrou em campo com a seguinte equipa:
Destaques individuais:
- foi a primeira vez que o Bolat jogou com a nossa camisola e do meu ponto de vista teve uma estreia bastante segura: bem entre os postes, desinibido a comunicar com a defesa e sobretudo bastante calmo nas poucas vezes que foi chamado a intervir;
- Ricardo voltou a jogar a DD e quando se fazem estas adaptações penso que o que se pedirá ao jogador é que imprima profundidade e largura ao lado direito do ataque; no entanto e talvez por mérito do leixões, o Ricardo teve alguma dificuldade em subir e ficou muitas vezes remetido ao meio-campo defensivo;
- o Carlos Eduardo foi o motor da equipa: bola no pé, passes a rasgar e com bastante eficácia, joga simples e põe a equipa a jogar... se continuar assim, terá mais oportunidades na A;
- o Kelvin saiu lesionado e em lágrimas e por momentos fez temer o pior... no entanto e ao que parece não é nada de grave e recuperará rapidamente; Fica também o reparo ao árbitro que deixou que o Huguinho distribuísse toda a pancada que quis até arrumar com o nosso 28. Não viu amarelo até aos 63 minutos!
- primeiro golo do Kléber desde que voltou e mesmo assim não houve grandes festejos individuais; a equipa, por sua vez, fez questão de incentivar o colega e tentar levantar os ânimos. O Kléber tem um grave problema de confiança e a forma como quase não festejou o golo denota isso mesmo... esperemos que continue a marcar e rapidamente se veja livre deste entrave.
Quanto ao jogo... vimo-nos a jogar contra 10 desde os 23 minutos por acumulação de amarelos do capitão Zé Pedro mas, e apesar do bom caudal ofensivo, criámos poucas oportunidades de perigo. Destaque para um grande remate do Tozé a fechar a primeira parte, para uma igualmente excelente defesa do guarda-redes dos da casa. Ao intervalo, eram estes os nossos números:
A equipa parecia não ter ideias e ser impotente para controlar a posse de bola. A segunda parte foi bastante disputada com muitas faltas, alguns amarelos e com o Leixões a tentar voltar ao jogo, mesmo jogando com dez. Apesar dos esforços da equipa da casa, o golo tardio do Kléber aos 80 minutos trouxe tranquilidade e mais tarde o golo do Vion, que entrou ainda na primeira parte para substituir o Kelvin, sentenciou o jogo.
Bom e difícil teste e mais três pontos conquistados. Estamos isolados na liderança da Liga2, com mais um jogo do que o Moreirense. Mais importante do que isso, temos rodado bastante a equipa com às. bês e júniores (e.g. na segunda parte deste jogo entraram o Leandro e o Tomás) e a equipa não tem caído de rendimento. Finalmente parecemos estar a tirar pleno partido da bê, e esperemos que isso dê frutos num futuro próximo (leia-se reforços para a A).
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