Uma boa primeira parte, uma equipa recheada de "caras novas" e um resultado bem menos escasso do que é habitual esta temporada. Resumindo, um bom "jogo treino" e mais uma oportunidade para Luís Castro somar alguns pontos e conquistar a confiança dos Portistas.
O FC Porto quase conseguiu reduzir à categoria de espectador a equipa da Académica de Coimbra, durante a primeira parte, pelo caminho Ghilas e Jackson foram os protagonistas maiores de três golos demonstrando que em nada são incompatíveis mesmo no 4-3-3 de Luís Castro.
Na segunda parte a Académica ainda conseguiu assustar com um bom golo de Marcos Paulo, mas não passou disso porque na baliza mora um Gigante chamado Fabiano.
Na segunda parte a Académica ainda conseguiu assustar com um bom golo de Marcos Paulo, mas não passou disso porque na baliza mora um Gigante chamado Fabiano.
- Fabiano: Não fosse uma exibição tão inspirado do Brasileiro e talvez os números do jogo fossem diferentes. Uma mão cheia de grandes intervenções que por duas vezes causaram calafrios. Seguro entre os postes, cada vez mais confiante a sair dos mesmos e está a demonstrar que não é uma mera alternativa a Helton. É sim um alto candidato a titular.
- Herrera: Sobretudo na primeira parte, demonstrou mais futebol do que em largos meses estas temporada. Já não parece aquele jogador tosco que só sabe ganhar a bola à custa do encosto ou então em velocidade. Inteligente, a decidir rápido e muito bem a construir jogo. Não deixa de ser impressionante a velocidade do jogador que é claramente acima da média relativamente à maioria dos médios que vemos no Futebol.
- Ghilas: Durante a primeira parte, sozinho, foi capaz de colocar toda a defesa adversária em sentido. Um passe estupendo no primeiro golo, e um golo bestial no 2-0. Não é extremo, mas está cada vez mais confortável na posição desempenhando um papel de Avançado Interior que mesmo assim consegue ainda dar largura ao jogo da equipa. Merece, e cada vez mais, a titularidade.
- Jackson: Porque esteve nos três golos, porque atirou para trás das costas o fantasma das grandes penalidades com um tento certeiro, e porque quando lhe são dadas as oportunidades é o Jackson que todos conhecemos: Um goleador nato! Vai ser difícil não ter saudades de um Ponta de Lança assim.
- A rotação: Se a semana passada criticava Luís Castro pela falta de coragem em fazer alguma rotatividade e dar minutos a jogadores diferentes hoje a resposta foi à altura. Com Quaresma no banco e Herrera, Quintero e Ricardo a assumir a titularidade hoje alguns dos protagonistas da equipa tiveram a oportunidade de dar algum descanso às pernas. A aposta - espera-se - deve ser para continuar e pode realmente ser um factor decisivo pelo menos enquanto o Sporting colocar em sentido o Benfica na luta pelo primeiro lugar. De qualquer forma e fica a nota, Ricardo, Victor Garcia, Quino e o Rafa deviam chegar e sobrar para permitir mais minutos de descanso a Varela.
- A segunda parte: Se a primeira parte foi do melhor que se viu durante esta temporada no Dragão, a segunda foi mais do mesmo. Como o próprio Luís Castro admitiu - mais uma vez bem no discurso - a equipa começou a pensar em Sevilha cedo demais e as intervenções do treinador não foram hoje tão felizes como no passado recente.
- Abdoulaye: Não se podem dar um metro de avanço ao adversário em frente à meia lua. Com isso Marcos Paulo conseguiu tirar o coelho da cartola e lançar uma desmotivada da Académica para uma segunda parte com mais intensidade e por consequência mais desgastante. Não há porque complicar o que é simples e Abdoulaye tende a ligar o complicometro. A nota negativa vai para ele não pelo lance do golo em particular, porque aí não foi o único a falhar, mas sim pelo conjunto da exibição. Se em Fevereiro parecia que a experiência em Guimarães havia permitido ao jogador amadurecer parece agora que recuou no tempo.
- Quaresma e Josué: Passaram os dois ao lado do jogo. Entraram na pior fase da equipa e não foram capazes de agitar as águas. No lugar disso foram tentando inventar o que não havia para inventar contribuindo para a desorganização da equipa.
Quinta-feira joga-se a Liga Europa, o objectivo está traçado e muito bem definido. Esta competição pode ser a "salvação" de uma época desastrosa mas é preciso ter consciência do caminho que falta percorrer.
#somosporto
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