Antes de mais, quero começar esta crónica a saudar a equipa do sporting por estar de volta ao mundo dos "grandes" clubes portugueses. Hoje é uma equipa capaz de se bater de igual para igual com um FC Porto e que apesar de frágil tem vindo a demonstrar nos últimos jogos alguma evolução. É uma equipa que contribui para um aumento de competitividade da liga portuguesa, o que será sempre essencial para o crescimento do próprio FC Porto.
Por outro lado aproveito para relembrar a esta mesma equipa que desde a última vez que levantaram o troféu da principal competição do futebol português, esta equipa que hoje defrontaram já o fez 9 vezes. Já venceu duas Ligas Europa (uma delas quando a competição ainda se chamava Taça UEFA), uma Champions League e uma (a última) Taça Intercontinental. Relembrar que a humildade é um dom e o respeito conquista-se. Relembrar ao Valente Presidente do Sporting Clube de Portugal que o FC Porto, ao comando do seu líder "senil", já venceu mais troféus que o clube "de cidade" que o Sporting se considera ser. Posto isto, e após este breve prefácio e com todos os pontos nos "i's", passo ao jogo propriamente dito.
A verdade é que, tal como se vinha prevendo, esta noite disputou-se um clássico quente. Bem disputado, com momentos de futebol intenso e agradável de parte a parte e que na verdade foi muito por obra de uma arbitragem positiva de Artur Soares Dias que não se tornou num show de amarelos e faltas ao mínimo toque.
Um jogo disputado que acabou por ter um justo vencedor mas em que este foi penalizado pela já habitual siesta do costume após o primeiro golo. É sofrível a forma como a equipa tende a adormecer quando se encontra à frente do marcador, sofrendo mais ou menos de forma inevitável à custa da falta de intensidade. Compreende-se porém esta semana que as pernas tenham pesado mais que habitual. Quase 90 minutos jogados com menos um jogador no jogo a meio da semana frente aos Russos do Zenit reflectem-se na performance pelo menos comparativa de uma equipa que teve uma semana para preparar o clássico. Mesmo assim, os jogadores estiveram à altura e mesmo quando sofreram o golo do empate deram uma fortíssima resposta que permitiu evitar um impasse que poderia ter sido fatal.
- Josué: Não só pela serenidade do costume na hora de bater o Guarda Redes na conversão da grande penalidade mas também pela qualidade que passeou em campo durante os minutos que esteve em campo. Inteligente, foi dos poucos que na primeira parte foi capaz de imprimir velocidade ao futebol da equipa. Paulo, será que o menino não faria sucesso a fazer de Lucho?
- Herrera (a destruir): Uma carraça como há muito não via no FC Porto. Muito lutador, a ganhar quase todas as bolas divididas. Rápido e com grande resistência, começa-se a perceber porque é que Paulo Fonseca lhe pediu para deitar os olhos em Fernando.
- Danilo: Um grande golo e no geral uma exibição muito segura. Tem progredido e na verdade nos últimos tempos começa a justificar a opção bem para além da escassez de alternativas no banco. Preso na defesa mas muito por culpa de na maior parte do tempo jogar atrás de Josué que por fazer constantes investidas pelo centro do terreno não pareceu capaz de fazer a compensação às subidas de Danilo no terreno.
- Helton: Com azar no momento do golo não conseguiu reagir ao desvio de Fernando no golo do Sporting. Impediu que Montero facturasse e fizesse o golo para um novo empate após o 2-1.
- Defour: Uma excelente entrada em campo e pareceu ser facto a chave para o FC Porto agarrar de vez o controlo do jogo e conseguir serenidade até ao fim do jogo.
- Herrera (a construir): Se foi um autêntico tractor a destruir as tentativas de ataque do Sporting, foram raras as ocasiões na primeira parte em que após recuperar a bola, Herrera conseguiu definir um lance de contra ataque rápido e eficaz. Faltam rotinas.
- Lucho e Jackson: Pareceram ambos desligados do resto da equipa durante uma grande parte do encontro. Lucho não conseguiu encontrar Herrera, ou Herrera não o conseguia encontrar a ele. Jackson não conseguiu criar perigo das poucas vezes que a bola lhe chegou, mas de uma forma geral ambos os jogadores pareciam estar constantemente longe do "acontecimento".
- Otamendi: As paragens cerebrais parecem andar a voltar, parece algo nervoso e menos seguro que aquilo que nos habitou durante a temporada passada. Com a subida de rendimento de Danilo na lateral é neste momento o elo mais fraco da defesa azul e branca.
boa análise, só peca por não se relevar a prestação do varela
ResponderExcluirFaltou inspiração talvez, que foi aquilo que hoje não faltou ao nosso Drogba.
ExcluirÉ pena que esta época ainda tenha surgido pouco, mas o normal dele é só surgir em jogos grandes.
Esperemos que seja um aspecto a melhorar por parte dele e que continue com as boas exibições.
Sinceramente Josué e Licá não têm qualidade para um grande como o FC Porto
ResponderExcluirVejo-me obrigado a discordar. Sinceramente acho que ambos têm qualidade para o FC Porto e além da qualidade têm muita raça que é coisa que neste momento não abunda no nosso clube.
ExcluirTanto é que hoje o Josué foi dos melhores em campo e o Licá entrou muito bem.
Sinceramente discordo totalmente. Para mim Josué é titular de caras mas no lugar do Lucho ou mais atrás se necessário. Gostaria de ver um meio campo Fernando, Josué e Quintero.
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