Em mais um jogo cinzento no Dragão, um FC Porto de segundas linhas venceu sem grandes dificuldade o Trofense que já tinha sido vencido este ano pelo FC Porto. Num jogo de experiência Fabiano somou os seus primeiros minutos na baliza na temporada 2013/14, Danilo experimentou o lado esquerdo da defesa e El Flaco fez do "monstro" Mangala. Carlos Eduardo largou de vez o peso da camisola e Ricardo explicou porque é que não é uma mera opção para lateral direito, até porque Victor Garcia marcou o ponto exemplarmente.
De qualquer forma longe de tudo ser bom a exibição colectiva continua a deixar a desejar e no fim do jogo o público do Dragão deu ar de sua graça, seguem-se os altos e baixos do jogo mais em pormenor.
Carlos Eduardo: O MVP de ontem à noite no Dragão começa a lembrar o jogador que o FC Porto contratou ao Estoril no início desta época e a fazer esquecer a pálida sombra desse jogador que se viu durante a pré-temporada. Distribuiu e encheu o campo, não tanto um 10 mas um 8 interessante. Merece mais minutos e fica a esperança que estes lhe sejam concedidos.
Ricardo: Simples e eficaz. Corre para a linha, procura a linha de passe e bombeia para a área. Um extremo e não um jogador que "joga da ala para o meio". Na linha de Varela e Licá os últimos extremos puros que o FC Porto mantêm no plantel, Ricardo é irreverente e de processos simples o que dá a ideia de que pode ser um trunfo importantíssimo frente a defesas mais fechadas.
Kelvin: Longe do miúdo que perdia uma bola em cada duas que lhe chegavam ao pé, longe do jogador que procurava fintar meia equipa, longe do jogador que não sabia como tratar a bola na hora de passar ao adversário. Muito mais maduro, na continuidade do que nos habituou durante a pré-temporada. Não sendo um extremo puro, é um jogador que procura espaço no meio mas sem o fazer de forma consecutiva como por exemplo vemos Josué ou Quintero fazer. O "minimo" merece minutos, sem querer de forma alguma parecer "Salazarista" deixo o mote: "Deixem jogar o Keeelvin!"
Muita parra e pouca uva: A equipa constrói, movimenta-se, procura mas... não marca. Não concretiza. Ora em rasgos de Quintero à meia distância, ou nas constantes movimentações de Ghilas para mostrar serviço, o Porto procurou mas não conseguiu concretizar face a uma equipa do Trofense que se encontra num patamar competitivo claramente inferior. A falta de fio de jogo continua porém e neste caso não continuarei a "bater no ceguinho" pois estes jogos da taça são férteis em momentos destes face à rotatividade que a estes normalmente está associada.
O público no Dragão: Se o jogo foi cinzento, as bancadas em nada ficaram atrás. Uma nota menos bem acentuada para aqueles que no fim do jogo assobiaram tremendamente os jogadores em campo. Se a exibição ontem foi cinzenta compreende-se face às faltas de rotinas. Se há jogadores que tem desculpa para não fazer uma exibição brilhante eram os que ontem estavam em campo. Se os adeptos pretendem penalizar a equipa pelos últimos jogos que o façam para quem tem entrado em campo jogo após jogo sem deixar tudo de si no relvado.
Victor Garcia: Sem ser exuberante o rapazote que tem dado nas vistas na Equipa B não deixou nada a desejar. Entrosado nos movimentos ofensivos ora com Ricardo (principalmente) ora com Varela, não lhe faltou pulmão para recuar e cumprir na defesa. Ficou no ar a ideia que poderá vir a ser um excelente DD ou pelo menos uma alternativa real a Danilo.
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