Foram 94 minutos em que 70 foram passados sentado na beira do sofá tal era a ansiedade. Um jogo sofrido, em que esta equipa demonstrou que já começa a ser capaz de manter a calma face as adversidades.
A equipa está a crescer, os jogadores reagiram à mudança de treinador e começam a acreditar neles próprios, o troféu pode continuar a parecer longe, principalmente face à sombra de uma grande Juventus em competição, mas um Portista sabe sempre que pode sonhar porque este é o nosso Destino!
- Fabiano: Sem margem para dúvidas o MVP. Foi graças ao "suplente" de Helton que na primeira parte do encontro a equipa Italiana não marcou em duas ou três oportunidades. Seguro, como vem sendo hábito, inabalável perante a pressão. Sente-se que os colegas de equipa confiam perfeitamente no nº dois da baliza do FC Porto.
- Luís Castro: Após uma primeira parte pobre em que não se viu Porto, em que o meio campo não foi capaz de assumir o jogo e o ataque não teve intensidade, Luís Castro revolucionou o meio campo com a entrada de Josué - que diga-se fez mais em meia hora do que Carlos Eduardo no restante tempo de jogo - e matou o jogo com a entrada de Ghilas que sozinho baralhou a defesa do ataque Napolitano. Touché Mister!
- Ghilas: Foi avançado, foi médio, foi defesa... o Argelino encheu o campo. Uma finalização mortífera? Ghilas... um passe a rasgar extraordinário? Ghilas... Um corte cheio de garra? Ghilas... Por várias ocasiões confundi o avançado com Danilo, apesar dos figurinos não poderem ser mais diferentes, aquelas chuteiras verde florescente naquele sector do relvado só podiam ser do defesa, ou talvez não! E porque não apostar em Ghilas a fazer de Lisandro colado à lateral no lugar de Varela?
- A obra de arte de Quaresma: Um monumento daqueles que por si só valem o preço do bilhete! A silenciar um fervilhante San Paolo, num golo carregado de magia à imagem do criado, três ou quatro toques a terminar num remate indefensável para Reina. Apesar de ter passado grande parte do jogo a tentar o impossível e a perder bolas de forma infantil, num momento de desconcentração não perdoou. Foi Quaresma e nós gostamos!
- Carlos Eduardo: Irreconhecível desde a lesão, não parece o mesmo jogador. É para já o mais desfavorecido com a alteração táctica imposta por Luís Castro, talvez seja tempo de passar alguns jogos no banco, não só a recuperar a forma física como também a adaptar-se a um posicionamento bem diferente daquele a que estava habituado.
- As desconcentrações na defesa: Não podemos fugir à realidade, e a realidade é que ontem não morasse Fabiano na baliza azul e branca talvez o desfecho do jogo tivesse sido diferente, foram demasiadas as vezes em que Fabiano foi obrigado a intervir e ainda mais aquelas em que ele foi decisivo. Mangala está a voltar aos poucos ao seu melhor nível mas Reyes parece estar ainda muito verde para um nível tão competitivo quanto aquele que se exige na defesa de uma equipa como o FC Porto.
- A falta de consistência no meio campo: Devolvida a estrutura habitual ao meio campo, agora com um trinco nas costas de dois médios interiores, o aumento de performence é notório, mesmo assim falta estabilidade, falta também entrosamento. Defour tem vindo a subir de forma, mas Carlos Eduardo ainda não encontrou o seu espaço, é importante estabilizar, ganhar confiança no passe e fazer aquilo que Luís Castro tanto pediu durante o jogo, o lugar do nosso meio campo, é acampado no meio campo adversário.
Os oitavos já eram, venham os quartos do final. Dentro de meia hora saberemos quem será o nosso adversário, em perspectiva os piores cenários possíveis são a possibilidade de mais um Clássico ou uma visita antecipada a Turim.
Com uma defesa remendada e com uma média de idades lá de 21.5 anos, acho que a nossa defesa esteve bem no geral. Só o Danilo é que tem de acordar para a vida e não pode ter aquelas desconcentrações todas. E tem de descer mais rápido quando sobe. Mas no domingo vai descansar, pode ser que volte outro.
ResponderExcluirE o que interessava mais conseguimos, que foi vencer e passar aos quartos.
Grande Luís Castro, assim sim. Não é preciso ser um génio, basta ser treinador e saber mudar.
A contratação de Quaresma em Janeiro contra a vontade e criticas de muitos foi uma decisão e "teimosia" do nosso grande Presidente. Apenas ele e só ele é bom que se diga, quis regressar o craque nr 7. Mais uma decisão acertada do nosso Presidente foi não contratar já um novo treinador e cair na tentação fácil de apresentar um nome agradável aos socios para ficarem calados a tanto assobio e pressão. Sabiamente recorreu a um homem discreto mas competente , conhecedor do clube , e agora com mais calma e mais tempo poderá escolher o técnico defenitivo para a próxima época. Parabéns Presidente! Parabéns Luis Castro! Parabéns PORTO! Saudações portistas!
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